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- ItemAcesso aberto (Open Access)O acolhimento em saúde mental infantojuvenil: estratégias antirracistas(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-02) Silva, Camila Novaes da [UNIFESP]; Eurico, Márcia Campos [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7953157698593290; http://lattes.cnpq.br/9419313654894251; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta dissertação propõe uma análise acerca das estratégias de cuidado em saúde mental utilizadas em uma Unidade de Acolhimento Infantojuvenil – UAI localizada no município de Ribeirão Preto, um serviço de saúde mental de caráter residencial e transitório destinado a crianças e adolescentes com necessidades decorrentes do uso de álcool e/ou outras drogas. Esta pesquisa teve como objetivo dar visibilidade às Unidades de Acolhimento Infantojuvenil, no intuito de favorecer o entendimento do que é esta modalidade de serviço em saúde mental, assim como propiciar maior qualidade e contextualização para a produção de conhecimento sobre elas, reconhecendo as dificuldades para elaborar o cuidado e a importância da existência do equipamento para a saúde mental, sendo um recurso inovador para a proteção e cuidado destas crianças e adolescentes. Desta forma, é apresentada descrição do referido serviço, a estrutura e seu funcionamento. Analisamos a saúde mental e a infância e adolescência no Brasil, a partir da compreensão do contexto sócio-histórico deste público na luta antimanicomial. A pesquisa também é construída sob a lente da questão racial, reconhecendo que o público do serviço é majoritariamente crianças e adolescentes negros e negras. Foram utilizadas pesquisa documental e pesquisa bibliográfica. A partir dos resultados, pode-se afirmar que a UAI é um serviço fundamental, com potencial de provocar inúmeras transformações na cena da saúde mental. Contudo, o serviço tem como desafio superar a lógica, que entende a promoção de saúde mental a partir da ideia de “tratar” que comumente substitui a importância do cuidado, para que seja possível a consolidação de práticas libertárias e emancipatórias na infância e adolescência.
- ItemAcesso aberto (Open Access)A vivência do câncer em situações de vulnerabilidade social no contexto da pandemia de Covid-19: Itinerários de cuidado na Zona Leste de São Paulo(Universidade Federal de São Paulo, 2023-05-24) Santos-Moura, Greice Herédia dos [UNIFESP]; Castro-Silva, Carlos Roberto de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0357820757162104; http://lattes.cnpq.br/1657124454078893; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Esta dissertação tem como objetivo compreender os significados e sentidos da vivência do câncer de cabeça e pescoço em situações de vulnerabilidade social no contexto da pandemia de COVID-19 na Zona Leste de São Paulo. Entende-se que a compreensão multideterminada, contextual e subjetiva do sujeito e do seu processo de adoecimento permite uma atuação ampla e diversificada, favorecendo a humanização do cuidado e a diminuição das iniquidades na saúde. Como base para esta discussão, partimos da perspectiva da Psicologia Sócio-histórica, que compreende a complexidade da condição humana e da saúde abrangendo seus aspectos psicossociais, históricos e culturais. Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória onde foram coletadas as narrativas de sete pessoas com câncer de cabeça e pescoço em situação de vulnerabilidade social e informações de caráter sociodemográficos, culturais e de saúde. Os aportes teórico-metodológicos da pesquisa qualitativa e da Hermenêutica de Profundidade - HP (Thompson, 2011) nortearam o trabalho de campo e a análise dos resultados. O trabalho apresenta uma descrição histórica e social com base em literaturas acadêmicas, populares e jornalísticas, registros oficiais de órgãos do governo e relatos dos próprios colaboradores desta pesquisa. Tudo isto pretende contextualizar o estudo, apontando elementos que envolvem o território da Zona Leste de São Paulo, onde está situado o Hospital Santa Marcelina e onde residem e transitam os colaboradores. À luz da HP e com o auxílio de um Computer Assisted Qualitative Data Analysis (CAQDAS), o trabalho de análise culminou em três zonas de sentido: 1) Câncer e Covid-19: intersecção de duas condições ameaçadoras da vida; 2) Itinerários Terapêuticos desafiadores de pessoas com câncer; e 3) Inerências da vulnerabilidade social no cuidado. Na primeira, com base em alguns aportes da afetividade de González-Rey (2010) e do constructo de sentido de Vygotsky (2003), são descritas suas trajetórias de vida, envolvendo condições ameaçadoras da vida que tecem sentidos e significados na subjetividade humana. Ficou evidente que a pandemia no cenário brasileiro agudizou as vulnerabilidades da pessoa com câncer, condicionada pelas enormes desigualdades que caracterizam nosso país. Na segunda, são descritos os itinerários percorridos pelos colaboradores na busca pelo cuidado em saúde, elencando desafios e potencialidades do SUS para o cuidado da população foco deste estudo. Nessa busca, diferentes estratégias foram construídas, influenciadas pelo conhecimento sobre o funcionamento do SUS, relações estabelecidas, contexto histórico, condições socioeconômicas, afetos, políticas públicas, e outras. Finalmente, na terceira zona de sentido, discutem-se a potência de ação e a potência de padecimento, com base nos conceitos de sofrimento ético político e necropolítica. Assim foi possível apontar como a iniquidade em saúde pode se revelar para as classes mais vulneráveis da sociedade. Além disso, a potência do cuidado e a práxis coletiva para a transformação e valorização da vida humana, como fazer ético político.