Navegando por Palavras-chave "Globotriaosilceramida"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Caracterização funcional de variantes presentes no gene GLA de pacientes com suspeita de Doença de Fabry(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-27) Mendes, Agatha Ribeiro [UNIFESP]; Pesquero, João Bosco [UNIFESP]; Calais, Patrícia Varela [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1816388063402796; http://lattes.cnpq.br/0856630824759511; http://lattes.cnpq.br/6486415001776287A Doença de Fabry é uma patologia rara causada por variantes presentes no gene GLA, localizado no braço longo do cromossomo X. Variantes patogênicas nesse gene levam a uma atividade nula ou reduzida em diferentes níveis da enzima alfa-galactosidase A (α-Gal A), causando um acúmulo de globotriaosilceramida (Gb3) nos lisossomos. Essa doença apresenta duas classificações de fenótipo, clássico e o não clássico, sendo o primeiro a forma mais grave e precoce. Devido aos sintomas serem multissistêmicos, o diagnóstico dessa doença é complexo, podendo demorar dez anos ou mais para ser efetivado. O diagnóstico preconizado trata-se da avaliação da atividade enzimática e análise molecular do gene GLA para pessoas do sexo masculino. Já para as pessoas do sexo feminino, devido a inativação aleatória do cromossomo X, é realizada apenas a análise molecular. No entanto, devido a elevada quantidade de variantes restritas às famílias, o diagnóstico molecular ainda assim pode não ser suficiente para a comprovação da patogenicidade das variantes, sendo necessária a realização de testes funcionais. Objetivo: Esse projeto visou a caracterização funcional de variantes encontradas no gene GLA quanto a sua potencial patogenicidade na Doença de Fabry. Métodos: Foram analisadas oito variantes encontradas em pacientes analisados em nosso laboratório, através da construção de vetores contendo as variantes e avaliação da atividade da enzima alfa-galactosidase obtida de células transfectadas com esses vetores. Além delas, foi incluída na análise uma variante já conhecida como causadora da doença. Resultado: O estudo observou uma atividade residual deficiente da enzima em todas as variantes estudadas, quando comparado a um controle selvagem, sendo que duas delas, a p.F273S e a p.Q279L apresentaram atividade residual com valores próximos ao controle positivo, causador da doença. Conclusão: Com esses dados, foi possível concluir que todas as variantes presentes nesse estudo são responsáveis por uma atividade deficiente ou nula da enzima e podem contribuir para o desenvolvimento da Doença de Fabry.