Navegando por Palavras-chave "Diluição"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Prevalência de espécies de Aspergillus em amostras de origem clínica/ambiental e análise de seu perfil de susceptibilidade(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2013-09-25) Negri, Clara Ezequiel [UNIFESP]; Colombo, Arnaldo Lopes [UNIFESP]; Gonçalves, Sarah Santos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4512261018429681; http://lattes.cnpq.br/9300997857265211; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Espécies do gênero Aspergillus são responsáveis pela segunda e/ou terceira maior ocorrência de infecções fúngicas invasivas (IFIs) em hospitais terciários. Na prática clínica, essas infecções são difíceis de diagnosticar e o tratamento tardio é muito frequente. Poucos centros médicos têm capacitação para realizar a identificação acurada de espécies deste gênero de fungos, visto que a formação em micologia clássica, bem como o domínio e disponibilidade de técnicas moleculares são requeridas para este diagnóstico. Os casos de resistência a antifúngicos não são comuns na medicina contemporânea, mas o número de isolados resistentes e fracasso terapêutico têm aumentado significativamente nas últimas décadas. São escassos os dados no Brasil sobre a prevalência de espécies de Aspergillus e seu perfil de susceptibilidade a antifúngicos. O presente estudo teve como objetivos analisar a distribuição das espécies do gênero Aspergillus em 150 amostras clínicas/ambientais e avaliar a ocorrência de cepas com valores de CIMs superiores ao cut-off epidemiológico proposto aos antifúngicos comumente utilizados. A identificação de espécies do gênero Aspergillus foi realizada pela abordagem polifásica, a qual inclui análise macro e micromorfológica, termotolerância, sequenciamento e filogenia se necessário, (região ITS do rDNA e dos genes calmodulina e β-tubulina). Os isolados também foram avaliados quanto à tolerância a cloreto de sódio (5% e 10%), cicloheximida (0,1% e 0,5 %) e produção de ácidos orgânicos em CREA e ácido aspergílico em AFPA. Foi avaliado o perfil de susceptibilidade in vitro dos 150 isolados frente a triazólicos (itraconazol, voriconazol e posaconazol) utilizando 2 diferentes métodos: microdiluição em caldo e E-test. Os isolados com valores de cut-off superiores aos estabelecidos, também foram testados frente a anfotericina B, caspofungina e anidulafungina. A caracterização fenotípica, assim como o sequenciamento da região ITS separou os isolados em nove seções, a saber: Circumdati, Clavati, Flavi, Flavipedes, Fumigati, Nidulantes, Nigri, Terrei e Usti. Utilizando a abordagem polifásica, 141/150 isolados foram identificados em nível de espécie. Com a abordagem realizada, não foi possível identificar 3/43 isolados pertencentes à seção Flavi e 6/17 da seção Nigri. Com relação aos triazólicos testados, 141/150 isolados apresentaram valores de CIMs menores ou iguais ao cut-off epidemiológico estabelecido utilizando a metodologia padronizada. Dentre os isolados, 1/9 Circumdati, 1/9 Usti, 1/9 Nigri, 4/9 Fumigati e 2/9 Flavi apresentaram valores mais elevados frente a estes antifúngicos; 2/9 apresentaram valores de CIM elevados também frente à anfotericina B (N. pseudofischeri e A. ochraceus). Somente o isolado de A. calidoustus apresentou valor de CIM elevado frente à caspofungina. Todos os nove isolados testados frente à anidulafungina apresentaram como valor de CIM a menor concentração testada deste fármaco, demonstrando sua ótima atividade in vitro. A falta de padronização da metodologia de E-test®, dificultou sua execução e avaliação do teste, principalmente no que diz respeito à leitura, prejudicando, assim, o estabelecimento de taxas de correlação entre as duas metodologias testadas. Esta taxa foi classificada como marginal quando consideramos como equivalentes valores de ± uma diluição e as taxas tornam-se aceitáveis quando consideramos como equivalentes valores de ± duas diluições. Os dados observados reforçam a importância na identificação acurada de espécies de Aspergillus, visto que encontramos um número substancial de espécies crípticas que apresentam variações no perfil de susceptibilidade entre os isolados aos antifúngicos comumente utilizados. Neste contexto, demonstramos a importância na padronização da metodologia de E-test® para aumentar a confiabilidade do teste.