Navegando por Palavras-chave "Doença pulmonar crônica"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação epidemiológica de SARS-CoV-2 e a ocorrência de outros vírus respiratórios em crianças pneumopatas(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-02) Conte, Danielle Dias [UNIFESP]; Bellei, Nancy Cristina Junqueira [UNIFESP]; Luna, Luciano Kleber de Souza; http://lattes.cnpq.br/0914390402162234; http://lattes.cnpq.br/1571196803842272; http://lattes.cnpq.br/2562986415226275Objetivos: Avaliar os aspectos epidemiológicos e virológicos do Betacoronavírus pandêmico (SARS-CoV-2), em crianças com doenças pulmonares crônicas, como fibrose cística e outras pneumopatias atendidas nos ambulatórios de pneumologia pediátrica do Complexo Hospital São Paulo/UNIFESP. Avaliar esses mesmos aspectos em crianças sem comorbidades atendidas no ambulatório de pediatria geral, Núcleo de apoio a família ou atendidas na Unidade de pronto atendimento para estabelecer possíveis comparações. O objetivo secundário, analisar a ocorrência de outros vírus respiratórios diante no cenário pandêmico e pós pandêmico. Metodologia: No período de janeiro de 2021 a julho de 2024, amostras de Swab de nasofaringe e orofaringe foram coletadas de crianças com 0 a 12 anos, crianças com doença pulmonar crônica assintomáticas (PNA) ou crianças com doença pulmonar crônica sintomáticos (PNS) para infecção respiratória aguda e de um grupo controle (GC) de crianças sintomáticas e sem comorbidades. Foram realizados teste rápido de detecção de anticorpo contra SARS-CoV-2, além de detecção genômica do SARS-CoV-2 e outros vírus respiratórios utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase precedida por transcrição reversa (RT-PCR). A comparação entre os grupos considerou dados temporais e estatísticos, considerando intervalo de confiança de 95% e p<0,05. Resultados: A detecção de anticorpos contra o SARS-CoV-2 foi realizada em 185 crianças, sendo 26,48% (49) reagentes para o anticorpo IgG contra COVID-19. Nenhuma dessas crianças havia sido vacinada contra a COVID-19. No grupo crianças com doença pulmonar crônica (PN) foi de 21.89% (37/169), sendo a faixa etária com maior detecção as crianças maiores de 5 anos, com 45.94% (17/37) dos casos, já no GC foram em 75% (12/16) dos casos. A positividade geral por RT-PCR foi 28,33% de vírus respiratórios, desses a COVID-19 foi detectada apenas em 3,33% e os outros vírus respiratórios com 25% de detecção. As análises das amostras dos grupos sintomáticos no mesmo período, demonstrou uma diferença significante entre os grupos. No PNA, houve apenas uma detecção viral, correspondendo a 1% (1/100) dos casos, com identificação do rinovírus (HRV) em uma criança de 2 < 5 anos, no ano de 2022. A detecção viral no PNS foi de 30,88% (21/68) e o grupo controle foi em 56% (56/100), nessa comparação houve diferença significante (p=0,002, OR= 2,78, IC 95% (1,45– 5,31), demonstrando que as crianças do grupo controle têm 2,78 vezes mais chances de detecção viral. A faixa etária com maior detecção viral forma os menores de 1 ano e a menor detecção viral entre 2 < 5 anos. A avaliação de detecção viral geral anual mostrou uma diferença significante indicando que a detecção viral em 2023 foi 36 vezes maior do que no ano de 2021 (p = 0,001; OR = 36,66; IC 95%: 10,10 – 133,09). Analisando os dois grupos com amostras coletadas no mesmo período as crianças com doenças pulmonares crônicas sintomáticas apresentaram 30,88% (21/68) de detecção viral. Já no grupo controle a detecção viral foi de 56% (56/100). Houve diferença significante entres esses grupos, (p=0,002, OR= 2,78, IC 95% (1,45– 5,31), demonstrando que as crianças do grupo controle têm 2,78 vezes mais chances de detecção viral. A distribuição viral ao longo do estudo demonstrou que o SARS-CoV-2, teve a maior prevalência registrada no ano de 2024, com 60% dos casos nas faixas etárias de 2< 5 anos e maiores de 5 anos apresentaram quantidades semelhantes de detecção. Na análise de ocorrência de outros vírus, os mais frequentes foram o HRV 8,33%, influenza (FLUA)/(H1N1/H2N2) e vírus sincicial respiratório (HRSV), ambos com 4,33%. Os únicos vírus respiratorios que apresentarem ocorrência anual foram o HRV e o parainfluenza com 2,33% dos casos. A taxa de codetecção foi de 1,66%. Outro dado relevante refere-se à vacinação: entre as crianças com doenças pulmonares crônicas, apenas 49 eram elegíveis para a vacinação contra a COVID-19, das quais 51% (25 crianças) foram vacinadas. Em relação à vacinação contra a influenza, 49% (98) das crianças foram vacinadas. Todas as crianças do grupo controle eram elegíveis para a vacinação contra a COVID-19, mas apenas 75% (66) receberam a vacina. Quanto à vacinação contra a influenza, apenas 57 crianças eram elegíveis, das quais 57,89% (33) foram vacinadas. Conclusão: Essas conclusões destacam a importância de políticas de saúde pública voltadas, especialmente, para crianças menores 1 anos que foi a faixa etária com maior deteção viral e a baixa adesão vacinal, principalmente em crianças com doença pulmonar crônica. É necessário traçar estratégias frequentes de controle da transmissão viral, uma maior abrangência da vigilância genômica dos vírus respiratórios mais prevalentes em crianças. implementação de medidas mais rigorosas eficácia das de vacinação. Tais ações são essenciais para mitigar os impactos da COVID-19 e de outras doenças respiratórias.