Navegando por Palavras-chave "Curso de vida"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemEmbargoPercepções sobre o corpo e a trajetória alimentar de bailarinas clássicas brasileiras(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-13) Valdez, Mariana Soares [UNIFESP]; Juzwiak, Claudia Ridel [UNIFESP]; Padovani, Ricardo da Costa [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5442923292795249; http://lattes.cnpq.br/5232412496774556; http://lattes.cnpq.br/9879495141944613; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)O ballet clássico (BC) exige um padrão de corpo magro, tornando as bailarinas vulneráveis à insatisfação com a imagem corporal (IC), aumentando as chances de desenvolverem comportamentos alimentares de risco e tríade da mulher atleta (TMA). Trata-se de um estudo quanti-qualitativo, transversal, cujo objetivo foi compreender as percepções sobre o corpo e as trajetórias alimentares de bailarinas clássicas brasileiras com risco de TMA e insatisfação da IC. Na 1ª etapa, bailarinas brasileiras com idade entre 18 e 29 anos foram convidadas a responder aos questionários Low Energy Availability in Females Questionnaire (LEAF-Q) e Body Shape Questionnaire (BSQ), em suas versões traduzidas e validadas para o Brasil. Das 23 bailarinas que participaram da 1ª etapa, 43,5% e 30,3% apresentaram risco para TMA e insatisfação da IC, respectivamente. Dessas, as que apresentaram escore ≥8 no LEAF-Q e >110 no BSQ, foram convidadas a participar da 2ª etapa, que consistiu em entrevistas semiestruturadas, individuais, usando a técnica de foto-elicitação. Cinco bailarinas aceitaram participar da entrevista. Na sequência, essas bailarinas foram convidadas para um grupo focal (n=2). Para o desenvolvimento dos roteiros de entrevistas foi utilizado como referencial teórico o Food Choice Process Model. A análise de conteúdo resultou em quatro núcleos temáticos “Primeiro ato: o começo de tudo”; “Alimentação e ballet: percepções, barreiras e facilitadores”; “O comer em companhia”; “Corpo & Comer”. A prática do ballet clássico, conforme evidenciado pelos achados, está associada ao surgimento de sintomas que predispõem ao desenvolvimento de TMA. Além disso, essa atividade contribui para sentimentos negativos em relação à imagem corporal, refletindo a pressão exercida por professores, colegas e familiares para que as bailarinas mantenham um padrão de magreza. O uso constante de espelhos, os uniformes exigidos e o ideal de corpo magro promovido pelas companhias de ballet intensificam a insatisfação corporal. Em consequência, muitas bailarinas buscam atingir um corpo considerado ideal e se envolvem em comparações contínuas com seus pares, o que resulta em comportamentos alimentares disfuncionais.