Navegando por Palavras-chave "Coal tar"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Tintas usadas no revestimento de estruturas portuárias fixas: Composição, bioacumulação e toxicidade sobre ostras da espécie Crassostrea brasiliana(Universidade Federal de São Paulo, 2020-04-28) Chiovatto, Ana Cristina Lazzari [UNIFESP]; Castro, Ítalo Braga [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0426330018731301; http://lattes.cnpq.br/8578301546861608; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Poluição resultante do lançamento de produtos químicos perigosos no ambiente está entre as principais causas de perda da biodiversidade. Tintas utilizadas para evitar a incrustação marinha e impermeabilizar superfícies em contato direto com o mar tem sido alvo de grande preocupação recente. A maior parte, destas estruturas fixas em terminais portuários são confeccionadas em concreto e estão sujeitas a incrustação e desgaste causado pelo contato com a água do mar. Para minimizar o impacto sobre as estruturas, a tinta Lackpoxi Alcatrão de Hulha N 1761 (LAC) é utilizada com finalidades anti-incrustantes e impermeabilizantes. Em contato com a água, esse produto pode liberar resíduos causando efeitos deletérios sobre a biota local. Tal situação é ainda mais grave considerando que essas tintas são aplicadas durantes as marés baixas e entram em contato com a água poucas horas após pintura. Apesar disso, nenhum estudo avaliou a potencial toxicidade deste tipo de revestimento sobre organismos aquáticos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a composição, a bioacumuação e a toxicidade desse produto sobre ostras da espécie Crassostrea brasiliana. Para tanto um experimento de exposição usando estacas de concreto em miniatura pintadas com a tinta LAC foi realizado em escala de laboratório. Paralelamente as concentrações de 12 elementos traço e 16 HPAs foram determinadas analiticamente na matriz da tinta, na água do meio de exposição e nos tecidos os organismos expostos. Elevadas concentrações dos elementos e de HPAs foram verificadas a matriz da tinta. Entretanto, no meio de exposição não foi possível verificar variações nas concentrações dos elementos analisados. Por outro lado, aumentos abruptos nas concentrações de HPAs foram vistos tanto em 48, como em 96 horas de exposição. Essas variações foram acompanhas por um aumento proporcional na bioacumulação desses compostos nos tecidos de ostras. Entre os elementos, apenas o Cd, Pd e Sn mostraram variações significativas em tecidos de ostras. Essas observações indicam que ambos os grupos de compostos analisados são lixiviados a partir do produto estudado podendo causar contaminação. Adicionalmente os organismos expostos durante o procedimento experimental mostraram uma redução significativa da integridade das membranas lisossômicas de seus hemócitos. Considerando que esse tipo de resposta é universalmente aceita como um marcador do estado de saúde geral dos organismos, os efeitos resultantes da exposição a tinta apresentam potencial para induzir severos danos ambientais. Portanto, organismos habitantes de zonas onde procedimentos de pintura usando o produto estejam sendo aplicados, estão provavelmente expostos a severas ameaças químicas que podem levar a danos fisiológicos irreparáveis. Assim, baseado no exposto se recomenda que o produto seja banido para utilização em zonas costeiras.