Navegando por Palavras-chave "Doença sexualmente transmissivel"
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- ItemEmbargoA experiência da auto coleta para rastreio de infecções sexualmente transmissíveis em mulheres acompanhadas em serviço terciário de referência em Ginecologia(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-29) Marques, Miriane Borges [UNIFESP]; Speck, Neila Maria de Goís [UNIFESP]; Tso, Fernanda Kesselring [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4640267129189904; http://lattes.cnpq.br/8169544398769371; http://lattes.cnpq.br/1603135213462333Objetivo: Avaliar a experiência da auto coleta para rastreio de infecções sexualmente transmissíveis (IST) em mulheres acompanhadas em serviço referência em ginecologia. Métodos: Foram realizados dois estudos, ambos prospectivos, descritivos, qualitativos e quantitativos. O primeiro estudo obteve de forma oportuna 47 participantes do sexo feminino, com colo uterino, sexualmente ativas e acima dos 25 anos de idade com diagnóstico ou risco de IST acompanhadas em serviço de referência em ginecologia. Foram divididas em Grupo 1: diagnóstico de lesão intraepitelial de alto grau do colo uterino (n=18); Grupo 2: pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana - PVHIV (n=17) e Grupo 3: risco de IST (n=12). Dados sociodemográficos foram aplicados, seguido da auto coleta e coleta realizada por um clínico, para rastreio de Chlamydia trachomatis (CT) e Neisseria gonorrhoeae (NG) através da técnica de Reação de polimerase em cadeia (PCR). A prevalência, adequabilidade das amostras e concordância entre os resultados foram analisados e comparou-se os grupos quanto ao desconforto. No segundo estudo, as mesmas 47 participantes foram convidadas por mensagens eletrônicas via telefone celular para irem até o serviço e realizar o teste de identificação do ácido desoxirribonucleico do papilomavírus humano de alto risco (DNA-HPVar), pela auto coleta vaginal e coleta realizada por um clínico, sendo avaliado a adesão ao teste. A prevalência de DNA-HPVar, a adequabilidade das amostras e a concordância entre os resultados das duas formas de coleta foram analisados. Comparou-se preferência, confiabilidade e conforto entre os dois métodos de coleta, além de avaliar o conhecimento da auto coleta como forma de rastreio de câncer de colo. Os resultados com valores de p<0,05 foram considerados significativos. Resultados: No primeiro estudo foi observado que PVHIV tinham menor média etária para o início da atividade sexual e que mulheres em risco de IST tiveram o maior número de parcerias sexuais em um ano. A prevalência de CT foi 2,1% e NG: 0%. Nenhuma das amostras foi considerada indeterminada. A concordância dos resultados entre os métodos de coleta foi absoluta. A auto coleta foi menos desconfortável em relação à coleta feita por um clínico. No segundo estudo, das 47 participantes, 17 (39,5%) tiveram adesão, não sendo possível estabelecer contato com 4. As participantes mais jovens e com maior escolaridade preferiram a auto coleta e tinham conhecimento dessa estratégia de rastreio. A confiança no resultado dos dois métodos de coleta foi absoluta. A prevalência de DNA-HPVar foi 29% e não houve resultado indeterminado, sendo 94,7% a concordância positiva dos resultados e 100%, negativa. Conclusões: A experiência da auto coleta para rastreio de IST em serviço terciário de referência em ginecologia foi positiva. A auto coleta pode não ser suficiente para otimizar o rastreamento de IST. A associação de outras estratégias, como educação, informação, organização do sistema de saúde, de forma tecnológica, facilitando o acesso aos kits de coletas e sua devolução bem como orientar seguimento, podem otimizar a adesão à prevenção de IST e influenciar a experiência da auto coleta em serviços de referência.