Navegando por Palavras-chave "Formação do leitor"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Academia Estudantil de Letras (AEL): reflexões sobre eventos e práticas de letramento no processo de formação do leitor literário(Universidade Federal de São Paulo, 2022-11-23) Amaral, Izabel Cristina Macedo [UNIFESP]; Vóvio, Claudia Lemos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6082754427382954; http://lattes.cnpq.br/3607524980206002Esta pesquisa insere-se na área da Educação, com ênfase nos Estudos da Linguagem, e tem como tema a formação do leitor literário na escola. Nosso objeto de estudo é a Academia Estudantil de Letras (AEL), uma das políticas de letramento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo (RMESP), sobre a qual há poucas pesquisas acadêmicas, que visa ao desenvolvimento das competências leitoras e escritoras dos estudantes. As dificuldades encontradas pela escola, enquanto principal agência de letramento, que deveria garantir o desenvolvimento da leitura e da produção de textos; e a relevância das discussões a respeito das políticas públicas necessárias para a democratização das práticas culturais motivaram a realização deste estudo, que objetiva apresentar como a AEL é implementada em uma escola da Diretoria Regional de Educação (DRE) São Mateus (SP), região com alto índice de vulnerabilidade social; discutir sobre as principais práticas e eventos de letramento mobilizados pela AEL, além de traçar um paralelo entre o seu desenho e a forma como é implementada. Para isso, empregamos uma metodologia de cunho qualitativo, com análise de fontes documentais e de entrevistas em profundidade feitas com estudantes e agentes implementadores da política de diferentes níveis de atuação. Analisamos tais dados a partir das categorias: disponibilidade, acesso e apropriação (KALMAN, 2004a; KALMAN, 2004b); da perspectiva sociocultural dos Estudos do Letramento (ARAÚJO, 2013; BARTON e HAMILTON 2000; BUNZEN, 2010; HERNÁNDEZ-ZAMORA, 2005; STREET, B., 2004; STREET, B. 2014; STREET; STREET, 2014; GRAFF, 2016; KALMAN, 2004a; KALMAN, 2004b; KLEIMAN, 1995; KLEIMAN, 2019; MACEDO, 2020; MACEDO, 2021; VÓVIO, 2007; ZAPPONE, 2008; ZAPPONE; NASCIMENTO, 2019) e de pesquisas sobre as Políticas Públicas (ARRETCHE, 2001; LOTTA, 2019; FIRMINO, 2020). Como resultados, obtivemos reflexões a respeito das potencialidades e das fragilidades da AEL, apontamos quais aspectos atrelados à disponibilidade e ao acesso precisam ser revistos para que mais escolas possam aderir ao projeto e para que a AEL possa fazer com que mais estudantes se apropriem das produções literárias, tornando-se leitores críticos, protagonistas e autores de sua própria história.
- ItemAcesso aberto (Open Access)“Saindo do armário”: a política de letramento “Acervo dos professores” em uma escola paulistana de território vulnerável(Universidade Federal de São Paulo, 2023-08-30) Aguiar, Paula Redigolo Alves de; Vóvio, Claudia Lemos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6082754427382954; https://lattes.cnpq.br/8389259257631202A presente pesquisa tem como objeto de estudo a política de letramento Projeto Acervo dos Professores (PAP), desenhada e implementada pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP), no âmbito do Programa Sala de Leitura. Essa política visa “ampliar o espaço de formação de leitores”, oportunizando que “professores e estudantes formem uma comunidade leitora fluente” (São Paulo, 2020). O quadro teórico-metodológico mobilizado advém dos Estudos do Letramento de abordagem sociocultural e histórica (Street, 1993, 2014; Graff, 2016; Kleiman, 1995; Kleiman; Sito, 2016; Barton, 1994; Barton; Hamilton, 2000), especificamente de pesquisas que tematizam políticas, programas e ações em torno do letramento (Amaral, 2022; Araújo, 2013; Firmino, 2015, 2020; Kalman, 2004a, 2004b, 2008; Macedo, 2020), bem como dos Estudos sobre Desenho e Implementação de Políticas Públicas (Barreira; Carvalho, 2001; Arretche, 2001; Di Giusto; Ribeiro, 2019). Como a política visa a formação de leitores, tanto entre alunos quanto entre professores, as categorias de análise implicam identificar, seguindo Kalman (1996) e Araújo (2008, 2013), as condições de disponibilidade – os recursos destinados à infraestrutura e ao espaço físico (equipamentos, mobiliário, o acervo e os critérios de seleção e distribuição dos livros); além das condições de acesso – as estratégias e os mediadores previstos para a promoção de práticas de leitura; e dos modos de apropriação – as maneiras como os leitores se apropriam de práticas de leitura, e os artefatos e textos disponíveis decorrentes da política. Trata-se de um estudo qualitativo-interpretativista (Lankshear; Knobel, 2008) que abarca instrumentos diversos. De um lado, tem-se o recurso à análise documental, a fim de compreender os elementos que constituem a política (o diagnóstico de que parte, as diretrizes, estratégias e arranjos). De outro, de modo complementar, busca-se compreender a adesão por parte de um pequeno grupo de agentes responsáveis por sua implementação, no âmbito de uma escola estadual paulista. Como campo, optou-se por uma escola localizada em território vulnerável na região metropolitana de São Paulo, dado que nestas localidades, segundo Ribeiro e Vóvio (2017), as condições sociais, econômicas e culturais afetam a qualidade das oportunidades educacionais, o que pode gerar maiores obstáculos para a distribuição de bens por parte da escola, e para a formação do leitor. O estudo revelou que o PAP é uma política de letramento suplementar, focada em disponibilizar livros para professores e alunos. No entanto, a falta de recursos e profissionais dedicados à gestão do acervo e a pouca comunicação entre os agentes implementadores podem dificultar sua efetividade. A concepção de letramento da política também apresenta limitações, resultando em desafios na formação dos professores e na criação de uma comunidade leitora. Contudo, a autonomia e dedicação das professoras foram essenciais para potencializar o acervo e promover as práticas de letramento constatadas.