Navegando por Palavras-chave "Depressão refratária"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Doses repetidas de escetamina subcutânea para o tratamento de depressão refratária: resposta ao tratamento e impacto na cognição(Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-15) Lucchese, Ana Cecilia [UNIFESP]; Baxter, Sergio Andreoli [UNIFESP]; Sarin, Luciana Maria [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2541192381649759; http://lattes.cnpq.br/3330444987520974; http://lattes.cnpq.br/0307060163051103Introdução: Estudos indicam que doses subanestésicas de escetamina induzem a um efeito antidepressivo rápido. Há poucos dados sobre a via subcutânea (SC) de administração. Ainda não está claro para que perfil de pacientes esse tratamento seria adequado e o impacto deste sobre a cognição. Objetivos: Examinar o efeito de doses subanestésicas repetidas de escetamina SC sobre sintomas depressivos, preditores clínicos de resposta e o impacto na cognição de pacientes com depressão refratária ao tratamento (unipolar e bipolar), considerados refratários pelo Método de Estadiamento de Maudsley (MSM). Métodos: Análise retrospectiva de 70 pacientes, que receberam seis doses de escetamina SC como tratamento adjuvante. O desfecho primário foi a redução dos sintomas depressivos. Análise de regressão logística investigou preditores clínicos de eficácia usando a redução de 50% (ou mais) nos escores da escala de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS) como variável dependente. Comparação entre os grupos e efeitos do tratamento foram examinadas pela análise de variância. Os desfechos secundários foram investigar o perfil cognitivo desta população, a segurança e o impacto do tratamento na cognição, estes foram analisados através do teste de qui-quadrado, teste t pareado e teste t para amostras independentes. A magnitude de efeito foi analisada pelo d de Cohen. Resultados: Nossa amostra apresentou grau de refratariedade grave ao tratamento em 65,7% (avaliado pelo MSM) e 47,1% tinham comorbidade com transtorno de ansiedade. A taxa de resposta foi de 50%. Tiveram melhor resposta os pacientes com escores de MSM leves e moderados (OR=3,162, p=0,041) e com comorbidade com transtorno de ansiedade (OR=3,149, p=0,028). Não foram observadas mudanças relevantes na cognição. Conclusões: Nossos resultados sugerem que altos níveis de refratariedade ao tratamento podem estar associados a pior resposta à escetamina SC. Pacientes com ansiedade comórbida, que costumam ter pior prognóstico no tratamento com farmacoterapias tradicionais, podem se beneficiar desta medicação. O tratamento se mostrou seguro em relação a cognição neste seguimento de curto prazo. Novas pesquisas são necessárias para confirmar estes resultados e estimular o maior destaque da escetamina no algoritmo de tratamento para depressão refratária.