Navegando por Navegando por Palavras-chave "Comportamento Reprodutivo"
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- ItemSomente MetadadadosBiologia reprodutiva de Scinax Imbegue (Anura:Hylidae)(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2020-03-31) Palhares, Wellington Roberto [UNIFESP]; Brasileiro, Cinthia Aguirre [UNIFESP]; Universidade Federal de São PauloTanto os fatores abióticos como bióticos influenciam a reprodução de anuros. Entre os abióticos, a temperatura e precipitação são os principais determinantes do período reprodutivo desses animais. Em anuros com reprodução prolongada geralmente as fêmeas escolhem os machos para a reprodução. Neste trabalho investigamos a biologia reprodutiva da perereca Scinax imbegue, principalmente focamos em entender o papel das variáveis ambientais na reprodução e em descrever o comportamento reprodutivo. Além disso, investigamos qual o padrão de acasalamento em S. imbegue e também seus custos e benefícios. A população de Scinax imbegue do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga reproduziu durante o ano todo e apenas a precipitação influenciou a sua reprodução. Os machos de S. imbegue emitiram três cantos diferentes: anúncio, territorial e corte. O amplexo axilar ocorreu quando as fêmeas se aproximaram dos machos e a oviposição ocorreu na vegetação submersa no lago. As fêmeas acasalaram com machos que possuem 90% do seu tamanho e os machos com 94% do tamanho das fêmeas tiveram maior sucesso na fertilização de ovos. Além disso, as fêmeas consumiram mais oxigênio ao carregar uma maior massa. Scinax imbegue possui uma reprodução continua ao longo do ano, provavelmente por reproduzir em ambientes permanentes e suportar uma alta variação de temperaturas. O acasalamento de S. imbegue é assortativo por tamanho e provavelmente ocorre devido a escolha das fêmeas por parceiros sexuais. Esse acasalamento assortativo por tamanho parece gerar uma vantagem no sucesso de fertilização dos ovos, pois machos com tamanho semelhante ao das fêmeas fertilizaram mais ovos.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Maternidade e paternidade na esquizofrenia: o impacto da doença na vida de pacientes e seus filhos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2006) Terzian, Angela Cristina Cesar [UNIFESP]; Mari, Jair de Jesus [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5783141369706484; http://lattes.cnpq.br/9852098616388108Objetivos: Determinar e analisar as taxas de reprodução de pacientes com esquizofrenia, comparando com as taxas encontradas na população geral. Identificar o ajustamento social de filhos de pacientes com esquizofrenia, com idade de 18 anos ou mais e comparar com os dados referentes à população geral. Métodos: Pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, atendidos no PROESQ/UNIFESP (São Paulo) e nos serviços públicos ambulatoriais de saúde mental de Cuiabá (Mato Grosso), responderam um questionário padronizado. Três taxas de reprodução foram estudadas: taxa de casamento (calculada pela proporção de pacientes alguma vez casados entre todos os pacientes), fertilidade (definida como a habilidade de produzir filhos vivos) e fecundidade (média do número de filhos entre os indivíduos que tiveram filhos). No segundo estudo, os pacientes forneceram informações referentes a seus filhos através de um questionário estruturado. O ajustamento social de filhos de pacientes foi avaliado pelas variáveis: defasagem escolar, inserção no mercado de trabalho e situação conjugal. As estimativas populacionais foram obtidas através dos dados do Censo Brasileiro. Resultados: No primeiro estudo foram identificados 167 pacientes dos quais 33 (19.8%) foram alguma vez casados. A fertilidade foi de 15.8% para homens e 25% para mulheres (p=0.14) e a fecundidade foi de 1.75 para homens e 1.69 para mulheres (p=0.85). Análise de regressão logística identificou associação entre idade de início da doença mais tardio com maior taxa de casamento (p=0.003). Pacientes mostraram menores taxas de reprodução em comparação a população geral. A taxa de casamento foi de 17.6% para pacientes do sexo masculino e 68.0% para população masculina e de 23.1% para pacientes do sexo feminino e 71.0% para a população feminina geral (IC95% 10.21 – 24.99; IC95% 12.85 – 33.35, respectivamente). A taxa de fertilidade foi de 31.6% (IC95% 16.82 – 46.38) para pacientes do sexo feminino com idade entre 25-44 anos e de 73.1% para a população feminina e de 28.6% (IC95% 4.9 – 52.3) para pacientes com 45 anos ou mais e de 87.3% para a população feminina na mesma faixa etária. A fecundidade foi de 1.69 (IC95% 1.02 – 2.35) para pacientes e de 2.71 para a população feminina geral. No segundo estudo, 489 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia foram identificados; 232 (47.4%) eram homens. Média de idade atual foi de 41.5 anos (DP=11.6) e 290 pacientes (59.3%) eram ou tinham sido alguma vez casados. Noventa e dois pacientes do sexo masculino (39.7%) foram pais e 202 pacientes do sexo feminino (78.6%) eram mães (p<0.001). A fecundidade foi de 3.2 para pacientes do sexo masculino e 3.4 para pacientes do sexo feminino. Um total de 828 filhos foi identificado e foram selecionados para o estudo, os dados de 431 filhos com 18 anos ou mais. A porcentagem de defasagem escolar foi de 59.2% (IC95% 45.4 – 73.0) para filhos de pacientes, nas idades de 18 e 19 anos, e de 71.1% na população, não havendo diferença estatisticamente significante. Filhos de pacientes mostraram menor inserção no mercado de trabalho quando comparados à população geral (66.7% e 75.6% respectivamente; IC95% 62.1 – 71.3). Filhos do sexo masculino foram menos casados do que a população masculina geral (54.7% e 66.0% respectivamente; IC95% 48.2 – 61.2). Conclusões: Pacientes com esquizofrenia apresentaram diferentes taxas de reprodução entre os estudos. Contudo, muitos pacientes com esquizofrenia tiveram filhos e uma parcela significativa destes filhos, durante a vida adulta, apresentaram prejuízo no ajustamento social, com menor inserção no mercado de trabalho e menor probabilidade de terem sido casados. Estes resultados apontam para a necessidade de serem desenvolvidas, em nosso país, políticas de ações preventivas para pacientes com esquizofrenia e seus filhos e a criação de serviços de saúde que atendam as necessidades destes indivíduos.