Navegando por Palavras-chave "Canabigerol"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Citotoxicidade e participação de receptores CB1, CB2 E TRPV-1 na morte celular induzida por canabinoides em células tumorais(Universidade Federal de São Paulo, 2024-10-23) Yoshikawa, Cindy Naomi [UNIFESP]; Trindade, Claudia Bincoletto [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6169006634951828; https://lattes.cnpq.br/5154423376094568Objetivo: Avaliar o potencial citotóxico e a indução de morte celular por compostos canabinoides (canabidiol, canabidivarina e canabigerol), tanto isoladamente quanto em associação à cisplatina, em modelos celulares de osteossarcoma e neuroblastoma. Além disso, estudar a participação dos receptores CB1, CB2 e TRPV1 nestes processos de morte celular. Métodos: Foi realizado o ensaio de redução MTT para avaliar a viabilidade celular das células SaOS-2, U2OS e SH-SY5Y após exposição aos canabinoides isoladamente e em conjunto com a cisplatina nos períodos de 24 e 48 horas. Após, a avaliação da expressão de receptores CB1, CB2 e TRPV-1 foi realizada por imunofluorescência. De acordo com os resultados apresentados, foi realizada a citometria de fluxo com as células SH-SY5Y, com marcação simultânea de 7-AAD e anexina V-FITC para detecção de morte celular. Por fim, para verificar a indução de ferroptose e necroptose, assim como a participação dos receptores canabinoides e vaniloides nos eventos de morte celular foi realizado novamente o ensaio de MTT com a adição dos antagonistas dos receptores e inibidores de ferroptose e necroptose. Resultados: Em células de osteossarcoma (SaOS-2 e U2OS), não houve efeitos citotóxicos do CBD, mas foi observada diminuição significativa na viabilidade celular em uma das linhagens quando exposta à CBDV. Entretanto o CBG apresentou ações contraditórias nas duas linhagens celulares. Os compostos não reverteram as ações da cisplatina após 48 horas de exposição, com exceção do CBG na linhagem U2OS. Nessas células, a expressão dos receptores CB1 e TRPV-1 foi verificada. Já em células de neuroblastoma (SHSY5Y), não foram observadas alterações na viabilidade celular nos grupos tratados com CBDV. No entanto, o CBG reverteu a ação da cisplatina, indicando que seu uso em tratamentos adjuvantes não é recomendado. O canabidiol apresentou efeitos citotóxicos significativos em concentrações elevadas (100 µM), com significativa apoptose tardia e necrose, porém, não foi verificada ativação de necroptose ou ferroptose. Adicionalmente, não foi observada alteração na ação citotóxica do CBD na presença dos antagonistas dos receptores CB1, CB2 e TRPV-1. Conclusões: Os compostos não apresentaram atividade antitumoral em osteossarcoma e neuroblastoma, já que as ações citotóxicas observadas envolveram o uso de altas concentrações dos canabinoides testados. Nas células de neuroblastoma, os receptores CB1, CB2 e TRPV-1 estão mediando ações não necessariamente ligadas à morte e sobrevivência celular. Entretanto, a ausência de reversão dos efeitos da cisplatina indica que os compostos CBD e CBDV podem ser usados juntamente com quimioterápicos antitumorais para controlar efeitos adversos, sem comprometer a eficácia da terapêutica.