Navegando por Palavras-chave "Declaração de óbito"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Um método de seleção de causas básicas de óbito por meio das distribuições de diagnósticos mencionados(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-26) Tardelli, Adalberto Otranto [UNIFESP]; Paiva, Paulo Bandiera [UNIFESP]; Anção, Meide Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6032967315336358; http://lattes.cnpq.br/0947654602498462; http://lattes.cnpq.br/6610160613904119Introdução: As estatísticas de mortalidade são produzidas na maioria dos países, segundo as regras definidas pela OMS nas sucessivas revisões da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, atualmente em sua 10ª Revisão (CID-10). Têm como eixo principal a chamada Causa Básica do óbito, selecionadas de acordo com as Regras Internacionais de Seleção de Causas Básicas, cuja interpretação demanda conhecimento de relações causais entre doenças e uma considerável capacidade técnica para aplicá-las correta e sistematicamente. Objetivo: O estudo propôs identificar os conjuntos de diagnósticos informados nos dados das Declarações de Óbito processadas pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) brasileiro, associá-los com as correspondentes causas básicas selecionadas e avaliar o grau de acurácia de um método estatístico de previsão destas. Métodos: Os dados das Declarações de Óbito (DO) do SIM com os dados do Estado de São Paulo ocorridos no período de 2000 a 2018 foram carregados num Repositório de dados de acesso aberto, especificado e desenvolvido com a capacidade de recuperação de dados requerida pelo estudo. Foram selecionados os casos com os códigos de causa básica de óbito (CB) e de cada diagnóstico mencionado (DM) considerados válidos segundo a lista de códigos CID-10 distribuída na página de transferência de arquivos do SIM e com um mínimo de 2 e um máximo de 6 DMs. Foram identificados todos os conjuntos de DMs dos dados relativos aos períodos 2009-2013 e 2014-2018, representando-os, para cada DO, em seis tipos de conjuntos de DMs, com os quais criaram-se regras quantitativas associando cada conjunto de DMs às correspondentes CBs (Regras MD=>UCD) a partir das respectivas distribuições proporcionais. As Regras do período 2009-2013 foram, então, aplicadas a cada DO dos óbitos ocorridos no período 2014 a 2018. E vice-versa. Por fim, as causas básicas previstas pelo método foram comparadas às selecionadas pelo SIM. Resultados: Nos dados de 2009-2013, foram selecionados 5218 distintos códigos de causas básicas. Foram identificados os seguintes conjuntos de diagnósticos mencionados: i) 635.995 conjuntos distintos de DMs considerando as linhas do chamado atestado de óbito e a ordem onde foram mencionados; ii) 596.544 desconsiderando a posição, iii) 535.212 desconsiderando também a ordem das menções; iv) 336.119 combinações de pares de DMs; v) 270.698 pares distintos quando desconsiderada a ordem das menções; e vi) 7.430 distintos códigos de diagnósticos. Combinados com as respectivas CBs, ocorreram 4.315.054 distintos conjuntos de DMs x CBs, sendo 637.196, 611.208, 558.017, 1.196.629, 1.081.936 e 230.068 correspondentes a esses seis tipos de conjuntos de DMs. Ao aplicar as Regras MD=>UCD do período 2009-2013 aos dados de 2014-2018, foram atribuídas causas básicas a 99,99% dos casos com 89.99% de acerto, ao nível de Subcategoria CID-10. Com as Regras MD=>UCD do período 2014-2018 aplicadas aos dados de 2009-2013, foram atribuídas causas básicas a 99,99% dos casos com 90.36% de acerto, igualmente ao nível de Subcategoria CID-10. Conclusão: Foi disponibilizado um Repositório de dados das Declarações de Óbito registradas no Brasil ao longo dos anos 2000 a 2018, em acesso aberto e com capacidade de recuperação de dados adequada também a estudos de causas múltiplas de morte. O estudo concluiu que a causa básica de morte de uma DO está fortemente associada não apenas com a informação contida na representação estruturada dos diagnósticos mencionados, mas também com outras representações destes, tais como sequências e pares de DM, ainda que desconsiderando a posição e/ou a ordem em que foram declarados na DO: causas básicas de óbito foram previstas com considerável grau de acurácia, simplesmente por meio das distribuições proporcionais das sequências, pares e unidades de diagnósticos mencionados e suas correspondentes causas básicas. As causas básicas “previstas” poderão servir de guia para verificação manual das causas básicas selecionadas nos sistemas de informação de mortalidade e podem ser úteis para revelar casos que exigem especial atenção – inclusive nas tabelas de decisão dos sistemas automatizados de seleção de causas de morte.