Navegando por Palavras-chave "Estratégia fármaco invasiva"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemRestritoVariáveis associadas à área miocárdica infartada na estratégia fármaco-invasiva(Universidade Federal de São Paulo, 2023-07) Araujo, Guilherme Campos [UNIFESP]; Fonseca, Francisco Antonio Helfenstein [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2393476657163442; http://lattes.cnpq.br/1652701228475666Introdução: O infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAMCEST) é uma condição grave caracterizada pela morte de células miocárdicas e elevação persistente do segmento ST, resultando em significativa morbidade e mortalidade. Embora os fatores de risco e prognósticos sejam amplamente conhecidos, há uma necessidade de explorar mais a fundo as variáveis associadas a desfechos importantes, como a área miocárdica infartada (AMI) e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Objetivo: Avaliar a associação entre variáveis clínicas e laboratoriais com a AMI e FEVE após 30 dias do IAMCEST em pacientes submetidos à estratégia fármaco-invasiva. Métodos: Foram avaliados os dados de 134 participantes do estudo BATTLE-AMI, com idade entre 18 e 75 anos, que apresentaram IAMCEST primário e foram tratados com tenecteplase em até 6 horas. Todos os pacientes foram submetidos à angiografia coronariana invasiva em até 24 horas após o evento índice. Após 30 dias, a AMI e a FEVE foram avaliadas por meio de ressonância nuclear magnética cardíaca. Foram realizadas análises de associação entre esses desfechos e variáveis sociodemográficas, clínicas e bioquímicas coletadas na admissão hospitalar, bem como fatores relacionados ao infarto e seu tratamento. Resultados: A amostra foi composta principalmente por homens (73%), hipertensos (61%) e tabagistas (51%), com mediana de idade de 57 anos e índice de massa corporal (IMC) de 26,4 kg/m². A mediana da AMI foi de 14% da massa ventricular esquerda, e a mediana da FEVE foi de 51%. A artéria descendente anterior (ADA) foi identificada como a artéria culpada em 47% dos eventos. Observou-se uma associação significativa entre níveis mais elevados de troponina, relação neutrófilo/linfócito, IMC, escore de Killip II e maior AMI, assim como na presença da ADA como artéria culpada (p < 0,05). Da mesma forma, houve uma associação significativa entre níveis mais elevados de troponina, relação neutrófilo/linfócito e maior AMI, e menor FEVE (p < 0,05). Não foram observadas associações significativas entre esses desfechos e idade, sexo, perfil lipídico, proteína C reativa, vitamina D, creatinina e taxa de filtração glomerular, escore GRACE, hipertensão, diabetes, tabagismo ou fluxo TIMI após a intervenção. A troponina foi a única variável que se correlacionou linearmente tanto com a FEVE quanto com a AMI. Conclusão: Os resultados deste estudo indicam que pacientes com maiores níveis de troponina, relação neutrófilo/linfócito e IMC, assim como aqueles classificados como Killip II e com a ADA como artéria culpada, apresentaram piores desfechos em relação à AMI e FEVE. Tendo a troponina correlação linear tanto com a AMI quanto com a FEVE. A avaliação desses fatores pode ser importante para identificar os pacientes com maior risco de desenvolver aumento da AMI e complicações como a insuficiência cardíaca.