Navegando por Palavras-chave "Diet, Vegetarian"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação do estado metabólico e nutricional de indivíduos vegetarianos e onívoros(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2010-03-31) Slywitch, Eric [UNIFESP]; Nóbrega, Fernando José de [UNIFESP]; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Objetivo: avaliar, comparativamente, o estado nutricional de indivíduos vegetarianos e onívoros, com relação ao estado nutricional de proteínas, vitamina B12, ácido fólico, homocisteína e metabólico pela avaliação da glicemia, insulinemia, perfil inflamatório e de lípides séricos. Métodos: estudo prospectivo, transversal com 59 indivíduos do sexo feminino fora de período de gestação ou amamentação, eutróficas, entre 20 e 50 anos de idade, com tempo de dieta superior a um ano, sem uso de suplementos nem consumo de cigarro ou bebidas alcoólicas e com prática equivalente de atividade física e função tireoideana e hepática normais. Os indivíduos foram divididos conforme o consumo de carne ou não, sendo o grupo vegetariano chamado de grupo “sem carne” (SC) e o onívoro de grupo “com carne” (CC). Foram avaliadas as medidas corporais pelo IMC e bioimpedância. Os seguintes parâmetros laboratoriais foram avaliados: hemograma, ferritina, transferrina, PCR-US, vitamina B12, ácido fólico, homocisteína, glicemia, insulinemia, perfil lipídico, uréia e creatinina, proteína total e frações. Resultados: Foram avaliadas 25 mulheres do grupo CC e 34 SC. O grupo foi homogêneo com relação à idade (p=0,731), IMC (p=0,80) e valor percentual de massa gorda e magra (p=0,693 e p= 0,83; respectivamente). O grupo SC apresentou menores níveis de HOMA-IR (p=0,0048) e HOMA-Beta (p=0,040), além de redução no nível de colesterol total de cerca de 10,4% (p=0,039), mas sem diferenças nos índices de Castelli 1 e 2 (p = 0,619 e p = 0,587; respectivamente). Não houve diferenças nos níveis de hemoglobina (p= 0,13), creatinina (p = 0,113), PCR-US (p =0,754), triglicérides (p = 0,592), ferritina (p=0,221), transferrina (p=0,342), albumina (p=0,137), linfócitos totais (p=0,127), vitamina B12 (p=0,971), ácido fólico (p=1) e homocisteína (p=0,062). Os níveis de uréia dosados foram normais, porém mais elevados no grupo CC (p=0,002). Ambos os grupos apresentaram, sem diferenças estatísticas, valores normal baixo de VCM, HCM, CHCH e ferritina, com RDW normal alto. Conclusões: indivíduos que não utilizam carne têm maior sensibilidade à insulina, níveis mais baixos de colesterol e não têm maior risco de deficiência protéica do que o grupo que a utiliza. Os níveis de uréia mais elevados demonstram maior ingestão protéica do grupo CC, mas sem repercussões clínicas aparentes. Não houve diferença na prevalência de deficiência de ferro, vitamina B12 e ácido fólico, mas os dados sugerem que ambos os grupos têm níveis de ferro e vitamina B12 em limites mínimos da normalidade, sendo indicada a correção medicamentosa.