Navegando por Palavras-chave "Filosofia judaica"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Nostalgia do Reino: revelação e redenção em Franz Rosenzweig(Universidade Federal de São Paulo, 2021-05-27) Silva, Cicero Lourenço da; Matos, Olgária Chain Féres; lattes.cnpq.br/3457051894936314; https://lattes.cnpq.br/8156631898804360O judaísmo moderno, iniciado sob o ímpeto do projeto civilizatório iluminista, caracterizou-se por uma reformulação de importantes ensinamentos da tradição, dentre os quais os de messianismo e redenção. Presentes na obra do filósofo judeu alemão Franz Rosenzweig (1886–1929), ambos os conceitos serão repensados após o filósofo haver abandonado sua herança idealista, sob o pano de fundo daqueles acontecimentos históricos do início de século XX – período marcado principalmente pela Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. Não obstante, o judaísmo que lemos em Rosenzweig é um judaísmo renovado, enriquecido por um certo estranhamento com a experiência moderna, que o filósofo vivencia ambiguamente, e por isso a ressalva. Sua filosofia constrói-se a partir de um processo de desassimilação e mostra-se, por conseguinte, bastante crítica da onda iluminista que a precede, ainda que não apele a um retorno conservador à tradição. Após explicitarmos o momento histórico refratário ao pensamento filosófico-religioso consolidado pela Ilustração, veremos de que forma Rosenzweig se lhe opõe, na construção de um filosofar sob uma chave judaica a que chamou de novo pensamento. Este novo fundamento filosófico emerge após as rupturas que empreende em seu itinerário intelectual: o abandono do idealismo e teodicéia hegelianos, sua reconversão ao judaísmo, sua recusa da teologia liberal. O resultado é a construção de uma filosofia da redenção, em cuja economia se destaca a ação missionária cristã a articular-se com a particularidade judaica. A visão da redenção que fecha sua magnum opus explicita de que forma o filosofar de Rosenzweig lança mão de categorias místico-teológicas no seu sistema, e assim consolida uma contribuição original para a renovação da filosofia judaica. As considerações finais sublinham a pertinência acadêmica e existencial da problemática fé e razão de filosofias como a de Franz Rosenzweig.