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    Acesso aberto (Open Access)
    O uso do sistema intrauterino liberador de 52mg de levonorgestrel no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil: uma revisão sistemática
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-23) Pereira, Victoria Santos Delicio [UNIFESP]; Fonseca, Fernando Luiz Affonso [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6772382797320564
    Introdução: Uma pesquisa realizada em 2021 revelou que 62% das mulheres brasileiras já tiveram pelo menos uma gravidez não intencional. Esse índice é considerado alarmante, uma vez que está 14% acima da média mundial e mais alto do que a média nacional em 2012, que era de 55%. Pode-se considerar que, a falta de conhecimento e acesso aos métodos contraceptivos é a principal causa desse problema. Para reduzir esses números, é necessário ampliar a divulgação de informações sobre contracepção no SUS, garantir acesso a métodos modernos e capacitar as equipes multiprofissionais para o aconselhamento contraceptivo das pacientes. É também importante incentivar e capacitar esses profissionais e valorizar a participação dos farmacêuticos no processo. O presente trabalho enfatiza o uso do sistema intrauterino liberador de 52mg de levonorgestrel (Mirena®), como uma alternativa moderna, segura e eficaz para contracepção. A ampliação do acesso a métodos contraceptivos modernos, como o Mirena®, pode contribuir significativamente para a redução dos índices de gravidez inesperada no Brasil. Objetivo: Avaliar os benefícios do uso do Sistema Intrauterino liberador de 52mg de levonorgestrel no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Métodos: trata-se de uma revisão sistemática de estudos selecionados referentes ao uso do Mirena® no Brasil. Foi realizada uma busca em bases de dados como SciELO e Pubmed, empregando a combinação das palavras-chaves: sistema intrauterino de levonorgestrel e Brasil, nos idiomas inglês e português. Foram encontradas e analisadas cinco publicações consideradas relevantes. Resultados e Discussões: As publicações analisadas reforçam a ideia de que, o Mirena® é muito eficaz, tanto para o controle das taxas de gestação não planejada, quanto para o tratamento de SUA (Sangramento Uterino Anormal) idiopático e proteção endometrial. Além disso, possui algumas vantagens quando comparado a outros tratamentos e métodos, e seu custo-benefício pode ser vantajoso. Por outro lado, é necessário que, em paralelo, haja fortalecimento do sistema público de saúde e investimento em pesquisas acerca do assunto. Conclusão: O Mirena® pode ser uma política pública eficaz que ajudaria a impulsionar o cuidado com a saúde da mulher, e, consequentemente, reduzir os custos para o sistema de saúde brasileiro.