Navegando por Palavras-chave "Arte indígena"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Artes indígenas no Brasil: um levantamento dos conceitos e termos mobilizados pelos indígenas a partir de 2013.(Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-27) Koyama, Erika Kimie; Goldstein, Ilana Seltzer; lattes.cnpq.br/6111344079768148; lattes.cnpq.br/1055086432417088O universo que Jaider Esbell chamava de arte indígena contemporânea – designação não necessariamente consensual, como se procura mostrar neste trabalho – é complexo, dinâmico e relativamente recente no Brasil, tendo emergido há pouco mais de uma década, fruto do protagonismo de artistas, curadores e coletivos que passaram a produzir obras, seja para o registro e a transmissão de conhecimentos coletivos; seja como elemento de construção identitária e arma política diante do mundo dos "brancos"; seja para a geração de renda ou tantas outras possibilidades e sentidos. Uma vez que a história da arte brasileira ainda não conta com muitas pesquisas consolidadas acerca das artes indígenas, a presente dissertação se propõe a compilar e sistematizar diferentes concepções e terminologias que vêm sendo utilizadas pelos próprios intelectuais e criadores indígenas para dar conta desse fenômeno. A partir da análise de catálogos, lives, artigos, conversas e visitas a espaços expositivos delinearam-se algumas abordagens da arte indígena no Brasil – entre as quais arte como armadilha; arte como pussanga; arte como procedimento reantropofágico; arte como processo educativo e assim por diante. A dissertação está dividida em quatro capítulos, nas quais tais abordagens e concepções são apresentadas e ilustradas, partindo das proposições de autores como Jaider Esbell, Denílson Baniwa, Naine Terena, Ailton Krenak, Sandra Benites, Tadeu Kaingang, Kássia Borges Karajá e outros. Não houve pretensão de esgotar o assunto, mas de realizar um mapeamento preliminar, reunindo e sistematizando ideias que, até então, estavam dispersas e nem sempre facilmente localizáveis.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Da "representação das sobras" à "reantropofagia": povos indígenas e arte contemporânea no Brasil(Unicamp, 2019-10-01) Goldstein, Ilana Seltzer [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6111344079768148Tanto a Antropologia como a História da Arte alargaram seus repertórios conceituais e sua abrangência geográfico-temporal, aumentando suas interfaces. A partir deste diálogo interdisciplinar, o presente artigo trata de obras e projetos que floresceram a partir de 2015, nos quais questões, visualidades e criadores indígenas adentraram o sistema das artes no Brasil. Com base em pesquisa de campo e análise de catálogos, são apresentadas as exposições A queda do céu (2015), Da Pedra Da Terra Daqui (2015), Adornos do Brasil indígena. Resistências contemporâneas (2017), Reantropofagia (2019) e Vaievem (2019), entre outras artistas indígenas como Denilson Baniwa, Jaider Esbell, Daiara Tukano, Ibã Huni Kuin e Gustavo Caboco. Conclui-se que a arte constitui uma nova arena na luta dos povos indígenas por visibilidade, tanto em termos políticos como estéticos. Por outro lado, constata-se grande distância entre os dois universos: estabelecer conexões e traduções permanece um grande desafio.
- ItemAcesso aberto (Open Access)De pernas pro ar: a presença da bananeira na obra de Gustavo Caboco(Universidade Federal de São Paulo, 2022) Mendes, Jonas Alexandre Bastidas [UNIFESP]; Goldstein, Ilana Seltzer [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6111344079768148; http://lattes.cnpq.br/7614224292195114Este estudo tem como objetivo apresentar e analisar a trajetória do artista indígena wapichana Gustavo Caboco tendo como recorte central o pé de bananeira, tanto a planta na sua forma real, como também no formato imagem, metáfora e ação, que está presente de maneira constante em sua obra. Trata-se de uma abordagem que visa não apenas reunir e comentar um grupo de obras do artista que possui comumente a figura da bananeira, mas também revelar como a questão territorial é traduzida a partir de um modo específico de lidar com o não humano, tendo como base o conceito de agência. Para contextualizar o trabalho desse artista indígena, ao longo do texto destacarei algumas exposições que contaram com a sua presença.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Encontros Artísticos E Ayahuasqueiros: Reflexões Sobre A Colaboração Entre Ernesto Neto E Os Huni Kuin(Museu Nacional, 2017-12) Goldstein, Ilana Seltzer [UNIFESP]|Labate, Beatriz [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6111344079768148Recentemente, trabalhos de Ernesto Neto ganharam destaque em museus de arte em Bilbao, São Paulo e Viena. Tiravam parte de sua força do fato de remeterem a rituais de cura com ayahuasca dos Huni Kuin (Kaxinawa). Observa-se certo paralelismo entre essa conquista de espaço para a presença indígena no sistema das artes e a chegada dos índios ao circuito urbano da ayahuasca. A circulação de novas formas de xamanismo, de consumo da ayahuasca, de objetos artísticos e performances, em redes nacionais e internacionais, atesta o vigor e a capacidade de adaptação das práticas culturais indígenas, além de representar possibilidades para diálogos transculturais. Ao mesmo tempo, esbarra em desafios espinhosos, como as proibições legais relativas ao uso da ayahuasca, a dificuldade de proteger a propriedade intelectual tradicional e a potencial reificação de identidades. O presente texto partirá da colaboração de Neto com os Huni Kuin para refletir sobre estas e outras questões.