Navegando por Palavras-chave "Doping nos esportes"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Controle de doping em jogadores de futebol masculino do Brasil: 10 anos de acompanhamento da comissão médica e de combate à dopagem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)(Universidade Federal de São Paulo, 2023) Moscovici, Herman Fabian [UNIFESP]; Arliani, Gustavo Gonçalves [UNIFESP]; Lara, Paulo Henrique Schmidt [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3691315968679180; http://lattes.cnpq.br/6509085647085311; http://lattes.cnpq.br/8982014781908104Objetivo: Em 1999, por iniciativa do Comitê Olímpico Internacional (COI), foi criada a World Anti-Doping Agency (WADA), com o intuito de organizar, coordenar e promover uma luta internacional contra o doping, de forma independente e institucional. No Brasil, não conhecemos quais são as drogas mais comuns, os percentuais de Resultados Analíticos Adversos (RAA) totais por ano e carecemos de informações mais detalhadas sobre o perfil do atleta envolvido em casos de doping. Nossa proposta é compreender os RAA em um período recente de 10 anos, comparando com dados internacionais, identificando os agentes mais detectados, a idade mais prevalente, a posição em campo, a divisão em que o atleta estava jogando e relacionando essas variáveis, para conhecer a característica do perfil brasileiro. Métodos: Realizamos uma revisão dos RAA de 2008 a 2017, no banco de dados da Comissão de Controle de Doping (CCD) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Os dados foram acessados através de um programa criptografado, de acesso exclusivo, preservando o anonimato do atleta. As informações continham: número da amostra, idade do atleta, clube, competição disputada no momento do teste, grupo da substância identificada e tipo de punição, em meses. Foram considerados para estudo os RAA que ocorreram no futebol brasileiro em jogadores profissionais masculinos entre 2008 e 2017. Critérios de inclusão: Participantes de competições do futebol nacional (Séries A, B, C, D e Copa do Brasil) e campeonatos estaduais, totalizando 20 campeonatos; entretanto, somente 10 com RAA. Critérios de exclusão: Atletas do futebol feminino, atletas em campeonatos de categoria de base e competições internacionais. Resultados: A amostra selecionada nessa pesquisa foi composta a partir de 40.092 testes de doping, sendo 113 RAA (0,28%) em atletas de futebol masculino, categoria profissional, em competições nacionais e estaduais brasileiras entre os anos de 2008 e 2017, flagrados em exames de controle de doping através de amostras de urina. A idade média desses atletas foi de 27,2 anos; considerando a posição do atleta no jogo, cerca de 41 (36,3%) eram defensores, 31 (27,4%) meio campistas, 25 (22,1%) atacantes e 16 (14,2%) goleiros. Foi detectado com mais frequência o uso de estimulantes (31%), seguido de glicocorticoides (21,2%), diuréticos e agentes mascaradores (19,5%). A série do Campeonato Brasileiro não viii mostrou relação com nenhum dos grupos de substâncias da WADA. Dentro das competições nacionais, incluímos na análise amostras coletadas nas Séries A, B, C, D e Copa do Brasil. A Série A apresentou 0,07% dos RAA, seguida da Série B (0,21%), Série C (0,75%), Série D (1,49%) e Copa do Brasil (0,34%). Os anabolizantes (S1) foram as drogas responsáveis pelo maior tempo de afastamento de atletas, em torno de 18 meses. Conclusões: A taxa de RAA no futebol brasileiro é de 0,28%, em uma análise de 2008 a 2017, mais baixa que a média somada de todo o futebol mundial, e apresenta porcentagens similares entre as posições em campo. Os estimulantes são as drogas mais prevalentes, seguidos dos glicocorticoides e dos diuréticos e agentes mascaradores. As competições de elite do futebol nacional apresentam bem menos casos, em comparação às divisões inferiores.
- ItemSomente MetadadadosRuptura do músculo peitoral maior em atletas(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2005) Pochini, Alberto de Castro [UNIFESP]; Albertoni, Walter Manna [UNIFESP]OBJETIVO: Apresentar série de casos com 30 atletas apresentando ruptura do MPM e realizar estudo comparativo de 20 atletas, 10 submetidos ao tratamento cirúrgico e 10 ao tratamento não operatório com ruptura do MPM utilizando como avaliação critério clínico e funcional (dinamômetro isocinético). MATERIAIS E MÉTODOS: Foram estudados 30 atletas com ruptura do MPM. A idade média foi de 32,27 anos (variando de 23 a 47 anos), todos do sexo masculino. O período de acompanhamento médio foi de 645,10 dias (variando de 180 a 1480 dias). As lesões foram diagnosticadas por meio da anamnese, do exame físico e dos exames subsidiários. O levantamento de peso, particularmente o exerci cio conhecido como supino, foi o responsável pelo maior grupo de atletas acometidos: 18 atletas (60 por cento). Os atletas praticantes de Jiu-jitsu representaram 16,7 por cento(5 pacientes) do total, ginástica olimpica estava envolvida em três atletas (10 por cento), skate (um atleta - 3,3 por cento), futebol (um atleta - 3,3 por cento) e wakeboard (um atleta - 3,3 por cento). RESULTADOS: A avaliação dos pacientes do estudo comparativo de 20 pacientes pelo critério funcional sugerido por Bak et ai revelou 70 por cento de resultado excelente e 20 por cento bons e 10 por cento ruins para os casos submetidos a cirurgia e 30 por cento bons, 30 por cento regulares e 40 por cento ruins para os casos tratados de forma não operatoria. Dentre os 30 casos apresentados 76,7 por cento (23 pacientes) apresentaram ruptura do músculo peitoral maior na inserção junto ao úmero proximal , dois pacientes apresentaram ruptura na porção muscular (6,7 por cento), uma ruptura na junção miotendinea (3,3 por cento) e 13,3 por cento(4 pacientes) apresentaram lesão parcial do MPM. A avaliação isocinética no estudo comparativo de 20 pacientes com ruptura do MPM utilizando cybeX® a velocidade 60 graus/s mostrou déficit de força de adução média para o grupo não operatório de 53,8 por cento (variando de 12 a 191 por cento) e de 13,7 por cento (variando de - 13 a 73 por cento) para o grupo de atletas submetidos a cirurgia. O tratamento cirúrgico foi realizado na fase aguda (menor que três semanas) em cinco atletas e na fase crônica em cinco atletas. Complicações foram observadas em dois atletas e representaram: ruptura do tendão bíceps braquial em um caso e reação de corpo estranho associado a fio sutura inabsorvível em outro atleta. CONCLUSÃO: O levantamento de peso (supino) associado ao uso do esteróide anabolizante estavam envolvidos na maioria dos casos de ruptura do MPM e o tratamento desta lesão em atletas apresentou melhor resultado funcional com o tratamento cirúrgico quando comparado com o tratamento não operatório.