Navegando por Palavras-chave "Compulsion to repeat"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Compulsão à repetição: seus sentidos e enigmas na obra freudiana(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-29) Bernardo, Bruna Porchat de Assis [UNIFESP]; Casetto, Sidnei José [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3498118188722873; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Neste trabalho tivemos como objetivo investigar ocorrências e sentidos que o conceito de compulsão à repetição adquire no decorrer da obra freudiana. O estudo de tal conceito se mostra relevante por estar presente ainda de forma rudimentar desde as primeiras teorizações metapsicológicas de Freud (se complexificando em trabalhos posteriores) e por constituir um tema recorrente na prática clínica atual. Para isso, se fez necessário o recurso a outros conceitos de Freud (como os de processo primário e secundário, princípio de prazer e pulsão) e a análise de sua relação com outros fenômenos relevantes da prática clínica- como a resistência e a transferência. Foi discutido principalmente o texto “Além do Princípio do Prazer”, de 1920, no qual Freud formula oficialmente o conceito e se dedica a compreender seu funcionamento. A partir disso, identificamos como sentidos que podem ser atribuídos ao conceito: uma forma de retorno do recalcado; uma substituição do impulso para a lembrança; uma maneira de reviver uma situação passada, com o sujeito assumindo uma posição ativa ou buscando um maior apoderamento sobre aquilo que viveu; uma repetição em busca de ligação e representação psíquica, no caso de eventos traumáticos; uma repetição de antigas experiências dolorosas e que já não trouxeram prazer quando ocorreram. Como enigma nos parece permanecer obscuro o fato do psiquismo adotar a repetição para lidar também com eventos traumáticos, e não o afastamento máximo deles e a busca direta por roteiros alternativos. Acreditamos que a compulsão à repetição remete também à forma como a própria teoria psicanalítica se constrói: empreendendo um resgate de conceitos do passado em busca de compreender aquilo que se dá no presente.