Navegando por Palavras-chave "Capacidade cardiorrespiratória"

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    Efeitos de um protocolo de exercício aeróbico associado a fotobiomodulação sistêmica (ILIB transcutânea) no condicionamento cardiorrespiratório em uma mulher com fibromialgia: estudo de caso
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-27) Sena, Bruna Genari [UNIFESP]; Carvalho, Cristiano [UNIFESP]; Santos, Thatiane Izabele Ribeiro [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1725465289809307; http://lattes.cnpq.br/4296634454655924; http://lattes.cnpq.br/2102205370437321; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
    Introdução: A fibromialgia (FM) é uma condição crônica que afeta aproximadamente 7% da população global, sendo mais prevalente em mulheres. Caracteriza-se por dor musculoesquelética generalizada, fadiga e disfunções cognitivas, que comprometem a qualidade de vida e reduzem a capacidade física dos pacientes, gerando um ciclo de descondicionamento cardiorrespiratório, no qual a inatividade e a dor levam à diminuição progressiva do condicionamento físico. Nesse contexto, o exercício aeróbico tem se mostrado eficaz na interrupção desse ciclo, melhorando o condicionamento cardiorrespiratório, o VO2 máximo e o limiar anaeróbico. Além disso, a fotobiomodulação (FBM) tem sido explorada como uma terapia complementar com efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. Um dos métodos é a irradiação intravascular do sangue com laser de baixa intensidade (ILIB do inglês intravascular laser irradiation of blood) de forma transcutânea, que modula a inflamação e alivia a dor de forma sistêmica. No entanto, faltam estudos que investiguem especificamente os efeitos da FBM sistêmica (ILIB transcutânea) no condicionamento cardiorrespiratório de pacientes com FM. Objetivo: Avaliar os efeitos da combinação de exercício aeróbico com FBM sistêmica (ILIB transcutânea) no condicionamento cardiorrespiratório de uma mulher com FM. Metodologia: Relato de caso aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UNIFESP (CAAE 79737724.3.0000.5505). O estudo incluiu uma paciente com FM diagnosticada segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia. A intervenção consistiu em 12 semanas de exercício aeróbico supervisionado, duas vezes por semana, associada à aplicação de FBM sistêmica (ILIB transcutânea) na mesma frequência. Foram realizadas avaliações pré e pós-intervenção, incluindo teste cardiopulmonar em uma bicicleta estacionária para mensuração de VO2 máximo e limiar anaeróbico. O ILIB de forma transcutânea foi realizado com laser vermelho (660nm), energia de 144 J, emissão em modo contínuo, potência de 80 mW e dose de 286,5 J/cm² durante 30 minutos. Resultados: A.F.R.F., 49 anos, índice de massa corporal: 32,2 kg/m², do lar, diagnosticada com FM. Na avaliação pré-intervenção, a voluntária apresentou um VO2 máximo de 16,6 mL/min/Kg e limiar anaeróbico de 10 mL/min/Kg. Após o protocolo, o VO2 máximo aumentou para 17,8 mL/min/Kg, representando uma melhora de 7,22%. Entretanto, o limiar anaeróbico reduziu para 9,7 mL/min/Kg, correspondendo a uma diminuição de 3%. Conclusão: A associação de exercício aeróbico com FBM sistêmica parece ter um efeito positivo no condicionamento físico de uma paciente com FM. Embora tenha sido observada uma melhora no VO2 máximo, indicando uma melhor capacidade cardiorrespiratória, a diminuição no limiar anaeróbico sugere uma limitação na capacidade do organismo de sustentar esforços intensos por longos períodos sem acumular lactato. Isso pode ser atribuído à complexidade da síndrome, que pode limitar a resposta metabólica ao treinamento. Estudos futuros com uma amostra maior são necessários para validar esses achados.