Navegando por Palavras-chave "Comportamentos Impulsivos Compulsivos"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Estudo da associação entre os comportamentos impulsivos compulsivos e as discinesias induzidas pela levodopa em pacientes com Doença de Parkinson(Universidade Federal de São Paulo, 2023-10-20) Veiga, Beatriz Azevedo dos Anjos Godke [UNIFESP]; Borges, Vanderci [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2742450111759824; http://lattes.cnpq.br/2909808021503007Introdução: O uso crônico das medicações dopaminérgicas está associado tanto ao desenvolvimento das complicações motoras quanto comportamentais, como as DILs e os CICs, respectivamente. Estas complicações associamse aos diferentes graus de denervação ou depleção dopaminérgica nas vias nigroestriatais e mesocorticais, que causam as mudanças funcionais nas regiões do córtex cerebral ligadas a estas áreas. Porém, somente a complexa interação dos fatores clínicos, demográficos, genéticos e dos neurotransmissores dos sistemas glutamatérgico, serotoninérgico, noradrenérgico, opioide, sistema adenosina, além do dopaminérgico, pode explicar o porquê alguns pacientes, na evolução da DP, apresentam somente complicações motoras e não CICs. Objetivos: Estudar a associação entre os CICs e as DILs em um grupo de indivíduos adultos com DP. Como a cognição participa dos mecanismos de recompensa, os participantes também foram avaliados por uma bateria de testes neuropsicológicos. Métodos: 90 indivíduos com DP do ambulatório de Transtornos do Movimento da Universidade Federal de São Paulo – EPM foram incluídos. A avaliação foi composta por: Questionário para Comportamentos Impulsivos Compulsivos – forma breve (QUIPCS), Escala de Impulsividade de Barratt11 (BIS11), Inventário de Depressão de BeckII (IDBII), Inventário Neuropsiquiátrico (INP), Escala de Avaliação Unificada para DP – Partes III e IV da Sociedade de Distúrbios do Movimento (MDSUPDRS Parte III e IV) e Escala Unificada de Avaliação de Discinesia (UDysRS), MiniExame do Estado Mental (MEEM), da Bateria de Avaliação Frontal (FAB), do Teste do Desenho do Relógio (TDR), do Teste Revisado de Aprendizado Verbal de Hopkins (HVLTR), do Teste de Trilhas Parte A e B (TMT Parte A e B), do Teste de Repetição de Dígitos Direto e Indireto (DSd e DSi) e do Teste Stroop Versão Victoria (ST). Resultados: Os CICs se associaram às DILs (Χ2 [1] = 5,4; p = 0,020). Os indivíduos com os CICs eram mais jovens no início da DP (U = 628; p = 0,02), tinham maior tempo de DP (U = 706; p = 0,013), estavam em uso de maiores doses equivalentes de levodopa (U = 680; p = 0,008), foram mais expostos aos agonistas dopaminérgicos (Χ2 [1] = 6,1; p = 0,013), apresentavam mais sintomas depressivos (U = 746; p = 0,033), maior impulsividade motora (U = 668; p = 0,006) e apresentavam mais complicações motoras (U = 770; p = 0,05). A impulsividade prévia, a presença de discinesias e os sintomas depressivos aumentaram o risco para as associações de CIC e para os comportamentos impulsivos. Não houve diferença significante entres os grupos com e sem os CICs quanto à cognição. Conclusão: Os CICs se associaram às DILs através da impulsividade motora, assim como puderam ser explicados pela presença das DILs, da impulsividade prévia e dos sintomas depressivos em um modelo logístico.