Navegando por Palavras-chave "Abuso sexual na infância"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Abordagem clínica para avaliação do impacto do trauma sexual na infância no tratamento adjunto com escetamina subcutânea para depressão resistente ao tratamento(Universidade Federal de São Paulo, 2021) Magalhães, Eduardo Jorge Muniz [UNIFESP]; Mello, Andrea de Abreu Feijó de [UNIFESP]; Cogo-Moreira, Hugo [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/3049836001727444; http://lattes.cnpq.br/5024373026936383; http://lattes.cnpq.br/9299502840753290Objective: A history of child sexual abuse (CSA) is related to higher suicide rates and poor treatment outcomes in depressed adult patients. Twenty years after the first study investigating the effects of ketamine/ esketamine, on depression and suicide, there is a lack of data on the CSA effects on this emerging treatment. Here we assess the impact of CSA on adjunctive subcutaneous (SC) esketamine for treatment-resistant depression (TRD). Methods: A directed acyclic graphic (DAG) was designed to identify clinical confounders between CSA and esketamine predictors of response. The confounders were applied in a statistical model to predict depression symptoms trajectory in a sample of sixty-seven TRD outpatients. Results: The patient sample had a relatively high prevalence rate of CSA (35.82%). Positive family history of first-degree relatives with alcohol use disorder and sex were clinical mediators of the effects of esketamine in a CSA adult population. Overall, the presence of at least one CSA event was unrelated to esketamine symptom reduction. Conclusions: Unlike responses to conventional antidepressants and psychotherapy, CSA does not appear to predict poor response to esketamine
- ItemAcesso aberto (Open Access)Ensaio clínico randomizado controlado comparativo com mulheres com diagnóstico de Transtorno de Estresse Pós-traumático após abuso sexual entre terapia interpessoal e sertralina(Universidade Federal de São Paulo, 2024-08-09) Proença, Cecília Roberti [UNIFESP]; Mello, Andrea Feijó de [UNIFESP]; Mello, Marcelo Feijá de [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9828693113292175; http://lattes.cnpq.br/5024373026936383; http://lattes.cnpq.br/9912936685632887Introdução: A violência sexual é um dos eventos traumáticos que mais frequentemente desencadeia o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), condição clínica que pode se tornar crônica e debilitante se não for tratada precocemente e de forma efetiva. Embora a maioria das diretrizes recomende inibidores seletivos de recaptação de serotonina e psicoterapias focadas no trauma como opções de tratamento, nem todos os pacientes respondem a essas abordagens, além de muitos não tolerarem a exposição às memórias traumáticas. Já existem estudos na literatura que evidenciam a eficácia de terapias não focadas no trauma, como a terapia interpessoal (TIP), que explora as consequências interpessoais do trauma, em vez de confrontar o trauma em si. Objetivo: O presente estudo visa comparar a eficácia da terapia interpessoal adaptada para o TEPT (TIP-TEPT) com a sertralina em mulheres que sofreram violência sexual recente, por meio de um ensaio clínico. Visa também explorar as trajetórias de resposta terapêutica em busca de fatores preditores, principalmente o abuso sexual infantil. Método: Este estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado e controlado com duração de 14 semanas, envolvendo mulheres diagnosticadas com TEPT decorrente de violência sexual sofrida até seis meses antes da inclusão. As participantes foram randomizadas para receber um dos dois tratamentos, sertralina ou TIP-TEPT. Após o período de intervenção, as participantes foram acompanhadas até completar um ano da inclusão. Foram aplicados instrumentos de avaliação para mensurar os sintomas de TEPT, ansiedade e depressão. A Escala de TEPT Administrada por Clínicos-5 (CAPS-5) foi a principal medida de desfecho. Além disso, a análise de trajetória de classe latente foi utilizada para avaliar preditores de resposta ao tratamento ao final do ensaio clínico e após um ano de acompanhamento. Resultados: Foram incluídas 74 mulheres, 35 no braço sertralina e 39 no braço TIP. Ambos os tratamentos reduziram significativamente os sintomas de TEPT, ansiedade e depressão, sem diferenças nos resultados entre os grupos. A média da CAPS-5 diminuiu de 42,5 (DP = 9,4) para 27,1 (DP = 15,9) com a sertralina e de 42,6 (DP = 9,1) para 29,1 (DP = 15,5) com a TIP-TEPT. A taxa de abandono do ensaio clínico foi alta, 37,8%, sem diferença significativa entre os grupos (p = 0,40). O modelo não condicional de duas classes, resposta e não resposta, foi o modelo que melhor explicou as trajetórias das pacientes ao longo do estudo. O abuso sexual na infância foi avaliado como fator preditor, sendo associado negativamente à resposta terapêutica. Conclusões: Este ensaio mostrou melhora significativa dos sintomas de TEPT, independente da variável tempo, em ambos os braços do estudo, sem diferenças entre a TIP-TEPT e o tratamento com sertralina, sugerindo que psicoterapias não baseadas em exposição podem beneficiar pacientes com TEPT. A identificação do abuso sexual na infância como fator preditor de resposta terapêutica, independente da abordagem terapêutica, é um alerta para os clínicos avaliarem os pacientes de forma individualizada, personalizando o tratamento a ser oferecido.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Violência sexual: por que não revelar?(Universidade Federal de São Paulo, 2020-06-30) Silva, Flávia Calanca da [UNIFESP]; Vitalle, Maria Sylvia de Souza [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0789020640080002; http://lattes.cnpq.br/7392946127233785Objetivo: investigar a prevalência de adolescentes e adultos jovens que foram vítimas de violência sexual em algum momento da vida e comparar a presença de sintomas depressivos e/ou ansiosos; qualidade de vida, uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas entre esta população e a que não sofreu abuso. Partindo dos adolescentes e adultos jovens que foram vítimas de abuso em algum momento de suas vidas, buscou-se entender o que os motivou a não revelar a violência sofrida. Métodos: Aplicaram-se questionários e instrumentos validados, em população de estudantes universitários, para avaliar: idade, sexo, nível socioeconômico, comportamento sexual, exposição a eventos traumatizantes (QUESI – presença ou não de violência sexual), sintomas depressivos (BDI) e/ou ansiosos (BAI), qualidade de vida (WHOQOL) e o uso ou abuso de tabaco, álcool e drogas ilícitas (ASSIST). Entrevistas foram conduzidas pelos pesquisadores com 22 indivíduos que foram vítimas de violência sexual (de acordo com o instrumento QUESI) para a obtenção da História Oral sobre o abuso experimentado. Resultados: Dos 858 alunos que responderam à pesquisa, 71 (8,3%) foram vítimas de violência sexual, sendo 52 meninas (73,2%). No grupo vítima de abuso havia mais alunos desfavorecidos economicamente, mais alunos que já tinham tido a coitarca (p=0,029), alunas que já engravidaram (p=0,001), estudantes com maiores escores para sintomas depressivos (p <0.001) e ansiosos (p=0.001), alunos com pior qualidade de vida (p<0.001) e que usavam de maneira abusiva tabaco (p=0.008), maconha (p=0.025) e hipnóticos/sedativos (p=0.048) quando comparado ao grupo não vítima. Vinte e nove episódios de violência foram vividos pelos 22 participantes das entrevistas. Três (10,3%) situações de abuso foram perpetradas por desconhecidos sendo excluídas da análise qualitativa. Das 26 situações de abuso perpetradas por conhecidos das vítimas, quatro (15,4%) nunca foram reveladas; cinco (19,2%), a revelação ocorreu quando o abuso já tinha cessado; oito (30,8%) foram reveladas e/ou detectadas e o abuso cessou; e em nove (34,6%) episódios, apesar da revelação ou detecção, a vítima continuou sendo molestada pelo agressor e nada foi feito. Conclusões: os impactos causados pelo abuso são diversos e afetam, mesmo a longo prazo, a vida dos sobreviventes. As vítimas revelam a violência sofrida, mas não basta a vítima falar, o adulto que recebe a revelação tem que estar apto a ouvir; não basta o adulto ver o abuso, ele precisa querer enxergar. Urge sensibilizar e educar a sociedade em como responder apropriadamente a revelaçãoe/ou detecção da violência sexual. Crianças e adolescentes que são vítimas desta barbárie precisam ser orientadas a revelar o abuso e solicitar ajuda para quantas pessoas forem necessárias até que sejam ouvidos e acolhidos. Abordar o tema e o discutir, amplamente, em todas as esferas da sociedade é forma de mobilizar, sensibilizar, instrumentalizar o coletivo, desmistificando o assunto e chamando atenção para essa importante questão social.