Navegando por Palavras-chave "Ciência polar"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)O declínio recorde do gelo marinho em 2023-2024: um alerta para o planeta(Unifesp/IMar, 2025-01-13) Christofoletti, Ronaldo Adriano [UNIFESP]; Pardal, André [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4170381439518486; http://lattes.cnpq.br/6271009643657143; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Compreender que vivemos em um mundo em transformação é essencial para toda a sociedade. Não estamos mais diante de previsões, mas de fatos concretos: recordes de alterações climáticas estão sendo registrados, trazendo consequências severas, como o aumento na frequência e intensidade de desastres ambientais, incluindo ondas de calor, incêndios florestais, secas e inundações, que afetam diretamente a vida de pessoas ao redor do mundo. O ano de 2024 foi o mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023. Pela primeira vez, o aquecimento global ultrapassou o limite de 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais, conforme os dados do observatório europeu Copernicus. Esse marco é alarmante, pois o Acordo de Paris estabelece o limite de 1,5 °C como uma barreira crucial para evitar os efeitos mais catastróficos das mudanças climáticas. Além das temperaturas recordes, 2023 e 2024 também marcaram reduções históricas na cobertura de gelo marinho nas regiões polares, com implicações profundas para o equilíbrio climático global. Este relatório, produzido pelo Projeto Com-ANTAR, do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), evidencia que a extensão de gelo marinho atingiu valores mínimos sem precedentes nesses dois anos. Em 2024, não se formaram 3.408.000 km² de gelo marinho globalmente, o equivalente a 37% do território dos Estados Unidos. Este total inclui um déficit de 1.414.000 km² na Antártica e 1.994.000 km² no Ártico em relação à média do período de referência (1981-2010), representando o maior valor de gelo não formado registrado em um único dia.