Navegando por Palavras-chave "Algoritmo de predição de lesão"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação neuro-morfométrica do encéfalo em pacientes com esclerose múltipla(Universidade Federal de São Paulo, 2023-05-11) Sino, Raíssa Mazzer [UNIFESP]; Céspedes, Isabel Cristina [UNIFESP]; Bischuetti, Denis Bernardi [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9159972476628904; http://lattes.cnpq.br/5014274675948150; http://lattes.cnpq.br/9785091614758798A esclerose múltipla (EM) é uma das doenças inflamatórias mais comuns do sistema nervoso central. Atualmente, mais de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com EM. É uma doença crônica desmielinizante, que afeta a transmissão de impulsos nervosos, e desencadeia os diversos sintomas da doença. Considerada uma doença multifatorial, apresenta como fatores predisponentes características genéticas, infecção viral, inflamação autoimune e fatores ambientais. O diagnóstico precoce realizado por avaliação clínica, exame laboratorial do líquido cefalorraquidiano e de imagem por ressonância magnética (RM) facilita o tratamento precoce evitando o aumento das lesões em substância branca, atrofia da substância cinzenta e agravamento dos sintomas. No entanto, ainda é necessário o desenvolvimento de métodos preditores do curso da doença, para o seu melhor manejo. Assim, o objetivo deste projeto foi avaliar alterações morfométricas em substância branca e cinzenta do encéfalo de pacientes com diagnóstico de Esclerose Múltipla, além do número e tamanho das lesões encefálicas, buscando correlacioná-las às características clínicas pelo desempenho na Escala Expandida do Estado de Incapacidade (Expanded Disability Status Scale – EDSS). Foram selecionados 65 indivíduos do Ambulatório de Neurologia Clínica, Setor de Doenças Desmielinizantes, do Hospital São Paulo da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP que possuíam exame de ressonância magnética nas sequências 3D T1, FLAIR e gradiente-eco. Dados sociodemográficos e clínicos (escala EDSS) foram obtidos para a análise de correlação com os dados volumétricos obtidos pelas imagens de ressonância magnética. As imagens foram analisadas pelas técnicas de morfologia baseada em voxel (VBM) e algoritmo de crescimento da lesão (LGA). Com base em nossos achados nós pudemos concluir que apesar da maior prevalência de indivíduos diagnosticados para EM do tipo recorrente-remitente (EMRR), aqueles com o tipo Secundária Progressiva (EMSP) apresentaram maior pontuação na EDSS. Com base em nossos achados nós podemos concluir que quanto maior a extensão das lesões de substância branca no cérebro, maior a pontuação total do grau de incapacidade analisado pela EDSS, mas o número de lesões não exerceu influência sobre esta análise clínica. Com relação ao volume de regiões cerebrais, quanto maior a pontuação na EDSS, maior perda de volume em diversas regiões associadas às capacidades cognitivas, sensoriais e espaciais. Nestes pacientes, a idade potencializou a perda volumétrica em diversas áreas, sendo que o sexo não exerceu influência. A extensão das lesões foi associada a aumento volumétrico em diversas áreas, provavelmente associada ao edema cerebral provocado pela presença das lesões ativas. O número de lesões não exerceu influência volumétrica.