Navegando por Palavras-chave "Diversidade microbiana"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeito de diferentes níveis de bioflocos sobre a diversidade microbiana em sistemas de cultivo intensivo de camarões(Universidade Federal de São Paulo, 2020-08-04) Copetti, Fabrini [UNIFESP]; Schveitzer, Rodrigo [UNIFESP]; Gregoracci, Gustavo Bueno [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2981096200649699; http://lattes.cnpq.br/5352571139480537; http://lattes.cnpq.br/8571999904451348; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A sociedade poderá sofrer com a falta de alimento se não aprimorarmos os sistemas de cultivo. Por esse motivo, sistemas de produção de alimento, como os sistemas aquícolas, têm avançado na eficiência dos seus processos. Esses avanços abrangem principalmente menor utilização de espaço, menor consumo de água e minimização na geração de efluentes. No sistema de bioflocos, por exemplo, a remoção de compostos nitrogenados tóxicos não é realizada através da troca de água, sendo mediada por bactérias. Contudo, o acúmulo dessas bactérias, que crescem formando flocos microbianos, prejudica os animais cultivados e é necessária a remoção parcial dos bioflocos por decantação. Por remover biomassa de microrganismos e alterar a disponibilidade de nutrientes por célula bacteriana, a decantação pode modificar a estrutura da comunidade microbiana e afetar o desempenho dos animais cultivados. Esse trabalho teve como objetivo avaliar se a manutenção de diferentes níveis de bioflocos nos tanques de cultivo modifica a estrutura da comunidade microbiana e afeta o desempenho dos camarões cultivados. Foram testados dois níveis de sólidos suspensos totais (SST), variável usada para quantificar os bioflocos: T700 (724 mg L-1) e T500 (514 mg L-1). Os camarões foram cultivados por 50 dias em densidade de estocagem de 906 camarões m-3 com sobrevivências próximas de 90%. Não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos para o desempenho zootécnico dos animais e para as variáveis de qualidade de água. Maior riqueza de espécies foi observada para o tratamento T700, e a estrutura da comunidade microbiana foi significativamente diferente entre os tratamentos e semanas de cultivo. Maior ocorrência de bactérias oportunistas, e. g. Vibrios, foi observada no T500. Os resultados demonstram que a manutenção de diferentes níveis de bioflocos nos tanques de cultivo modifica a estrutura da comunidade microbiana. Sistemas de cultivo com níveis de SST próximos de 700 mg L-1 podem ser considerados mais seguros do ponto de vista microbiológico, ou seja, são menos susceptíveis a ocorrência de bactérias oportunistas potencialmente patogênicas (e.g. Vibrios) do que tanques com sólidos próximos de 500 mg L-1.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Efeitos da remediação térmica na comunidade microbiana de um solo tropical contaminado com hidrocarbonetos(Universidade Federal de São Paulo, 2022-07-26) Penna, Daniel Di Pace Soares [UNIFESP]; Nakayama, Cristina Rossi [UNIFESP]; Oliveira, Valeria Maia; http://lattes.cnpq.br/3886687872358496; http://lattes.cnpq.br/5087991903554322; http://lattes.cnpq.br/4267109131035231O desenvolvimento de estratégias de remediação eficientes e mais sustentáveis é um desafio para a sociedade. Dentre as estratégias de remediação empregadas, a remediação térmica, que mobiliza ou remove contaminantes por meio do aquecimento do solo, tem estado cada vez mais em evidência nos últimos anos. No entanto, a influência do aquecimento sobre a microbiota do solo ou o potencial de aplicação integrada da remediação térmica e a biorremediação ainda é pouco conhecido, principalmente em ambientes tropicais. Neste trabalho utilizamos métodos dependentes de cultivo e sequenciamento de alto desempenho do rRNA 16S para comparar a estrutura da comunidade microbiana de amostras de solo contaminadas com creosoto aquecidas a 60 °C e 100 °C em microcosmos, simulando faixas de baixa temperatura do gradiente de remediação térmica, com impacto esperado na microbiota, mas antes de sua inativação completa. O aquecimento a 60 °C reduziu a densidade de bactérias heterotróficas cultiváveis, mas as populações se recuperaram após 30 dias de incubação. O aquecimento a 100 °C inativou a comunidade heterotrófica viável. Burkholderia-Caballeronia-Paraburkholderia (BCP), Sphingobium, Clostridium-sensu-stricto-1 e Escherichia-Shigella foram os gêneros predominantes nos microcosmos. A 60 °C a abundância relativa de Sphingobium diminuiu e BCP mostrou maior dominância após 30 dias de incubação. Ambos os gêneros são conhecidos por serem capazes de degradar HPAs, mostrando que, mesmo com o impacto da temperatura talvez o solo possua redundância funcional e seja capaz de manter atividades degradantes. Concluímos que a biorremediação pode ser usada em faixas de temperatura para as quais a remediação térmica não remove ou degrada completamente os contaminantes