Navegando por Palavras-chave "Botão cortical"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação funcional, isocinética e radiológica da reinserção do tendão do bíceps braquial por mecanismo de botão cortical ajustável(Universidade Federal de São Paulo, 2024) Ribas, Luiz Henrique Boraschi Vieira [UNIFESP]; Belangero, Paulo Santoro [UNIFESP]; Schor, Breno [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9749733469551480; http://lattes.cnpq.br/0399504221133550; http://lattes.cnpq.br/0585069002498556Introdução: O tendão do bíceps braquial (TBB) é fundamental para a flexão do cotovelo e a supinação do antebraço, sendo particularmente suscetível a rupturas em indivíduos fisicamente ativos. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da reinserção do TBB utilizando o mecanismo de botão cortical ajustável (BC), com ênfase na recuperação funcional, força muscular e achados radiológicos. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo com 10 homens (média de idade 44 ± 8 anos), submetidos à reinserção do TBB. Foram avaliadas a amplitude de movimento (ADM), força isocinética nas velocidades de 60º/s e 180º/s, testes funcionais (Upper Quarter Y Balance Test [YBT-UQ] e Teste de Potência de Arremesso para Membros Superiores [TPA-MMSS]) e exames de ressonância magnética (RM). Resultados: A flexão do cotovelo apresentou uma recuperação satisfatória no lado operado (135° ± 5°) em relação ao contralateral (138° ± 4°), sem diferença estatisticamente significativa (p = 0,212). No entanto, houve uma redução significativa de 16,7% na supinação no lado operado (75° ± 7°) em comparação ao lado contralateral (90° ± 6°) (p < 0,001). A força isocinética a 60º/s não mostrou diferenças significativas na flexão (p = 0,751) e na supinação (p = 0,910). Foi identificada uma correlação inversa significativa entre o volume do túnel ósseo (VTO) e a força de supinação (FS) a 60º/s (p = 0,015), sugerindo que os VTO estão associados a menores torques de supinação. No YBT-UQ, os valores médios foram de 82,9% (± 11,7) no lado operado e 84,3% (± 11,8) no contralateral, sem diferença significativa (p = 0,791). No TPA-MMSS, as distâncias de arremesso foram de 3,6 metros no lado operado e 3,8 metros no contralateral, também sem diferença significativa (p = 0,211). Radiologicamente, o comprimento médio do tendão (CT) no lado operado foi de 6,46 cm (± 0,75 cm), e tendões com esse comprimento apresentaram menor alargamento do túnel ósseo (p = 0,001). Houve um aumento significativo no diâmetro do túnel ósseo (DTO) de 0,68 cm no pré-operatório para 1,06 cm no pós-operatório (p < 0,001) e no VTO de 0,58 cm³ para 1,50 cm³ (p < 0,001). Conclusão: A reinserção do TBB com o uso do BC resultou em uma recuperação funcional satisfatória, com manutenção da força e ADM, especialmente na flexão e pronação. Entretanto, observou-se uma redução significativa da supinação no lado operado (p < 0,001). O CT em torno de 6 cm esteve associado a um menor alargamento do túnel ósseo (p = 0,001). Adicionalmente, a correlação inversa significativa entre o VTO e a FS a 60º/s (p = 0,015) sugere que o aumento do VTO pode impactar negativamente a FS. O aumento significativo no DTO e VTO reforça a necessidade de investigações adicionais sobre o impacto dessas alterações na recuperação funcional.