Navegando por Palavras-chave "Esclerose hipocampal"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação da frequência de comorbidades psiquiátricas em pacientes com epilepsia do lobo temporal e diferentes tipos de esclerose hipocampal(Universidade Federal de São Paulo, 2022) Batelli, Thais Forner [UNIFESP]; Santos, José Eduardo Peixoto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2193388577862805; http://lattes.cnpq.br/8793569936647110A epilepsia do lobo temporal (ELT) é uma das síndromes epilépticas mais comuns, e muitos dos pacientes afetados não apresentam um bom controle das crises. Nestes casos, a zona de início das crises é frequentemente o hipocampo, que apresenta diversos graus de perda neuronal, caracterizando os padrões de esclerose hipocampal (EH). Estes pacientes também apresentam maior frequência de comorbidades psiquiátricas como depressão e psicose. Apesar de estudos indicando diferenças em expressão de várias proteínas entre pacientes com ELT com e sem comorbidades psiquiátricas, não há dados sobre a possível ligação entre presença de comorbidades e os padrões descritos de EH. Neste estudo avaliamos a frequência de depressão e psicoses em pacientes com ELT e diferentes tipos de EH. Pacientes com ELT farmacoresistente cujo hipocampo era a região de início ictal e que foram operados entre 2003 e 2021 foram classificados de acordo com o tipo de EH em EH 1 (n=23), EH 2 (n=21), e EH 3 (n=9) através de análise de secções coradas por Hematoxilina e Eosina e de secções imunomarcadas para proteína nuclear neuronal NeuN. Foram consultados prontuários médicos para a coleta de dados clínicos sobre a epilepsia e comorbidades psiquiátricas. Os grupos EH 1, EH 2 e EH 3 não apresentaram diferenças quanto ao sexo, grau de instrução e quociente de inteligência. A idade de início das crises, duração da epilepsia, idade dos pacientes na cirurgia, tipo e frequência mensal das crises, e a presença de injúria precipitante inicial foram similares entre os três grupos. Também não foi possível observar diferenças estatísticas entre os grupos quanto à porcentagem de pacientes livres de crises e lateralidade da ressecção cirúrgica. Dentre os pacientes com EH 1, 56,5% dos apresentaram alguma comorbidade psiquiátrica, sendo a depressão a comorbidade observada em 52% dos casos, seguida por psicose interictal em 13% e psicose pós-ictal em 4.35%. Quanto ao grupo EH 2, em 42,8% havia presença de comorbidades, sendo a depressão diagnosticada em 29%, e as psicoses dos tipos pós-ictal e interictal em 19% e 4,8%, respectivamente. Já no grupo de pacientes com EH 3, foi diagnosticada alguma comorbidade psiquiátrica em apenas 33,3%, sendo 11% dos casos com depressão, 11% com psicose interictal e 11% com psicose induzida por medicamentos. Apenas a frequência de depressão apresentou uma tendência à diferença entre os grupos, com EH 1 apresentando 5 vezes mais casos de depressão do que o grupo EH 3. Porém, após a correção para múltiplas comparações, não houve diferença entre os grupos na frequência de depressão. Quanto às comorbidades de novo, 11% dos pacientes do grupo EH 3 desenvolveram depressão, e 4,8% dos pacientes com EH 2, enquanto 22% dos pacientes com EH 3 apresentaram algum tipo de psicose no período pós-operatório. Em suma, não foi possível observar uma relação direta entre os padrões de perda neuronal e a presença de comorbidades psiquiátricas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Heterogeneidade do tempo de relaxamento T2 no hipocampo de pacientes com epilepsia do lobo temporal e esclerose hipocampal(Universidade Federal de São Paulo, 2024-07-02) Mendes, Victor de Cicco [UNIFESP]; Santos, José Eduardo Peixoto [UNIFESP]; Carrete Junior, Henrique [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5188994792346007; http://lattes.cnpq.br/2193388577862805; http://lattes.cnpq.br/2546138927405668As epilepsias são um conjunto de doenças caracterizadas por crises recorrentes, tendo como principal tratamento o uso de fármacos anti-crise. Entretanto, nem todos os pacientes respondem ao tratamento. Para estes, a cirurgia ressectiva é indicada e, para seu planejamento, é necessário o uso de Ressonância Magnética. Dentre os farmacoresistentes, a esclerose hipocampal é a principal etiologia, e pode ser observada na RM pelo sinal T2. Achados recentes indicam que diferentes mudanças microestruturais afetam T2 de maneiras distintas em Alzheimer, e esta medida seria importante para identificar alterações patológicas. Diante disso, a hipótese é que na esclerose hipocampal observada na epilepsia também pode ser identificada pela medida de heterogeneidade do sinal T2. Analisar e comparar a média do tempo de relaxamento T2 com sua heterogeneidade no hipocampo de pacientes hígidos e pacientes com epilepsia e esclerose hipocampal para averiguar se a heterogeneidade apresenta perfil superior na identificação hipocampal esclerótico quando comparada à média do relaxamento. O tempo de relaxamento T2 foi medido pela média e heterogeneidade no hipocampo de 20 pacientes com epilepsia e 4 controles, utilizando o software Fiji® para análise de média e Desvio-Padrão (Heterogeneidade) dos mapas de relaxamento. A análise estatística foi feita pelo software Jamovi®. Amédia do tempo de relaxamento T2 tem uma maior sensibilidade para diferenciar o grupo controle dos pacientes com epilepsia, diferente da heterogeneidade. Ao contrário do observado em pacientes com Alzheimer, a heterogeneidade não é uma medida útil para identificar a esclerose hipocampal na epilepsia.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Identificação de expressões emocionais faciais em pacientes com epilepsia do lobo temporal mesial(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2015-03-31) Arruda, Leo Heikiti Maeda [UNIFESP]; Bueno, Orlando Francisco Amodeo [UNIFESP]; Pompeia, Sabine [UNIFESP]; Tudesco, Ivanda de Souza Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7010761150041393; http://lattes.cnpq.br/3958508687315626; http://lattes.cnpq.br/3763546320226094; http://lattes.cnpq.br/9440201488691194; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal (ELTM-EH) é frequentemente acompanhada de prejuízos de cognição social e emocional. Neste trabalho examinamos a capacidade de identificação de expressões faciais emocionais em uma amostra de 14 pacientes ELTM-EH unilaterais não-cirúrgicos, 14 pacientes após cirurgia de ressecção temporal e 10 sujeitos controle, usando fotografias de expressões com misturas de duas emoções a fim de detectar mais sensivelmente confusões entre pares de emoções. Complementarmente testamos também a inteligência não-verbal (QI), a percepção, o reconhecimento de faces e a compreensão de prosódia linguística e emocional. Em consonância com estudos anteriores, a identificação pelos pacientes da emoção medo se mostrou prejudicada em relação a estímulos misturando medo e surpresa. Também encontramos prejuízos na percepção e memória de faces. Este resultado se agrega à caracterização atual dos déficits sociais e emocionais em ELTM-EH.