Navegando por Palavras-chave "Educação pós-pandemia"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Alfabetização no cenário pós-pandêmico: escolhas pedagógicas realizadas por professores da Rede Municipal de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-13) Centenaro, Gabriela Floreano [UNIFESP]; Vóvio, Claudia Lemos; http://lattes.cnpq.br/6082754427382954; http://lattes.cnpq.br/5967055376336162A pandemia de SARS-COV-2 agravou o desafio histórico da alfabetização escolarizada de todas as crianças brasileiras. Com a adoção de medidas sanitárias, as escolas foram fechadas e estabeleceu-se um regime de ensino remoto. A retomada das aulas presenciais defrontou-nos com o aumento da taxa de analfabetismo, além de incertezas quanto aos aprendizados realizados em regimes especiais. Essas problemáticas demandaram a reorganização das redes de ensino e a revisão de documentos curriculares e, no município de São Paulo, geraram prescrições em torno da recomposição de aprendizagem. Esta dissertação apresenta uma investigação ligada ao projeto de pesquisa “Escolhas pedagógicas e curriculares nos anos iniciais do Ensino Fundamental: o ensino na rede municipal de São Paulo”, sob coordenação da Profa. Dra. Cláudia Valentina Assumpção Galian (USP). Adota uma metodologia de cunho qualitativo e tem como objetivo compreender as escolhas de ordem curricular e didática concretizadas por uma professora alfabetizadora pertencente à Rede Municipal de Ensino da Cidade de São Paulo (RMESP), no contexto pós-pandêmico, a partir dos conceitos de currículo prescrito e currículo em ação (Gimeno Sacristán, 2000a), e dos critérios de seleção, sequenciamento, compassamento e avaliação (Bernstein, 1996). A geração de dados aconteceu em uma escola da RMESP, localizada na Vila Andrade, em uma turma de 2º ano, através da coleta de cadernos escolares; observação participante; e entrevista com a professora da classe. Os resultados referem-se ao currículo prescrito e ao currículo em ação. Em relação ao primeiro, o documento baseia-se nas ideias do construtivismo psicogenético e do interacionismo linguístico que influenciam na organização do currículo e dos objetivos de aprendizagem propostos, elementos que enfocam o uso alfabetizador de textos em seus contextos de produção, além de colocarem o aluno no centro do processo de ensino. Quanto ao currículo em ação, a professora adota um método eclético de alfabetização, demonstrando que, para ela, ser alfabetizado é estar no nível alfabético de escrita; tem o controle sobre a seleção e sequenciamento dos conteúdos, mas permite que os alunos assumam o controle sobre o compassamento destes. Além disso, utiliza a avaliação como classificação de nível de escrita e não como ponto de redefinição do seu planejamento. Por fim, observamos que não há medidas e ações voltadas à recomposição de dificuldades advindas da pandemia.