Navegando por Palavras-chave "Hipocelularidade na medula óssea"
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- ItemEmbargoRatos com baixo peso ao nascer apresentam maior suscetibilidade à infecção em modelo de sepse(Universidade Federal de São Paulo, 2019) Azevedo, Gabriela Araujo de [UNIFESP]; Landgraf, Richardt Gama [UNIFESP]; Landgraf, Maristella de Almeida Vitta [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0918820835437686; http://lattes.cnpq.br/9656990228494629; http://lattes.cnpq.br/2102197172721190A desnutrição intrauterina pode causar adaptações morfológicas e metabólicas fetais, deixando este indivíduo mais propenso ao desenvolvimento de doenças metabólicas, como diabetes e hipertensão na vida adulta. Os distúrbios metabólicos também podem ser causados pelo desequilíbrio das respostas pró e anti-inflamatórias no organismo, semelhante ao que observamos na sepse. Em estudos anteriores, nosso grupo demonstrou que a desnutrição intrauterina global resultou em baixo peso ao nascer, hipocelularidade na medula óssea e no sangue periférico, redução na migração de leucócitos e uma menor resposta inflamatória em ratos Wistar com 12 semanas. O objetivo deste estudo foi correlacionar se a menor resposta inflamatória pulmonar aguda observada em ratos desnutridos intrauterinamente poderia significar uma maior propensão ao desenvolvimento de infecções nesses animais. Para isso, ratas Wistar (12-16 semanas de idade) foram colocadas para acasalar e após confirmação da presença de espermatozoides no esfregaço vaginal, foram divididas em dois grupos: G1 - alimentados com dieta e água ad libitum; G2 – sofreram restrição alimentar de 50% e água ad libitum. Os machos da prole G1 de peso normal ao nascer (PNN) e prole G2 de baixo peso ao nascer (BPN) quando completados 12 semanas, foram anestesiados e operados (Cecal Ligation and Pucture) ou falso operados, seis horas após estimulo da sepse por meio do CLP estes ratos foram eutanasiados e os parâmetros inflamatórios avaliados. Observamos hipotermia e hiperglicemia em animais com sepse, além do aumento de creatinina e ureia no grupo sepse. As citocinas IL-1β, IL-10, IL-6, IL-8, TNF-α e hormônio Leptina, tanto no soro quanto no tecido pulmonar apresentaram aumento durante a sepse. Essas citocinas estão em níveis mais elevados nos BPN com sepse do que no grupo PNN, com sepse. O lavado broncoalveolar apresentou redução do infiltrado celular (células mononucleares) em ambos os grupos com sepse. O lavado peritoneal apresentou um aumento no número total de células nos grupos PNN e BPN quando induzida a sepse. A análise diferencial das células mostrou que este aumento foi representado por células polimorfonucleares (neutrófilos). Os animais do grupo BPN apresentaram um menor número de células na medula óssea e este achado não foi alterado após a indução da sepse. Mesmo com hipocelularidade na medula óssea nos animais BPN, o número de células aumentou no lavado peritoneal, após 6 horas de CLP, assim como ocorrido no grupo PNN. Logo, a hipocelularidade não comprometeu a migração de células efetoras, como neutrófilos e macrófagos, para o foco da infecção, porém o número de unidade formado de colônias no lavado peritoneal dos animais BPN com sepse foi maior do que no grupo PNN sepse. Esses resultados indicam que ratos com baixo peso ao nascer, induzidos por desnutrição intrauterina, são mais susceptíveis à infecção generalizada.