Navegando por Palavras-chave "Grupos filogenéticos"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise da produção e caracterização de bacteriocinas em cepas de Escherichia coli extraintestinais(Universidade Federal de São Paulo, 2021-08-03) Araujo, Ester Castro [UNIFESP]; Guth, Beatriz Ernestina Cabilio [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5661607777623571; http://lattes.cnpq.br/9614729251522917Escherichia coli extraintestinais (ExPEC) são importantes agentes de infecções em diferentes sítios do hospedeiro humano. Bacteriocinas são peptídeos de ação antimicrobiana e que podem estar envolvidos na patogenicidade de diferentes cepas de E. coli. No Brasil ainda são escassos os estudos que identifiquem a produção e os tipos de bacteriocinas em cepas de EXPEC isoladas de hemoculturas, assim como a associação dessas moléculas aos demais fatores de virulência observados nesse grupo. O presente estudo teve por objetivo analisar distintas cepas de ExPEC quanto à sua capacidade de produzir bacteriocinas através de testes fenotípicos, identificar molecularmente os genes relacionados à síntese desses peptídeos através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), verificar a quais grupos filogenéticos essas cepas pertencem, bem como avaliar a relação entre fatores de virulência observados em ExPEC com os diferentes tipos de bacteriocinas identificados. Das análises realizadas, 27% das cepas de E. coli isoladas de quadros de bacteremia produziram bacteriocinas. Identificou-se que a frequência de microcinas foi maior em relação à frequência observada para colicinas nesses isolados (69% e 60% respectivamente) e os determinantes genéticos mais prevalentes estavam associados às microcinas M (37%), V (36%) e colicinas Ib e Ia (35% e 32% respectivamente). Vinte perfis genéticos foram identificados, sendo o perfil cinco, também associado à microcina M, o mais frequente (29%). Além disso, o grupo filogenético B2 foi o mais prevalente dentre esses isolados (46%), seguido pelo filogrupo B1 (15%). Observou-se que 72% das cepas bacteriocinogênicas estavam associadas a no mínimo oito tipos distintos de genes de virulência, onde marcadores associados à invasividade (ompA - 97%), adesão (mat e fimA - 96% e 93% respectivamente) e sistemas de aquisição de ferro (sitA - 92%) foram os mais frequentes, o que pode ter promovido a translocação e permanência desses isolados em diferentes sítios. Os achados aqui descritos contribuem para uma melhor compreensão das características de virulência observadas em ExPEC e as relações estabelecidas entre elas dentro de um nicho, assim como sua influência na progressão de infecções extraintestinais.