Navegando por Palavras-chave "Acessibilidade de transplante"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Aplicação do método “NOA” na análise da eficiência na realização dos transplantes de órgãos no Brasil(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-23) Thomé, Tadeu [UNIFESP]; Roza, Bartira de Aguiar [UNIFESP]; Garcia, Valter Duro; http://lattes.cnpq.br/2899547581052443; http://lattes.cnpq.br/9255434835123749; http://lattes.cnpq.br/5971671350000053Introdução: O acesso universal e igualitário à saúde é um direito constitucional garantido à população brasileira que dever ser assegurado pelo Estado por meio de políticas sociais e econômicas. Apesar dos esforços governamentais, ainda encontramos desigualdades sociais em saúde no Brasil, particularmente, nos transplantes de órgãos. Ao analisar os números dos transplantes por região do Brasil, observa-se disparidade entre as suas modalidades e os locais onde foram realizados. Em 2021, é publicado artigo com a possibilidade de calcular a disparidade entre aqueles que aguardam por um transplante e a possibilidade de realizá-lo. Uma fórmula matemática é apresentada como mais um indicador e uma ferramenta de análise para contribuir com políticas públicas capazes de diminuir essa desigualdade. Objetivo: Aplicar o método NOA Necessidade/Oportunidade/Acessibilidade na análise da eficiência na realização dos Transplantes de Órgãos no Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva de dados secundários obtidos pela coleta direta de bases já existentes e de base populacional, realizados no ano de 2023 e aplicados em fórmula matemática para analisar as variáveis necessidade, oportunidade e acessibilidade dos transplantes de órgãos no Brasil. Resultados: O escore NOA para o transplante de rim no Brasil, em 2023, foi de 12%, para o de fígado foi de 62%, para o de pâncreas foi de 319%, para o transplante de coração foi de 232% e para o de pulmão foi de 585%. A relação entre oferta e demanda para os transplantes variou de 20% (Tx Rim) a 1368% (Tx Pulmão), a taxa de utilização de enxerto variou de 2% (Tx Pulmão) a 68% (Tx Rim) e a taxa de transplante de 14% (Tx Rim) a 50% (Tx Fígado). Nas análises por regiões do país, existem números heterogêneos do escore NOA para todas as modalidades de transplante. A taxa de utilização de enxerto foi maior que as outras métricas para o transplante de rim, chegando a 76% na região Sudeste. No Tx de fígado, ressaltou a relação entre oferta e demanda, atingindo 183% na região Norte. Para as modalidades de coração, pulmão e pâncreas encontramos exacerbada relação entre a oferta e a demanda, com diminutos percentuais para as outas métricas. Conclusão: Implementar indicadores de eficiência no processo doação-transplante é primordial para orientar as ações e políticas de saúde e reduzir desigualdades sociais. Ao utilizar o método NOA alcança-se percentual da resposta dos transplantes às demandas existentes. Apesar das limitações associadas aos dados disponíveis, esse método foi aplicado pela primeira vez, com sucesso, no estudo comparativo de regiões dentro de um país, o Brasil, verificando-se contudo mais complexa a sua aplicação, pois as variáveis e submétricas podem conter inconsistências, devido à logística e dinâmica das atividades, alterando seu resultado.