Navegando por Palavras-chave "Anormalidade congênita"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Marcadores ultrassonográficos e resultados perinatais adversos em fetos portadores de gastrosquise simples e complexa(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-24) Caldas, João Victor Jacomele (UNIFESP); Araújo Júnior, Edward [UNIFESP]; Paiato, Liliam Cristine Rolo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7732742031806411; http://lattes.cnpq.br/5590809884662013; http://lattes.cnpq.br/5179085789918719Objetivos: o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre marcadores ultrassonográficos de fetos com gastrosquise e desfechos neonatais adversos. Métodos: trata-se de um estudo de coorte retrospectivo que incluiu na análise estatística 46 recém-nascidos com gastrosquise que tiveram assistência pré-natal e parto entre 2009 a 2019. As variáveis observadas incluíram dados sociodemográficos, dados ultrassonográficos, dados de nascimento e os respectivos resultados neonatais. Os testes de normalidade D'Agostino e Pearson foram utilizados para analisar se os valores apresentaram distribuição Gaussiana. O teste de Mann Whitney foi utilizado para comparar as variáveis de distribuição não paramétrica entre os grupos. O teste T Student foi utilizado para comparar as variáveis de distribuição paramétrica entre os grupos. O teste Qui quadrado foi utilizado para avaliar a associação entre os grupos e variáveis categóricas. A regressão logística binária foi utilizada para determinar os melhores preditores gastrosquise complexa e desfechos perinatais adversos. A razão de chances (OR) para o desenvolvimento gastrosquise complexa e desfechos perinatais adversos com diferença estatística entre os grupos foi determinada por regressão logística binomial stepwise. Resultados: após o nascimento, 78% gastrosquises foram classificadas como simples e 22% como complexas. Foi observado associação significativa entre o tipo de gastrosquise e a prevalência em primigestas, sendo as gastrosquises simples mais prevalentes nesse grupo (40,0 vs 77,8%, p=0,022). Não foi observado efeito significativo do tipo de gastrosquise sobre idade materna (p=0,658), índice de massa corporal (p=0,877), número de gestações (p=0,096), etnia (p=0,706), uso de drogas (p=1,00), uso de antinflamatório não esteroidal/ácido acetilsalicílico (p=0,591), uso de anticoncepcional oral (p=0,971), infecção sexualmente transmissível (p=0,432) e infecção do trato urinário (p=0,482). Os fetos com gastrosquise complexa apresentaram peso fetal estimado durante o exame de ultrassonografia significativamente menor que aqueles com gastrosquise simples (1907,0 vs 2171,0, p=0,040, respectivamente). Não foi observado efeito significativo do tipo de gastrosquise sobre a medida do índice de líquido amniótico (p=0,137), diâmetro da alça intra-abdominal (p=0,089), diâmetro da alça extra-abdominal (p=0,092), espessura da alça intestinal (p=1,00) e diâmetro da abertura do defeito (p=0,158). Os recém-nascidos com gastrosquise complexa, apresentaram maior prevalência de óbito neonatal precoce, quando comparados aos recém-nascidos com gastrosquise simples (30,0% vs 2,8%, p=0,007, respectivamente). A medida da abertura do defeito associou-se a sepse neonatal [X2: 6.31 (1), OR:0,92, IC95% (0,85-0,98), p=0,020] e a presença de gastrosquise complexa [X2: 7,33 (1), OR: 23,25, IC95% 1,92- 280,77, p=0,013] foi o único preditor significativo para óbito neonatal precoce. A presença de gastrosquise complexa aumenta o risco óbito neonatal precoce em 23,25 vezes. Conclusões: gastrosquise complexa esteve associada a redução na necessidade de nutrição enteral e aumento do risco de óbito neonatal precoce. A medida de abertura do defeito se mostrou um preditor significativo para sepse neonatal em ambas as gastrosquises simples e complexas.