Navegando por Palavras-chave "2. glomerulopatias primárias"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Rituximab em glomerulopatias primárias, 10 anos de experiência(Universidade Federal de São Paulo, 2022-05-15) Sales, Gabriel Teixeira Montezuma [UNIFESP]; Kirsztajn, Gianna Mastroianni [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/5744106277657588; http://lattes.cnpq.br/1576403007208434NTRODUÇÃO: As glomerulopatias são a terceira causa de doença renal crônica em estágio terminal no Brasil e no mundo e a base do tratamento é a imunossupressão. O rituximab (RTX), anticorpo monoclonal contra linfócitos B (anti-CD20), apareceu nos últimos anos como opção terapêutica, mas com questões sobre segurança e eficiência ainda em aberto em algumas situações, como nas podocitopatias. OBJETIVOS: Descrever perfil clínico e laboratorial dos pacientes acompanhados no Ambulatório de Nefrites da UNIFESP com diagnóstico de glomerulopatia primária e que fizeram uso de RTX. Analisar variáveis associadas a resposta terapêutica e perfil de segurança da medicação. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional, longitudinal, realizado com revisão de prontuário. Os critérios de inclusão foram idade superior a 12 anos, laudo disponível da biópsia renal e uso de pelo menos 1 dose de RTX durante o acompanhamento; foram excluídos pacientes com suspeita de glomerulopatia secundária. RESULTADOS: Foram encontrados 45 pacientes dentro dos critérios de inclusão. A maioria foi do sexo masculino (62,2%), com média de idade no momento da infusão de 35,0 anos. A glomeruloesclerose segmentar e focal foi o padrão anatomopatológico em 55,6% dos casos, seguido por doença de lesões mínimas, com 26,7%. Ao considerar-se apenas as podocitopatias, encontramos taxa de remissão completa em T1 e T2 de 16,7% e 17,8%, respectivamente, enquanto a de remissão adaptada foi de 33,3% nos tempos analisados. Sensibilidade ao corticoide foi encontrada em 51,6% dos casos, e esses apresentaram algum tipo de remissão em 68,5% dos pacientes, enquanto os corticorresistentes não apresentaram remissão parcial ou completa e 21,4% preencheram critério de remissão adaptada. A presença de hipertensão arterial sistêmica e o uso prévio de inibidor de calcineurina teve valor preditivo de não resposta clínica. O evento adverso mais comum no período de até 1 ano após a infusão do RTX foi infecção, que ocorreu em 28,9% dos pacientes, seguido por rash (6,7%). Não houve identificação de óbitos no período de seguimento dos pacientes. Dois (4,17%) pacientes apresentaram piora progressiva da função renal, com início de terapia renal substitutiva 3 e 12 meses após a infusão. CONCLUSÕES: Tem-se demonstrado que o RTX é uma opção terapêutica nas glomerulopatias primárias, com perfil de segurança satisfatório, não sendo diferente na nossa população. Entretanto, ainda existe grande heterogeneidade de resposta de acordo com algumas características clínicas, tendo sido demonstrado principalmente a influência das variáveis resposta a corticoide, uso prévio de calcineurina, valor de albumina sérica pré infusão e presença de hipertensão.