Navegando por Palavras-chave "Genes de resistência"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Caracterização molecular de isolados pertencentes ao complexo Acinetobacter calcoaceticus-Acinetobacter baumannii obtidos de amostras clínicas e ambientais(Universidade Federal de São Paulo, 2022-05-27) Alves, Rebeca Lobato [UNIFESP]; Minarini, Luciene Andrade da Rocha [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5226657617185982; http://lattes.cnpq.br/2680532753717514Este estudo teve como objetivo caracterizar molecularmente isolados de Acinetobacter spp. obtidos de amostras clínicas de pacientes atendidos no Hospital Municipal e em Serviços de Saúde na comunidade de Diadema, no período de maio a dezembro de 2019, e de importantes reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo em 2021. A identificação dos isolados clínicos e ambientais foi realizada por MALDI-TOF MS e a concentração inibitória mínima para os principais antimicrobianos foi determinada por diluição em ágar. Os genes que codificam mecanismos de resistência aos β-lactâmicos, incluindo carbapenêmicos, determinantes plasmidiais de resistência à colistina e às quinolonas foram investigados por PCR. A análise de similaridade genética foi realizada por REP-PCR. Ao todo, 53 isolados clínicos pertencentes ao complexo Acinetobacter calcoaceticus-Acinetobacter baumannii foram incluídos no estudo, sendo 52 A. baumannii e um A. pittii. Foi observado 86,79% e 22,65% de isolados resistente ao imipenem e à colistina, respectivamente. A maior parte dos isolados clínicos (41, 83,68%) foi obtida de pacientes internados no Hospital Municipal, causando principalmente infecções no trato respiratório inferior (14, 26,42%). Os genes encontrados foram blaOXA-23-like, blaOXA-24/40-like, em 32 (60,37%) e 16 (30,18%) isolados, respectivamente. O gene blaOXA-51-like foi detectado em todos os isolados identificados como A. baumannii. Além disso, foram evidenciados 20 grupos clonais nos isolados clínicos do complexo. Nas amostras de água, 25 isolados de Acinetobacter spp. foram recuperados, sendo sete A. calcoaceticus, dois A. pittii, um A. baumannii e 15 A. baylyi. Os isolados de água foram provenientes de um único ponto de coleta da Represa Billings. Ao todo, 14 isolados de A. baylyi apresentaram o gene blaOXA-24/40-like, dos quais 12 demonstraram resistência ao imipenem. Além disso, cinco isolados de A. baylyi apresentaram genes de resistência às quinolonas, sendo o gene qnrA o mais frequente. Os resultados obtidos nesse estudo reforçam a necessidade de manter constante vigilância e o monitoramento dos isolados de Acinetobacter spp.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Detecção Bacteriana e de Genes de Resistência a Antimicrobianos pela Técnica de PCR em Tempo Real em Infecções de Corrente Sanguínea de Pacientes Submetidos a Transplante de Órgãos Sólidos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2010-11-24) Rocchetti, Talita Trevizani [UNIFESP]; Pignatari, Antonio Carlos Campos [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Pacientes transplantados de órgãos sólidos apresentam alto risco para infecção da corrente sanguínea. A instituição da terapia antimicrobiana apropriada guiada por um diagnóstico rápido e preciso das infecções da corrente sangüínea está relacionada a um resultado satisfatório. O objetivo deste estudo foi a detecção de bactérias Grampositivas e Gram-negativas em hemocultura automatizada (Bactec®, Becton Dickinson), com a utilização do multiplex para reação da polimerase em cadeia (PCR) em Tempo Real e detecção de genes de resistência. Métodos: Um total de 185 hemoculturas, 126 positivas e 59 negativas, foram obtidos de 117 pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos, dois centros de transplante na cidade de São Paulo, Brasil, Hospital São Paulo e Hospital do Rim e Hipertensão. DNA das culturas de sangue foi extraído pelo método fenol clorofórmio (Brazol®, LGC, Brasil). A detecção do DNA bacteriano foi realizada utilizando iniciadores universais do gene 16S rRNA. A diferenciação entre as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas foi feito por hibridização com sondas específicas por multiplex TaqMan em Tempo Real. Os genes de resistência: blaSHV, blaTEM, blaCTX-M, blaKPC, blaSPM, blaVIM, blaIMP, vanA, vanB e mecA foram detectadas utilizando iniciadores específicos, em Tempo Real sitema SYBR Green. A adequação do tratamento antimicrobiano foi avaliada pela revisão do prontuário dos pacientes. Resultados: Cinqüenta e nove amostras foram positivas para bactérias Gram-positivas e sessenta e sete amostras foram positivas para bactérias Gram-negativas. Todas as amostras (100%) foram concordantes entre hemocultura e PCR. Trinta e duas amostras foram positivas para o gene mecA, cinco para o gene blaCTX-M, uma para o gene blaKPC, uma para o gene blaSHV e uma para blaTEM. Oitenta e oito foram negativas para todos os genes. A detecção de genes de resistência a antimicrobianos favoreceria a adequação da antibioticoterapia, particularmente no descalonamento no tratamento de bacteremias causadas por bactérias Gram positivas e na adequação precoce no tratamento de bacteremias por bacilos Gram negativas multiresistentes em pacienetes tranplantados de órgãos sólidos. Conclusão: A PCR multiplex “in house” para bactérias Gram-positivas e Gram-negativas e detecção de genes de resistência aos antimicrobianos por PCR em Tempo Real poderia ser útil para o diagnóstico rápido da infecção da corrente sangüínea em pacientes submetidos a transplante de órgão sólidos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Proposta de uma nova nomenclatura para os genes de resistência plasmidial à fosfomicina do tipo fos e análise retrospectiva da distribuição geográfica desses genes no mundo(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-30) Leite, Mariana Isabela [UNIFESP]; Silva, Rodrigo Cayô da [UNIFESP]; Ribeiro, Ághata Cardoso da Silva; http://lattes.cnpq.br/9368429968665962; http://lattes.cnpq.br/5699739668358897; http://lattes.cnpq.br/4518318037007940A fosfomicina é um antimicrobiano antigo que, através de pesquisas recentes, tem se mostrado um importante aliado no tratamento de infecções causadas por bactérias multirresistentes (MDR). A resistência à fosfomicina através de enzimas inativadoras se dá, principalmente, por metaloenzimas denominadas Fos. Os genes plasmidiais codificadores dessas enzimas, chamados fos, têm sido reportados em vários países do mundo e em diferentes espécies bacterianas. Entretanto, sua classificação e nomenclatura não seguem um padrão bem estabelecido, o que resulta na dificuldade quando um novo gene fos é reportado. Tendo em vista que a atual classificação e nomenclatura não levam em consideração as identidades nucleotídicas entre os genes fos plasmidiais reportados, a descrição de novos genes ou novas variantes alélicas fica comprometida, assim como a real frequência desses genes nas diferentes regiões geográficas. Além disso, com o aumento do uso de fosfomicina, bem como o de relatos de genes fos pelo mundo, vê-se a necessidade de mapeamento desses determinantes de resistência. Este estudo buscou mapear as variantes do gene fos plasmidiais previamente reportadas em todo o mundo, bem como sugerir uma nova classificação e nomenclatura desses determinantes de resistência, procurando solucionar as inconsistências verificadas no sistema atual. Foram utilizados para a coleta de dados as plataformas GenBank/NCBI e BLASTp. As sequências de genes fos recuperadas foram submetidas a critérios de seleção e exclusão, para posterior alinhamento e análise filogenética, utilizando o programa DNAstar Lasergene MegAling versão 7.0.0 (DNAStar, Madison, EUA). Para tanto, foram coletados dados sobre as variantes de fos previamente reportadas como: fosA1-fosA10 e fosC2; fosB1-fosB9; fosC; fosD; fosE; fosF; fosG; fosH; fosI; fosK; fosL1-fosL2; fosM1-fosM3; e fosX. Ainda, a nova classificação e nomenclatura sugerida neste estudo foi construída com base na identidade nucleotídica apresentada por cada um dos genes fos descritos até o momento. Do total de 980 sequências coletadas, 780 foram selecionadas para a análise filogenética, bem como a avaliação da distribuição dos genes fos plasmidiais globalmente. Dentre todos os genes fos plasmidiais descritos até o momento, os mais frequentes foram fosA3 (47.44%), principalmente no continente asiático, seguido por fosX (8.36%) e fosA7 (8.16%). A grande maioria dos isolados foram descritos na Ásia (61,15%), seguido pela América (21,7%) e Europa (13,6%). Na análise da frequência de genes fos por país, verificamos um predomínio de registros na China (28%) e Japão (18%), além de outros países como EUA (5%), França (4%), Alemanha (4%) e Paquistão (3%) que também estão entre os países com maior número de registros de genes fos no mundo. Ao todo, genes fos já foram descritos em 38 espécies bacterianas diferentes, sendo 22 espécies gram-negativas e 16 espécies grampositivas, com destaque para os gêneros Staphylococcus spp. (n=10 espécies), Pseudomonas spp. (n=5 espécies) e Enterobacter spp. (n=4 espécies). A nova classificação e nomenclatura propostas no presente estudo agrupou os genes fos em 15 famílias (fosAfosP), 25 grupos (fosA1-fosA3, fosB1-fosB2, fosC1, fosD1, fosE1, fosF1-fosF2, fosG1-fosG2, fosH1-fosH2, fosI1-fosI2, fosJ1, fosK1, fosL1-fosL3, fosM1, fosN1, fosO1 e fosP1) e 50 variantes alélicas, das quais 16 são novas. O mapeamento da ocorrência dos genes fos permitiu uma melhor compreensão de sua distribuição mundial, assim como a detecção de áreas de maior frequência, denominados “hotspots” para o surgimento e disseminação desses determinantes de resistência à fosfomicina. Da mesma maneira, a nova classificação e nomenclatura sugeridas permitiu a organização dos genes fos, corrigindo inconsistências importantes.