Navegando por Palavras-chave "Anthropogenic impact"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Impactos antropogênicos na dinâmica sedimentar e morfologia do canal do rio São Lourenço, Pantanal de Mato Grosso(Universidade Federal de São Paulo, 2023-01-09) Souza, Ana Luiza Faria de [UNIFESP]; Pupim, Fabiano do Nascimento [UNIFESP]; Oliveira, Stefania Cristino de; http://lattes.cnpq.br/2177902330750264; http://lattes.cnpq.br/0329197428428225; http://lattes.cnpq.br/7268469064163549O rápido e desordenado crescimento das atividades agrícolas na região Centro-Oeste do Brasil a partir da década de 1970 geraram mudanças significativas no uso da terra, devido o desmatamento para implantação de pastos e monoculturas, o que torna o solo mais suscetível aos processos erosivos. Ainda, houve a necessidade da implantação de usinas hidrelétricas para garantir o abastecimento dos novos centros urbanos e o complexo agroindustrial, acarretando alterações diretas na dinâmica dos rios. A região dos planaltos da bacia do rio São Lourenço, no sudeste do estado do Mato Grosso, foi uma das mais impactadas por esse avanço do sistema produtivo, com indícios de alterações ambientais significativas como o assoreamento dos canais, distúrbios na frequência de inundações e perda de biodiversidade. Em virtude disso, para compreender as condições vigentes da dinâmica fluvial e melhorar as previsões de como as atividades antropogênicas afetam os sistemas fluviais, essa pesquisa tem como objetivo avaliar as alterações na morfologia do canal e no aporte de sedimentos decorrentes da mudança no uso da terra e implantação de hidrelétricas na bacia hidrográfica do rio São Lourenço (MT). Para isso, foi utilizada uma série temporal de imagens da coleção Landsat, com amostras anuais de 1985 a 2020, para quantificar as variações na taxa de migração do canal, largura e número de barras fluviais de um trecho de 100 km ao longo do médio curso rio São Lourenço. Os resultados obtidos indicam que não houveram mudanças significativas na largura e taxa de migração do canal, somente alterações evidentes no número e na área em planta das barras fluviais, sendo que essas mudanças possuem relação direta com as alterações no uso do solo e instalações de pequenas centrais hidrelétricas na bacia. Esses resultados poderão auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas ambientais e de gestão do uso solo com o intuito de desenvolver um manejo sustentável da bacia hidrográfica do rio São Lourenço, o segundo maior rio que drena o Pantanal.