Navegando por Palavras-chave "Congenital syphilis"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação do desenvolvimento motor em lactentes com diagnóstico de sífilis congênita(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018) Tancredo, Raícza Victória Tricarico Ferreira [UNIFESP]; Sá, Cristina dos Santos Cardoso de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9259523998158401; http://lattes.cnpq.br/9653994323758405; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A sífilis é uma doença infecciosa crônica causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum subsp pallidum, sendo transmitida por duas vias: sexual, chamada de sífilis adquirida, e vertical, também chamada de congênita, quando é transmitida através da placenta. A sífilis permanece como um problema de saúde pública mundial, estimando-se que 1,8 milhões de gestantes no mundo estejam infectadas pela sífilis e que menos de 10% delas sejam diagnosticadas e tratadas. O desenvolvimento infantil é um processo que vai desde a concepção, envolvendo vários aspectos, indo desde o crescimento físico, passando pela maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva da criança. As manifestações clínicas ocasionadas pela sífilis congênita podem atrasar o desenvolvimento infantil. Objetivo: Avaliar o desenvolvimento motor nas idades de 3 e 6 meses de lactentes com sífilis congênita e comparar com lactentes de 3 e 6 meses sem sífilis congênita. Método: Os participantes desta pesquisa foram selecionados por amostra de conveniência com idade de 3 meses e 6 meses com e sem diagnóstico de sífilis congênita que tiveram seu desenvolvimento motor avaliados pela Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS). As avaliações ocorreram no serviço especializado de saúde da Cidade de Santos, Seção Núcleo Integrado de Atendimento à Criança (SENIC) (lactentes com sífilis) e Unidades Básica de Saúde - Vila Nova (lactentes sem sífilis) submetendo o lactente a uma avaliação individual, com a presença de seus pais ou cuidadores. Resultado: O teste Qui-Quadrado revelou que não há diferença entre lactentes com sífilis e lactentes sem sífilis em relação ao desenvolvimento motor aos 3 meses e também que não há diferença entre lactentes com sífilis e lactentes sem sífilis em relação ao desenvolvimento motor aos 6 meses de idade. Conclusão: No presente estudo, através da avaliação pela Escala Motora Infantil de Alberta, concluiuse que os lactentes de 3 e 6 meses diagnosticados com sífilis congênita não apresentaram percentil de desenvolvimento menor do que comparados com o percentil de lactentes sem esse diagnóstico e, com isso, não houve características determinantes para estabelecer atraso no desenvolvimento motor de lactentes com diagnóstico de sífilis congênita, não definindo um desenvolvimento motor atípico para as respectivas idades de lactentes diagnosticados
- ItemAcesso aberto (Open Access)Mortalidade com sífilis congênita no município de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2022-09-02) Soares, Roberta de Almeida [UNIFESP]; Luppi, Carla Gianna [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7144041143118933; http://lattes.cnpq.br/5155333740641047; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)A sífilis congênita (SC) é uma doença evitável mediante detecção precoce e tratamento adequado e oportunamente instituído para a sífilis em gestantes (SG). O acompanhamento adequado no pré-natal (PN), parto e puerpério é a melhor prevenção contra a transmissão vertical da doença. Em decorrência da dificuldade de manejo de casos de SG, podem ocorrer graves consequências. Assim, conhecer sistematicamente fatores associados à mortalidade com SC e propor medidas de prevenção e controle da doença pode auxiliar em sua redução e de seus efeitos. Objetivo: investigar os casos de SC e os seus desfechos no município de São Paulo (MSP) nos anos de 2016 a 2018. Método: estudo quantitativo, transversal, observacional e analítico com o universo de dados secundários do projeto Mortalidade por sífilis congênita no estado de São Paulo, tendo todos os casos notificados com SC residentes no MSP. A fonte de dados utilizada foi a base de dados aprimorada do Sinan. Realizou-se a descrição dos dados desagregados segundo ano e evolução com SC (óbito infantil; óbito perinatal; desfechos desfavoráveis (DD) - aborto; natimorto; óbito infantil); descreveram-se as respectivas taxas de mortalidade: infantil com SC (TMISC) por 1.000 nascidos vivos (NV); perinatal com SC (TMPSC) por 1.000 nascimentos totais (NT); e por desfechos desfavoráveis com SC (TMDDSC) por 1.000 NT. Empregaram-se fatores associados aos DD com SC por meio de análise bivariada e elaboração de modelo múltiplo por regressão logística; utilizou-se o odds ratio e intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: dos 3.434 casos notificados de SC no MSP, a evolução foi de 82,47% de casos vivos, 9,03% de abortos, 5,59% de natimortos, 1,08% de óbitos infantis com SC e 1,31% de óbitos por outras causas. Encontrou-se elevação de casos de SC e de seus DD no MSP de 2016 a 2018, de forma heterogênea, segundo local de residência, características maternas e infantis e assistência ao ciclo gravídico-puerperal. Observou-se elevação das TMISC, TMPSC e TMDDSC no MSP, de formas diferentes, segundo região de residência dos casos. Os 36 óbitos infantis com SC ocorreram mais frequentemente nos casos com maiores títulos do teste não treponêmico (TNT) materno no parto (3,59% com título de 1/128 ou mais) e no sangue periférico da criança (5,00% com título de 1/128 ou mais); local de moradia, com maior frequência nas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) Sudeste (2,14%) e Leste (1,82%); não realização de PN (2,38%); esquema de tratamento da criança não realizado (11,94%); e outras. Os 233 óbitos perinatais ocorridos foram mais frequentes de acordo com as seguintes características: títulos de TNT maternos elevados (28,24% com títulos de 1/128 ou mais); local de moradia com destaque para as CRS Leste (9,76%) e Sul (7,93%); não realização de PN (13,41%); e outras. Identificaram-se os seguintes fatores independentemente associados aos DD com SC: ano de diagnóstico 2018 (OR=1,53; IC95% 1,17–1,98); vulnerabilidade individual: faixa etária materna de 35 a 39 anos (OR=0,59; IC95% 0,36–0,97); título elevado do TNT 1/16 a 1/64 (OR=1,76 (IC95% 1,40–2,23) e 1/128 ou mais (OR=3,21; IC 95% 2,33–4,42); vulnerabilidade social: local de residência CRS Sul (OR=1,71; IC95% 1,01–2,89) e leste (OR=1,71; IC95% 1,01–2,89); vulnerabilidade programática: não realização de PN (OR=3,14; IC95% 2,38–4,14); diagnóstico de SM no momento do parto/curetagem (OR=2,28; IC95% 1,68–3,08); esquema de tratamento materno não realizado (OR=7,97; IC 95% 1,91–33,21) ou inadequado (OR=6,52; IC 95% 1,58–26,91). Conclusão: Houve aumento de casos de sífilis congênita, óbito infantil, óbito perinatal e desfechos desfavoráveis no período analisado. Regiões com maior vulnerabilidade no município de São Paulo (leste e sul) apresentaram mais chances de desfechos desfavoráveis, reforçando a importância da detecção e do tratamento precoces da sífilis gestacional e do pré-natal adequado, com ações mais intensivas direcionadas às populações moradoras dessas regiões.