Navegando por Palavras-chave "Eugenia uniflora"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Desempenho inicial da pitangueira (Eugenia uniflora L.) em associação com espécies adubadeiras perenes em um sistema agroflorestal(Universidade Federal de São Paulo, 2020-10-21) Carvalho, Amara Gama [UNIFESP]; Castanho, Camila de Toledo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6667369800261150Os sistemas agroflorestais (SAFs) apresentam grande potencial em relação ao uso racional do solo como alternativa ao uso de fertilizantes químicos. A presença das espécies de plantas adubadeiras, tradicionalmente implantadas nestes sistemas, provêm fitomassa para cobertura e adubação do solo e têm papel importante para as espécies consorciadas. Nos sistemas agroflorestais há diversos tipos de interações ecológicas acontecendo, assim como ocorre em um cenário natural. O foco do presente trabalho é a facilitação entre plantas em um sistema agroflorestal, interação ecológica que pressupõe que uma planta facilitadora beneficia direta ou indiretamente outra planta. O objetivo deste projeto foi comparar o desempenho inicial da espécie medicinal pitanga (Eugenia uniflora L.) em um sistema agroflorestal em relação à presença das espécies adubadeiras associadas a ela. Nossa hipótese é que plantas medicinais são facilitadas pelas plantas adubadeiras tradicionalmente plantadas no sistema agroflorestal. Caso nossa hipótese seja corroborada, esperamos encontrar maior sobrevivência e crescimento dos indivíduos de pitanga nas parcelas com plantas adubadeiras em comparação às parcelas controle. Para tanto, o desempenho da pitanga foi estudado no período de um ano através da comparação do crescimento de indivíduos jovens em quatro tratamentos com adubadeiras de diferentes espécies e um tratamento controle, que não continha as espécies adubadeiras perenes. Adicionalmente, foram tomadas medidas microclimáticas em cada uma das parcelas para nos auxiliar no entendimento do potencial mecanismo de facilitação das espécies adubadeiras sobre a espécie medicinal. Os resultados indicaram efeito neutro das adubadeiras sobre o crescimento da pitangueira, com exceção do efeito negativo da adubadeira malvavisco (Malvaviscus arboreus Cav.) sobre o crescimento em diâmetro da pitangueira. Em relação ao microclima, os resultados demonstraram que as condições microclimáticas não foram afetadas pela presença das adubadeiras tanto antes quanto depois do período de poda. Embora não haja nenhuma evidência de facilitação para a pitangueira, este trabalho indicou viabilidade da implantação do SAF com as adubadeiras de ciclo longo aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), margaridão (Tithonia diversifolia Hemsl) e urucum (Bixa orellana L.), já que os resultados sugerem ausência de efeito negativo sobre a planta medicinal. No entanto, associações com a planta malvavisco devem ser consideradas com mais cuidado, uma vez que encontramos evidência de que esta adubadeira pode atrapalhar o crescimento da pitangueira. A continuidade do monitoramento é importante para detecção de efeitos positivos ou negativos de longo 9 prazo, conforme as plantas adubadeiras ganham mais biomassa e esta é incorporada ao sistema.