Navegando por Palavras-chave "Adverb sempre"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Distribuição sintática e restrições do advérbio "sempre" em sentenças do Português Brasileiro(Universidade Federal de São Paulo, 2022-12-20) Silva, Joelma Sobral da [UNIFESP]; Minussi, Rafael Dias [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4273179791642866; http://lattes.cnpq.br/5798864882238240Esta dissertação tem como objetivo principal investigar o advérbio sempre no português brasileiro (PB), verificando seu comportamento sintático e suas relações de escopo, uma vez que esse tipo de advérbio possui uma aparente liberdade em sua distribuição sintática e diferentes interpretações que variam em cada posição estrutural. Adotamos os pressupostos da Teoria Gerativa (CHOMSKY, 1995 em diante) e do modelo teórico da Morfologia Distribuída (MD) (HALLE & MARANTZ, 1993, MARANTZ, 1997; ALEXIADOU, 2002). A nossa hipótese de trabalho é a de que fatores sintático-semânticos interferem no processamento do advérbio sempre. Seguindo Alexiadou (2002) propomos uma análise categorial para o advérbio sempre no PB utilizando a subespecificação, o que nos permitiu verificar três hipóteses para o comportamento sintático desse advérbio: (i) o valor aspectual, (ii) o valor temporal e (iii) o valor de confirmação, como já constatado no Português Europeu (GONZAGA, 1997; AMBAR et al, 2002). Para um embasamento na análise dos dados, que tiveram como aparato metodológico a Psicolinguística Experimental, através do processamento linguístico de sempre, recorremos a dados de introspecção, como falantes nativos do PB, bem como a testes experimentais de julgamento de gramaticalidade off-line aplicados para investigar a mobilidade do advérbio sempre e suas relações de escopo, para justificar por que ocorrem diferentes significados do advérbio, dependendo de sua posição sintática, e por que se verifica restrições na relação com alguns constituintes e outros não, uma vez que há variação na intuição sobre a gramaticalidade de algumas sentenças com sempre. Exploramos os impactos da interferência das variáveis independentes: (i) a posição do advérbio na estrutura sintática; (ii) a comparação entre o tempo verbal presente e pretérito perfeito do indicativo e (iii) a especificidade do objeto. Sondou-se, especificamente, a posição e as restrições do advérbio sempre na estrutura sintática do PB através da realidade psicológica do seu processamento sintático, medida por meio do índice de acerto das perguntas experimentais. Dentro desse contexto, testamos as seguintes hipóteses: (i) há restrições de ordem sintático-semântica envolvidas em sentenças com o advérbio sempre, quando relacionado com outros advérbios disputando pela mesma posição sintática, como no caso do advérbio já e o advérbio não; e (ii) A posição do advérbio sempre parece interferir no valor tipológico de sentenças do PB, ora apresentando um valor de tempo, ora um valor de confirmação, ora um valor aspectual. O grupo de participantes dos experimentos foi formado por estudantes de programas de pós-graduação e egressos de Instituições Federais do Brasil. Nossos resultados apontaram para uma tendência de que o advérbio sempre seja formado por meio da inserção de raízes não especificadas dentro de um ambiente de licenciamento apropriado com características sintático-semânticas. Dessa forma, sugerimos que há na Lista 1 diferentes traços abstratos, como traços de tempo, de aspecto, de confirmação, de foco etc., além dos próprios traços categoriais de n, v, a, adv. Na Lista 2, se encontram os contextos da informação gramatical de sempre para cada posição proveniente da derivação sintática, (AspP, FocusP, CP, TP). Por fim, os dados foram discutidos à luz do modelo teórico da MD em uma comparação entre línguas.