Navegando por Palavras-chave "Enfisema pulmonar"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito do exercício físico aeróbio em modelo experimental de enfisema pulmonar: participação do sistema colinérgico antiinflamatório(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018) Souza, Natália Tiemi Simokomaki [UNIFESP]; Prado, Carla Máximo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1740478426977844; http://lattes.cnpq.br/0946248445669212; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Introdução: O enfisema pulmonar é uma doença que tem alta incidência, morbidade e mortalidade e está associada à exposição a fumaça de cigarro. É caracterizada por inflamação pulmonar e perda de função. A acetilcolina (ACh), cuja liberação está relacionada aos níveis de transportador vesicular de ACh (VAChT), é o principal mediador do sistema colinérgico anti-inflamatório, e controla a inflamação pulmonar. O exercício físico aeróbio tem um importante efeito anti-inflamatório e melhora a qualidade de vida dos pacientes com enfisema pulmonar. Objetivos: 1. Elucidar se a redução de VAChT e da liberação de ACh interfere no desenvolvimento do enfisema; 2. Elucidar se a redução de VAChT interfere nos efeitos benéficos do exercício físico aeróbio neste modelo. Métodos: Camundongos transgênicos com redução parcial de VAChT (KD) e selvagens (WT) machos (6-8 semanas) foram submetidos ao protocolo de exposição à fumaça de cigarro (2x/dia5x/semana/12semanas). Os grupos expostos à fumaça de cigarro foram subdivididos e submetidos ou não ao protocolo de treinamento físico aeróbio na esteira 5x/semana/60minutos/sessão/12 semanas. Após este período, foi avaliada a função pulmonar e após a eutanásia foi coletado o fluido do lavado broncoalveolar (BALF) para contagem total e diferencial de células. Os pulmões foram submetidos às técnicas habituais histológicas com parafina e coloração Hematoxilina e Eosina, para avaliação do diâmetro alveolar (Lm). Foram analisadas as citocinas IL-17 e IFN- γ no BALF. Resultados: O tempo do teste de grade e a massa corpórea foram menores nos animais KD (p<0,01) em relação aos WT. A exposição à fumaça de cigarro reduziu a massa corpórea nos WT (p<0,05) e nos KD (p<0,001). Animais WT e KD expostos ao cigarro apresentaram aumento do diâmetro alveolar (p<0,001) e do número de células totais (p<0,05) e de macrófagos (p<0,05) em relação aos respectivos controles. Os animais KD expostos ao cigarro apresentaram aumento de neutrófilos (p<0,01) e linfócitos (p<0,01) e redução de elastância tecidual (p<0,01). Os animais KD apresentaram redução dos níveis de IFNγ no BALF (p<0,05) em relação aos grupos WT. Os animais KD expostos à fumaça de cigarro e submetidos ao treinamento físico apresentaram menor velocidade, tempo e distância percorrida em relação aos WT (p<0,001), entretanto ambos os grupos (KD e WT) aumentaram estes parâmetros quando comparado os valores finais com iniciais (p<0,01). Nos animais expostos ao fumo, o treinamento físico reduziu o diâmetro alveolar nos animais WT (p<0,05), não tendo efeito nos animais KD. Em relação às células inflamatórias, o treinamento físico aumentou o número de células totais e de macrófagos somente nos animais WT (p<0,01), não tendo efeito nos KD. Ainda o treinamento físico em animais KD aumentou o número de neutrófilos (p<0,05). O treinamento físico aumentou a elastância tecidual tanto nos animais WT quanto KD expostos ao cigarro (p<0,05). Conclusão: Em conjunto, nossos dados sugerem que o sistema colinérgico anti-inflamatório está envolvido no controle da resposta inflamatória pulmonar em modelo de doença pulmonar obstrutiva crônica induzida por exposição à fumaça de cigarro, e os efeitos benéficos do treinamento físico, pelo menos em parte, dependem do sistema colinérgico íntegro