Trabalhos de conclusão de curso de graduação
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Navegando Trabalhos de conclusão de curso de graduação por Orientador(es) "Prieto, Gustavo Francisco Teixeira [UNIFESP]"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Entre o fuzil e a política pública: violência, poder e urbanização miliciana(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-16) Souza, Mariana Santos de [UNIFESP]; Prieto, Gustavo Francisco Teixeira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2535677142724245; http://lattes.cnpq.br/6322397838240281Este trabalho tem como objetivo analisar a urbanização sob o controle armado das milícias nas periferias cariocas, destacando seu papel como principais mobilizadoras do espaço urbano. A pesquisa aborda a espacialidade violenta, conforme discutida por Prieto (2022), e seus atravessamentos e impactos nas periferias do Rio de Janeiro, com base na contradição entre a produção do capital e da vida. Utilizando o referencial teórico de Henri Lefebvre e a leitura crítica da produção do espaço urbano contemporâneo, a análise se debruça sobre as dinâmicas de negócios, violência e poder territorial exercido pelas milícias, bem como sua interseção com as dinâmicas econômicas, políticas e sociais. A investigação se realizou a partir de revisão bibliográfica sobre a formação, expansão e consolidação das milícias conectadas aos grupos de extermínio desde a década de 1950 e a análise de fontes primárias, como documentos do Estado e relatórios públicos, bem como investigações e reportagens jornalísticas.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Flanar na cidade segregada: dialética da marginalidade, espacialidade violenta e produção do espaço na Literatura Periférica contemporânea(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-17) Ribas, Evelyn Pereira Santos [UNIFESP]; Prieto, Gustavo Francisco Teixeira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2535677142724245; http://lattes.cnpq.br/6428717446798418Este trabalho apresenta possíveis mediações entre a literatura marginal-periférica e a geografia, com o objetivo de entender como as narrativas dos personagens dos contos Rolézim e Espiral, de Geovani Martins, contribuem para a construção do conhecimento geográfico. As experiências urbanas narradas no livro O sol na cabeça partem do ponto de vista dos próprios moradores das favelas cariocas que, ao flanarem pela cidade segregada do Rio de Janeiro, demonstram preocupação em desvelar as contradições e os conflitos existentes nesta “cidade partida” (Martins, 2018), inaugurando uma recente tendência literária denominada por Rocha (2007) de dialética da marginalidade. A partir da análise conjunta da dialética da marginalidade e da realidade periférica narradas nos contos, pretende-se criar um protótipo de um flâneur do século XXI circunscrito na realidade brasileira-carioca-favelada, buscando entender as diferenças e as semelhanças entre este novo flâneur marginal-periférico e o clássico flâneur analisado por Benjamin (1989). Ao articular essas dimensões da literatura, busca-se entender como os entendimentos da geografia sobre diferenciação socioespacial (Carlos, 2007a), violência da urbanização (Sampaio, 2012) e produção de espacialidade violenta (Prieto, 2022) se entrelaçam no cotidiano desses sujeitos marginais-periféricos. Nesse sentido, espera-se oferecer novas perspectivas para a interpretação da realidade urbana e da produção do espaço periférico, entendendo como essas novas vozes insurgentes da literatura marginal-periférica trazem à tona diferentes usos e formas de apropriação do espaço urbano.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Milícia, forma regional do Estado: produção do espaço e dos inimigos na formação da Liga da Justiça (Zona Oeste, Rio de Janeiro)(Universidade Federal de São Paulo, 2024-09-19) Pompeu, Thiago Pinho [UNIFESP]; Prieto, Gustavo Francisco Teixeira [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/2535677142724245; http://lattes.cnpq.br/4967989605253964A partir da leitura crítica de reportagens selecionadas em edições dos Jornais de Bairro O Globo - Zona Oeste, a pesquisa busca observar as conexões entre autoritarismo, conservadorismo e a ascensão da milícia Liga da Justiça, investigando a influência destas relações na produção do espaço nos bairros de Campo Grande e Santa Cruz, subúrbios da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. O período de análise é marcado pela promulgação da Constituição Federal de 1988, a eleição do líder da milícia para o cargo de vereador em 2000, e a sua prisão em 2007, decorrente das acusações feitas ao político-miliciano no âmbito da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Observando a criação do grupo paramilitar a partir da narrativa miliciana de auto-organização dos moradores e policiais do bairro contra a criminalidade, a institucionalização da Liga da Justiça é interpretada como um processo extremo de militarização da vida urbana que se relaciona à contaminação miliciana no Estado, à economia do crime no Rio de Janeiro e a um processo violento de urbanização. A análise dos artigos selecionados identificou variáveis de personalidade que, segundo o estudo A Personalidade Autoritária (Adorno, 1950), estão “correlacionados com a concepção de indivíduos potencialmente fascistas”. A partir da análise dos textos, a pesquisa traça conexões entre a produção jornalística e outras formas de produção material, apontando para a relação do jornal com fontes, anunciantes e outros atores, e relacionando essas produções com a produção social do espaço e também com a produção coletiva de pessoas e lugares considerados “inimigos” ou “ameaças” ao ordenamento “natural” dos bairros em estudo. Nesse esforço identificam-se os conflitos relacionados ao domínio de serviços públicos e de atividades econômicas no território à época, demonstrando como a milícia Liga da Justiça se institucionalizou como um desdobramento regional do Estado na Zona Oeste do Rio de Janeiro executando a gestão diferenciada dos ilegalismos e regulando as fronteiras do legal e do ilegal pelo monopólio do uso do poder estatal.