Navegando por Palavras-chave "Compostos intermetálicos de alta entropia"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Propriedades magnéticas e resistência à corrosão de ligas com múltiplos componentes principais do sistema CuFeMnNiSnTi(Universidade Federal de São Paulo, 2023-04-27) Silva, Leandro Santos da [UNIFESP]; Silva, Ricardo Alexandre Galdino da [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6350523822780669; http://lattes.cnpq.br/1740391415051915O surgimento das chamadas ligas de alta entropia elevaram expressivamente o número de possibilidades para obtenção de novos materiais com diferentes aplicações, viabilizando sistemas anteriormente inviáveis ou pouco explorados. Assim como as ligas de alta entropia, sistemas com múltiplos componentes principais ou ligas quimicamente complexas são sistemas que apresentam um elevado número de elementos de liga principais. Esta nova abordagem no estudo de materiais metálicos, exige a utilização cada vez mais constante de ferramentas de design, assim como o uso de aprendizado de máquina para direcionar os estudos de sistemas metálicos mais promissores. Neste trabalho, os efeitos dos teores de Cu, Ti e Sn na composição de fases e nas propriedades eletroquímicas e magnéticas em ligas multicomponentes do sistema CuFeMnNiSnTi foram avaliados utilizando-se microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura, espectroscopia por dispersão de energia de raios X, difratometria de raios X, medidas de magnetização em função do campo aplicado e da temperatura, polarização linear em solução de NaCl 1,0 mol L-1, análise termogravimétrica, calorimetria exploratória diferencial e análise térmica diferencial. A variação dos teores de Cu, Ti e Sn promoveu modificações na composição de fases das ligas estudadas com efeitos diretos sobre suas propriedades magnéticas e eletroquímicas. A liga CuFeMnNiSnTi apresentou três fases em seu estado bruto de fusão: os compostos Ti(Fe,Ni)2Sn, (Fe,Mn)2Ti e (Cu,Mn,Ni)3Sn, o que lhe conferiu magnetização de saturação igual a 22,5 emu g-1. Na ausência de Sn foram formadas as fases (Cu,Mn,Ni) e NiTi e uma elevada fração relativa da fase (Fe,Mn)2Ti se comparada à liga CuFeMnNiSnTi, mas em sua presença a formação das fases Ti(Fe,Ni)2Sn e (Cu,Mn,Ni)3Sn foi observada. A presença do elemento Ti em ligas do sistema CuFeMnNiSnTi conduziu à formação das fases (Fe,Mn)2Ti e Ti(Fe,Ni)2Sn, mas em sua ausência soluções sólidas de ferro foram formadas em conjunto com o composto (Cu,Mn,Ni)3Sn, presente em todas as ligas com variação do teor de titânio. Ao avaliar os efeitos da variação do teor de Cu em ligas do sistema de interesse, verificou-se que em sua ausência apenas os compostos Ti(Fe,Ni)2Sn e (Fe,Mn)2Ti foram formados. Pela adição de cobre, a formação do composto (Cu,Mn,Ni)3Sn foi obtida com aumentos de sua fração proporcionais ao teor de cobre na liga. O aumento do teor de Sn e Cu, e a redução do teor de Ti levaram aos maiores valores de magnetização máxima à temperatura ambiente. Em todos os casos o aumento de magnetização de saturação foi associado à presença da fase (Cu,Mn,Ni)3Sn. O segundo maior valor de magnetização de saturação na temperatura ambiente (40 emu g- 1), dentre as ligas estudadas, foi obtido para a liga CuFeMnNiSn com aproximadamente 75% da liga formada pelo composto (Cu,Mn,Ni)3Sn. Esse valor só foi superado pela adição de Co à liga CuFeMnNiSn, levando a uma magnetização máxima de 80 emu g-1 na temperatura ambiente. Todos os materiais estudados apresentaram resistência à corrosão inferior ao aço inoxidável 304. A redução do teor de estanho levou a valores da densidade de corrente de corrosão próximos ao do aço inoxidável 304, mas a estabilidade da camada passiva nas composições estudadas foi muito inferior ao material de referência. No entanto, a redução do teor de titânio e o aumento do teor de cobre levam a valores de densidades de corrente de corrosão menores, ou seja, uma maior resistência à corrosão. O isolamento do composto (Cu,Mn,Ni)3Sn foi possível diante da remoção do ferro com o estudo da liga CuMnNiSn.