Navegando por Palavras-chave "Catelicidinas"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliações genéticas de indivíduos portadores de neutropenia primária crônica(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-22) Menezes, Alef Nascimento [UNIFESP]; Pesquero, João Bosco [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0856630824759511; http://lattes.cnpq.br/9655284452340182Objetivo: Realizar avaliação bioquímica e molecular em indivíduos portadores de neutropenia crônica. Método: Estudo de coorte prospectivo, desenvolvido de 2021 a 2023, incluindo pacientes atendidos em um serviço de referência de neutropenia. Foram analisados pacientes com neutropenia congênita grave (NCG), neutropenia ciclíca (NC), neutropenia auto-imune (NA), neutropenia idiopática crônica (NI) e doença do depósito de glicogênio 1B (DAG1B). O projeto foi dividido em três etapas: genômica, análise de proteínas e transcrição. Para os ensaios de genômica, foi realizado o sequenciamento de todos os exons em busca de variantes em genes associados a neutropenia congênita. Para os ensaios de proteômica utilizou-se a técnica de Western-Blot para visualização da expressão da proteína hCAP18 e a medida da atividade das enzimas mieloperoxidase e elastase. O ensaio de expressão de RNAm do gene CAMP foi realizado pela técnica de PCR em tempo real (qPCR), utilizando RNA extraído a partir do sangue total. Resultados: Foram identificados cinco pacientes com NCG (sendo dois indivíduos parentes), dois pacientes com NC, quatro com NAI (sendo dois indivíduos parentes), dois com DDG1B e quatro com NIC. No presente estudo, observou-se que o gene associado ao maior número de variantes foi o gene ELANE. Além do mais, foram observadas três novas variantes não descritas anteriormente na literatura, sendo duas variantes presentes no gene ELANE e uma variante no gene TAFAZZIN, associadas a NCG e a NC. Após a identificação das variantes genéticas, foi avaliada a expressão do gene CAMP e observou-se uma redução da expressão desse gene em indivíduos portadores de NCG quando comparado com outras neutropenias. Como o gene CAMP codifica a proteína hCAP18, foi realizada a avaliação da expressão dessa proteína nos pacientes portadores de neutropenia crônica. Os resultados mostraram ausência de expressão da hCAP18 nos pacientes com NCG, apresentando níveis indetectáveis também após o uso da medicação de proliferação celular na medula (filgrastrim). Nos indivíduos com NC, observou-se a ausência da expressão da hCAP18 durante a fase neutropênica, porém com expressão evidente na fase de recuperação neutrofílica. A expressão do hCAP18 também foi detectada nos pacientes com NAI, NIC e DDG1B, apesar da neutropenia pronunciada, e no grupo controle. Dessa forma, para avaliar o nível de maturação dos neutrófilos dos indivíduos portadores de NCG e NC, avaliou-se a atividade da mieloperoxidase e da elastase, havendo uma diminuição considerável nos indivíduos com variantes no gene ELANE, o que pode estar acarretando em um pior prognóstico dessas enfermidades. Conclusão: Dessa forma, a investigação molecular e bioquímica, juntamente com a associação de outras técnicas, como a pesquisa da expressão dos níveis plasmáticos do hCAP18 podem ser ferramentas poderosas de triagem destas doenças, diminuindo a necessidade de testes invasivos, inclusive ainda na infância, podendo viabilizar um tratamento precoce, similar a deficiência de glicose-6-fosfato.