Navegando por Palavras-chave "Arazima"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Análise do efeito da metaloprotease bacteriana arazima sobre a polarização fenotípica M1/M2 de macrófagos no modelo de melanoma murino B16F10-Nex2(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-10) Fils-Aime, Biguerson [UNIFESP]; Rodigues, Elaine Guadelupe [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6913514130496062O melanoma é um tipo de câncer de pele com a menor incidência entre os tumores de pele, no entanto, ele apresenta a maior taxa de letalidade, devido à sua rápida invasão local e formação de metástases à distância. As alternativas terapêuticas ao melanoma consistem na remoção do tumor primário, quando possível, quimioterapia e recentemente foram adicionadas nesse arsenal a imunoterapia e a terapia-alvo. A inclusão dessas duas últimas terapias melhorou muito a resposta dos pacientes aos tratamentos, no entanto, a resposta clínica ainda é considerada muito baixa. Por esse motivo, a busca por alternativas terapêuticas que possam ser associadas às terapias já existentes é necessária. Nosso grupo vem trabalhando com as propriedades imunomoduladoras de metaloproteases procarióticas e eucarióticas. Foi demonstrado que essas proteases quando inativadas modulam vários componentes do sistema imune levando à uma resposta antitumoral bastante significativa tanto do tumor primário como de metástases, através da sua ligação ao receptor Toll-like 4 (TLR-4). Entre os componentes do sistema imune, demonstrou-se que essas proteases ativam células apresentadoras de antígenos (APCs), como células dendríticas e macrófagos ex-vivo. No entanto, o tratamento in vivo com as proteases nesses estudos iniciou-se quando ainda os tumores primários estavam no início de seu desenvolvimento, ainda não detectáveis. É conhecido que, à medida que os tumores se desenvolvem, o microambiente tumoral assume preferencialmente um perfil inflamatório e pró-tumoral devido às citocinas e quimiocinas secretadas pelas células tumorais, endoteliais, fibroblastos, matriz extracelular e células do sistema imune que compõe esse microambiente. Nessas condições, os macrófagos recrutados ao tumor assumem um perfil M2, que corresponde ao perfil anti-inflamatório e pró-tumoral, enquanto seria desejável que essas células assumissem um perfil M1, pró-inflamatório e antitumoral para conter o crescimento tumoral. Poucos são os fatores que conseguem reverter um fenótipo M2 para M1 em APCs, in vitro ou in vivo. Como a arazima mostrou-se capaz de ativar APCs ex-vivo, nosso objetivo com este estudo é determinar se o tratamento com arazima é capaz de reverter o fenótipo de macrófagos já comprometidos com um fenótipo M2 (previamente ativados com LPS/IFN-g ou antígenos tumorais de melanoma murino B16F10-Nex2), para um fenótipo protetor M1 in vitro. A padronização da purificação e inativação da arazima foi obtida após várias tentativas, inicialmente frustradas, e agora foi desenvolvido um protocolo reprodutível. Também já foi padronizado o número de células da linhagem macrofágica RAW 264.7 e o tempo de incubação a serem utilizados nos testes com os ativadores com o subsequente tratamento com arazima. Esperamos com nossos resultados progredir um pouco mais na compreensão do mecanismo de ação imunomodulador da arazima, e de outras metaloproteases, para torná-las uma opção terapêutica antitumoral.