Navegando por Palavras-chave "Health impacts"
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- ItemEmbargoAvaliação do impacto na saúde da população em cenários de aumento da mobilidade e redução de emissões atmosféricas na Região Metropolitana de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-02) Leirião, Luciana Ferreira Leite [UNIFESP]; Simone, Georges El Khouri; http://lattes.cnpq.br/6423311971848669; http://lattes.cnpq.br/0185218541045231A mobilidade urbana, a poluição atmosférica e a saúde da população são temas pertencentes a diferentes disciplinas que carecem de uma visão integrada, principalmente em centros urbanos de países em desenvolvimento. Esta pesquisa partiu do objetivo de avaliar o impacto em saúde decorrente da expansão da rede de transportes sobre trilhos na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Os resultados, no entanto, não se limitaram apenas a esse objetivo, refletindo na elaboração de oito artigos científicos envolvendo os temas supracitados. Dentre os artigos, destacase uma revisão bibliográfica sobre os impactos associados ao transporte sobre trilhos em diferentes âmbitos e um estudo sobre os fatores que mais influenciam a população da RMSP na escolha do transporte sobre trilhos. No primeiro artigo, notouse a ausência de estudos quantitativos que justifiquem e apoiem o elevado investimento inerente a esse modo de transporte. No segundo, percebeuse que a proximidade a uma estação é o principal fator que encoraja o uso do transporte sobre trilhos, assim, a expansão da rede poderia favorecer o uso desse modo de transporte em detrimento do automóvel particular. Ainda tendo o transporte sobre trilhos como objeto de estudo, realizouse uma análise comparativa da poluição atmosférica no município de São Paulo antes e depois da inauguração de estações de metrô e também uma análise preditiva sobre a redução de emissões de poluentes em decorrência da promoção do uso do transporte sobre trilhos por meio da expansão da rede. Ambos os artigos apontaram que a redução na poluição em decorrência do uso do transporte sobre trilhos não é muito expressiva em termos absolutos, possivelmente em decorrência da elevada contribuição dos veículos pesados nas emissões totais da RMSP. Assim, os artigos indicaram que políticas no âmbito de transporte visando uma melhora na qualidade do ar devem obrigatoriamente contemplar os veículos pesados, especialmente caminhões. Os impactos em saúde em decorrência da poluição atmosférica, causada essencialmente por veículos, foram contemplados em outros quatro artigos. Dois deles investigaram os efeitos positivos em termos de melhora na qualidade do ar e óbitos evitados em decorrência da redução de emissões durante a greve de caminhoneiros que ocorreu no Brasil em 2018. Os resultados expressivos obtidos nesses artigos reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas ao transporte de carga para a redução da poluição atmosférica em grandes centros urbanos. Outro estudo envolvendo a poluição do ar e a saúde demonstrou que a constante exposição prévia a poluentes contribuiu para a letalidade da Covid19 durante a pandemia. Por fim, no último artigo, propôsse o uso de redes neurais artificiais para a associação da mortalidade cardiorrespiratória e a concentração de múltiplos poluentes. Nesse caso, o método proposto foi capaz de superar limitações inerentes a outros métodos, mantendo baixos erros associados. A partir da análise conjunta dos oito artigos, coloca-se como principais recomendações: a necessidade de implementação de políticas integradas ao invés de isoladas, a importância de o transporte de carga ser reestruturado e a necessidade de estudos quantitativos do tipo preditivo que antecedam a implementação de políticas.
- ItemEmbargoMudanças climáticas no estado de São Paulo: associação entre gases de efeito estufa, poluentes atmosféricos e indicadores econômicos e de saúde(Universidade Federal de São Paulo, 2023-05-12) Debone, Daniela [UNIFESP]; Miraglia, Simone Georges El Khouri [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6423311971848669; http://lattes.cnpq.br/7629935378330825As mudanças climáticas são reconhecidas como um dos maiores desafios do século XXI, implicando em sérios agravos socioeconômicos e à saúde global. Os grandes centros urbanos sofrem profundamente as consequências causadas pelas mudanças climáticas e poluição atmosférica, bem como contribuem diretamente para a intensificação desses fenômenos. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo central investigar as relações entre os gases de efeito estufa, indicadores de saúde e econômicos do estado de São Paulo, entre 2000 e 2020. Procurando solucionar, de maneira completa e sistematizada, cada objetivo específico proposto, optou-se pelo formato multipaper, constituído por uma coleção de artigos científicos independentes, porém interrelacionados. O artigo 1, a partir de uma análise descritiva das séries temporais dos principais gases de efeito estufa, mostra que o setor de transportes é o principal emissor de CO2 do estado. O artigo 2, valendo-se da melhora da qualidade do ar, utiliza a função de risco relativo para associar diminuição da concentração de poluentes com mortes prematuras evitadas. Os valores encontrados representaram uma economia de aproximadamente 8 milhões de dólares, durante a greve dos caminhoneiros de 2018. O artigo 3 também utiliza a função de risco relativo e revela que a redução da poluição atmosférica, no início da pandemia de COVID-19, resultou em mortes prematuras evitadas, que representaram uma economia de 720 milhões de dólares. O artigo 4 trata-se de uma revisão sistemática sobre os principais modelos econométricos aplicados para estabelecer a relação entre CO2, PIB e consumo energético. O Artigo 5 compara a precisão de três diferentes métodos, regressão linear multivariada, regressão elastic-net e redes neurais artificiais, e demonstra a superioridade deste último em modelar as emissões de CO2, a partir do PIB e energia (MAPE = 0,76% e R2 = 1,000). A partir da análise de diferentes estruturas de redes neurais artificiais, o artigo 6 demonstra que, durante o verão, a temperatura máxima é o indicador mais adequado para modelar mortalidade total. A análise da defasagem temporal entre as variáveis revela que temperaturas elevadas podem afetar a saúde no mesmo dia de exposição (lag 0; MAPE = 7,1%), além de ter efeito cumulativo, indicando impactos negativos em eventos de cinco dias com temperaturas elevadas (lag-cumulativo 5; MAPE = 7,0%). Em conjunto, os resultados desta tese fortalecem o debate sobre a importância de ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa e poluição atmosférica, bem como da redução da dependência do consumo de combustível fóssil, que deveriam ser metas priorizadas na gestão pública, em prol da minimização dos efeitos das mudanças climáticas.