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    Acesso aberto (Open Access)
    Aporte de biomassa e nutrientes na poda de quatro espécies perenes em sistema agroflorestal
    (Universidade Federal de São Paulo, 2021-02-12) Arikuma, Patricia Hitomi Houmori [UNIFESP]; Montero, Leda Lorenzo [UNIFESP]; Oliveira Junior, Clóvis José Fernandes de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1860421392471635; http://lattes.cnpq.br/6807335827026771; http://lattes.cnpq.br/4187426490152597
    A sustentabilidade dos sistemas agroflorestais (SAFs) é influenciada pelas práticas de manejo do solo e das culturas. O uso de plantas como fonte de matéria orgânica para o solo é uma prática conservacionista que melhora a fertilidade do solo e a produtividade. Assim, este trabalho avaliou a contribuição de quatro espécies perenes como adubadoras, quantificando o aporte de biomassa, água e macronutrientes ao solo mediante a poda, além da eficiência no uso dos nutrientes. As espécies estudadas são de uso comum em sistemas agroflorestais e podem ser úteis na restauração de áreas degradadas; foram: Schinus terebinthifolius, Bixa orellana, Malvaviscus arboreus e Thithonia diversifolia. A área de SAF (400m²) foi dividida em 25 parcelas (4x4m). Em cada parcela, foram plantados 6 indivíduos de uma das espécies, com cinco réplicas para cada espécie, totalizando 120 indivíduos (30 de cada espécie). Após um ano de plantio, foi podado todo o material acima de 40cm do solo e determinado peso seco dos compartimentos (folhas, caules e material reprodutivo) e os seus conteúdos de água e nutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S). O margaridão teve maior produção de biomassa, conteúdos de água e nutrientes do que as outras espécies (todos os p<0,05). A produção de biomassa foi maior em margaridão (290 g.m ²), seguida de urucum (86 g.m2), aroeira (39 g.m ²) e malvavisco (16 g.m ²) (p<0,05). O conteúdo de água na biomassa de poda foi maior no margaridão (79%), seguido de malvavisco (75%), urucum (68%) e aroeira (65%) (p<0,05). Os conteúdos médios de nutrientes incorporado ao solo na poda foram: no margaridão (17,86 g de N; 5,63 de P; 30,41 g de K; 4,00 de Ca; 1,43 de Mg e 1,06 de S por m2), no urucum (2,95 g de N; 0,72g de P; 2,01 de K, 1,25 g de Ca; 0,44 de Mg e 0,34 de S por m2), na aroeira (1,09 g de N; 0,43 g de P; 1,11 g de K; 0,95 g de Ca; 0,16 g de Mg; 0,15 g de S por m2) e no malvavisco (0,84 g de N; 0,24 g de P; 0,87 g de K; 0,84 g de Ca; 0,13 g de Mg e 0,24 g de S por m2). A aroeira foi a espécie mais eficiente no uso do N, P e K, e o margaridão no do Ca, Mg e S (P<0,05). As quatro espécies tiveram alta eficiência no uso do P. Os resultados indicam que o margaridão é uma boa espécie para poda no primeiro ano de plantio. Além disso, apontam que as quatro espécies tem capacidade de produzir biomassa sem uso de fertilizantes em solos ácidos de baixa fertilidade, o que é essencial para o manejo sustentável do SAF. Assim, concluise que o uso dessas espécies para poda e cobertura do solo pode contribuir com a recuperação do solo em SAFs.