Navegando por Palavras-chave "Ficorremediação"

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    Acesso aberto (Open Access)
    Cultivo de microalgas da espécie Chlorella vulgaris em efluente sanitário sintético, com foco na ficorremediação e na produção de bioprodutos
    (Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-09) Campos, Marcos Vinicius Pereira Borges de [UNIFESP]; Perpetuo, Elen Aquino [UNIFESP]; Barrera-Alba, José Juan [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8344948488470601; http://lattes.cnpq.br/2976361779484223; http://lattes.cnpq.br/4410749262108970; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Atualmente, pouco mais da metade da população do Brasil é atendida por redes coletoras de esgoto, o que representa diretamente riscos à saúde ambiental de corpos hídricos visto que efluentes que não recebem tratamento adequado e apresentam excesso de nutrientes inorgânicos e matéria orgânica, ao serem lançados nesses corpos hídricos, podem agravar processos de eutrofização. Uma alternativa para a redução desses compostos de águas residuárias de variados tipos que tem recebido cada vez mais destaque é o emprego de microalgas no tratamento de tais efluentes previamente ao seu lançamento, técnica a qual é denominada de ficorremediação. Nesse sentido, o presente estudo buscou avaliar o crescimento de duas cepas da microalga Chlorella vulgaris, uma de ambiente salobro (SL2C) e outra dulciaquícola (BMAK D1), cultivadas em diferentes concentrações de efluente sanitário sintético (25%, 50%, 75% e 100%), visando conciliar tanto uma produção sustentável de bioprodutos de interesse comercial quanto a remediação do efluente de uma forma eficiente e de baixo custo. Teores de clorofila a, clorofila b, carotenóides, lipídeos, densidade ótica, densidade celular e concentrações de amônia, ortofosfato e demanda química de oxigênio (DQO) dissolvidos foram monitorados por 14 dias durante um período de incubação. Para ambas as cepas foram observadas melhores taxas de crescimento e bons valores de densidade celular e de densidade óptica na concentração de T50% de efluente. Em T50%, BMAK D1 também demonstrou um bom teor de produção de pigmentos fotossintetizantes, como também demonstrou um bom potencial de ficorremediação de DQO. SL2C demonstrou bons teores de produção de pigmentos em T25%, indicando que menores concentrações do efluente beneficiaram o crescimento algal e a produção de pigmentos de ambas as cepas. SL2C, entretanto, apresentou melhores eficiências de redução de DQO em T50% e T75%. Foram também observadas maiores sínteses lipídicas em T75% e T100% para ambas as cepas e em especial para SL2C, a qual possivelmente se encontrou sob um estresse osmótico maior. Ambas as cepas também demonstraram melhores eficiências de redução de amônia e ortofosfato em concentrações mais altas de efluente, em especial BMAK D1. Por fim, vale citar que todos os tratamentos realizados apresentaram concentração final de nitrogênio amoniacal em concordância com a Resolução CONAMA nº 430/2011.