Navegando por Palavras-chave "Inativação do cromossomo X"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação do padrão de inativação do cromossomo X e sua possível relação com a manifestação clínica de mulheres heterozigotas para a Doença de Fabry(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2014) Müller, Karen Barbosa [UNIFESP]; D'Almeida, Vânia [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7220411418339421; http://lattes.cnpq.br/5338033721119770; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: A Doenca de Fabry (DF) e uma doenca de deposito lisossomico de heranca ligada ao cromossomo X, causada pela defiCiência da enzima alfa-galactosidase A. Esta defiCiência enzimatica, que provoca um acumulo de glicoesfingolipideos nao metabolizados, resulta em um quadro progressivo de sintomas com acometimento principalmente cardiaco, renal e cerebrovascular. Mulheres heterozigotas para a DF apresentam muitas vezes quadros tao graves quanto aqueles apresentados pelos homens hemizigotos, e os motivos que levam a esta manifestacao clinica ainda sao incertos. Dentre os mecanismos propostos esta o desequilibrio na inativacao do cromossomo X (ICX), mas os estudos que ja realizaram esta investigacao ainda nao mostram um consenso. A fim de tentar aprofundar a investigacao sobre os mecanismos moleculares que resultam na sintomatologia apresentada pelas mulheres com DF, este estudo visou a investigar o padrao de ICX em portadoras de DF do Brasil e correlacionar este fenomeno com dados referentes a sintomatologia, idade e mutacao causadora da DF. Metodos: Apos extracao do DNA de sangue periferico o padrao de ICX foi avaliado atraves de ensaio HUMARA, tecnica baseada na avaliacao do padrao de metilacao do gene receptor de androgeno (AR) para estimar a proporcao de ICX. As informacoes clinicas e demograficas das voluntarias com DF foram obtidas a partir de consulta ao banco de dados Fabry Registry. Resultados: Das 23 mulheres heterozigotas para DF avaliadas, uma foi identificada como homozigota para o gene AR. Das 22 restantes, seis apresentaram ICX randomica e 16 apresentavam algum grau de desequilibrio de ICX (72,7%), sendo sete com desequilibrio leve (65:35 ate 80:20) e nove com desequilibrio elevado (acima de 80:20). Destas 16 amostras com algum grau de desequilibrio de ICX, 10 delas (62,5%) tinham o alelo mutado do gene alfa-galactosidase A (GLA) preferencialmente inativado. Nao foi observada associacao entre a gravidade do sintoma apresentado e a proporcao de ICX (2(0,05; 2)=1,31; p=0,519) nem entre o tipo de mutacao para a DF e a proporcao de ICX (2(0,05; 4)=5,12; p=0,276). Foi identificada a ocorrencia de recombinacao genica em entre os genes AR e GLA em 4 das 23 mulheres com DF e este fenomeno nao e citado nos trabalhos que avaliam ICX na DF. Conclusao: o presente estudo reforca a ideia de que um desequilibrio no padrao de ICX tem um papel no mecanismo da doenca, mesmo que este nao seja o unico fator que contribui para o surgimento dos sintomas nas eterozigotas para DF
- ItemAcesso aberto (Open Access)Perfil de desempenho neuropsicológico e sua associação com variáveis hormonais e genéticas em indivíduos com Síndrome de Klinefelter(Universidade Federal de São Paulo, 2021-12-02) Simonetti, Luciane [UNIFESP]; Dias da Silva, Magnus Régios [UNIFESP]; Mello, Claudia Berlim de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1758368777559433; http://lattes.cnpq.br/2598816440086436; http://lattes.cnpq.br/6135476696614505Introdução: A Síndrome de Klinefelter (SK) é a aneuploidia do cromossomo X mais prevalente, afetando cerca de 1:600 meninos nascidos vivos. É a principal causa de hipogonadismo e infertilidade em homens. Dentre as características neurocognitivas mais frequentes incluem-se prejuízos em habilidades de linguagem, funções executivas e cognição social, bem como alterações psiquiátricas, como ansiedade e depressão, e em alguns casos, sintomas psicóticos. Observa-se importante variabilidade nos indicadores de quociente de inteligência (QI) e dificuldades cgnitivas básicos podem estar associados aos aspectos hormonais e genéticos. Objetivo: Analisar a associação entre variáveis hormonais e genéticas com o desempenho cognitivo e comportamental em pacientes com SK. Métodos: Foram recrutados 30 voluntários com SK entre as idades de 9 e 65 anos. Todos foram submetidos à avaliação neuropsicológica e dosagens hormonais, além de exame de cariótipo. O estudo foi delineado em três etapas, constituindo-se de estudos específicos e partindo-se de uma amostra heterogênea encaminhados por demanda espontânea e sequencial em seguimento no Ambulatório de Desenvolvimento do Centro de Diabetes e Endocrinologia do Hospital Universitário/ Hospital São Paulo (HU/HSP) da Escola Paulista de Medicina, da UNIFESP. O Estudo 1 (n=29) investigou o perfil intelectual considerando a influência de anos de escolaridade e variáveis clínicas com destaque para o histórico de crises convulsivas e de reposição de testosterona. O Estudo 2 (n=30) procurou analisar as associações entre desempenho intelectual e neuropsicológico com a variabilidade dos níveis testosterona biodisponíveis. O Estudo 3 (n=13) enfatizou a investigação da expressão de genes do cromossomo X relacionados ao desenvolvimento neurocognitivo e ao padrão de inativação do cromossomo X. Resultados: No Estudo 1 observou-se níveis médios de QI total entre os adultos com SK e classificação limítrofe e deficitária entre os menores 15 anos. Houve discrepância significativa entres os índices de QI verbal e de execução independentemente da idade, evidenciando-se melhor desenvolvimento do domínio de inteligência não-verbal. Anos de escolaridade acima de 10 anos e ausência de histórico de crises convulsivas foram preditoras de melhor QI total. O Estudo 2 evidenciou associações entre testosterona total (TT) e os índices de compreensão verbal e de memória operacional da Escala Wechsler de Inteligência. A razão TL:E2 (testosterona livre e estradiol) foi mais significativamente associada com os índices de inteligência. TT mostrou correlação positiva com o teste de fluência fonêmica, enquanto a TL com as medidas e índices de funções executivas, como alternância e flexibilidade cognitiva. A razão TL:LH mostrou correlações positivas mais fortes com as mesmas medidas, reforçando-se a importância do período puberal. No Estudo 3 foram observados índices mais baixos de QI total entre os participantes que apresentaram padrão de inativação do tipo aleatório, correlacionando-se com a expressão aumentada do gene GTPBP6. Conclusões: A caracterização do fenótipo neurocognitivo na SK é modificada por variáveis socioambientais, escolaridade e níveis hormonais (TL:LH e TL:E2), somadas à participação de genes que escapam à inativação do X. Há influência de múltiplos fatores no desenvolvimento da inteligência e de funções cognitivas de ordem superior, como as de funções executivas. Esses dados reforçam a importância do diagnóstico clínico e da avaliação neuropsicológica precoces, além da adequação da reposição hormonal com testosterona durante o seguimento de saúde da população com SK.