Navegando por Palavras-chave "Aprendizagens"
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- ItemEmbargoAprender com loucos e loucura(Universidade Federal de São Paulo, 2024-06-26) Souza, Lúcia Aparecida [UNIFESP]; Henz, Alexandre de Oliveira [UNIFESP]; Capozzolo, Angela Aparecida [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7660336218859464; http://lattes.cnpq.br/8635317893278680; http://lattes.cnpq.br/9208796609428484; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Aprender com loucos e loucura é um exercício cartográfico, que tenta privilegiar processos díspares e descarrilhados mais do que clareiras da consciência e da razão nos gestos de pesquisa. Tomando como fio condutor experiências do campo da saúde mental, com narrativas de loucos e profissionais com certa trajetória na vizinhança da loucura, se deu um tateamento de encontros, produção de cenas verossímeis que buscaram sobressair em meio a prognósticos, diagnósticos, prescrições e tudo mais que certa perspectiva clínica hegemônica determina. Nuvens de experiências anteriores à pesquisa e acontecimentos como pandemia, morte, luto e outros marcaram essa investigação. Uma aposta metodológica de dar passagem aos afetos, engendrando com movimentos como: começos, vários – aproximações, espanto, ficar – ficar e seguir – o que vem antes… outro começo, movimentos com pistas para uma problematização acerca das aprendizagens com loucos e loucura. A investigação expressa ora cenas fotográficas mais delimitadas, ora mais fragmentadas, misturando e conectando às histórias de viventes infames, que ganham relevância num arrastão de certezas e incertezas, inquietações e provocações. Um conjunto aberto, que busca explorar o que podemos aprender com alguém que enfrenta a dor fazendo espacate e que conversa com cobras. Com quem se comunica com raios-gritos, com um artista que pinta diabos, com várias vozes de mulheres loucas e com alguém que anuncia o tsunami. O que podemos aprender com incômodos, medos e fantasias. Com conhecimentos páticos, presenças sem mediação, provocando a pensar que aprender é a capacidade do corpo ser afetado de múltiplas formas, em variados encontros, a partir de experiências marcantes, saberes ziguezagueantes que ocorreram em pequenos e quase invisíveis movimentos. Experiências que muitas vezes não foram reconhecidas, aquelas que não se enquadraram em uma métrica pré-estabelecida do modelo asséptico de saúde, foram deslocamentos de uma investigação que reconhece a exclusão, solidão, sofrimento e ao mesmo tempo as dores e alegrias de aprendizagens com os loucos e a loucura para a vida de todo e qualquer um.