Análise do comportamento de variantes fenotípicas de cepas de Mycobacterium avium em animais e macrófagos

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Date
2006
Authors
Oliveira, Rosangela Siqueira de [UNIFESP]
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Leão, Sylvia Cardoso [UNIFESP]
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Tese de doutorado
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Abstract
Mycobacterium avium é uma bactéria ambiental e na classificação de patogenicidade está incluída entre as micobactérias potencialmente patogênicas, pois se trata de um patógeno oportunista em animais e humanos. O interesse em estudar fatores de virulência e patogenicidade destas bactérias aumentou após o isolamento de M. avium em amostras de pacientes portadores do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). O objetivo deste estudo foi isolar variantes de colônias de sete cepas de M. avium isoladas de fontes humanas e animais, caracterizadas molecularmente em nosso laboratório e avaliar o comportamento e a capacidade de multiplicação das variantes fenotípicas em experimentos com animais (hamster) e cultura de células (macrófagos). Nos cultivos iniciais, cinco das sete cepas (71,4 por cento) apresentaram variantes de colônias OP e TL e duas cepas (28,6 por cento) não apresentaram variações no fenótipo das colônias. As colônias OP recuperadas dos baços dos animais inoculados mantiveram a mesma morfologia, branca opaca e lisa, enquanto que houve alteração na mortologia nas variantes TL, de lisa transparente para rugosa transparente (TL-Rg). As variantes mantiveram a mesma identificação original por PRA-hsp65 e a mesma tipificação por RFLP-IS1245 após a passagem por animais. Com todas as cepas houve maior recuperação de UFC por grama de baço e maior índice de multiplicação intracelular com a variante TL quando comparada à variante OP. Foi avaliado o percentual de células infectadas nos dias O e 7. Houve aumento no percentual de macrófagos infectados no dia 7 com todas as cepas, com diferença estatisticamente significante em 5 das 12 variantes das cepas estudadas. Quanto ao número de bacilos por macrófago infectado, foi observado que no dia O a maioria dos macrófagos infectados com as variantes OP e TL albergaram de 1 a 15 bacilos enquanto que no dia 7 a quantidade de bacilos que os macrófagos albergaram foi distribuída em freqüências de 1 a mais que 50. Com todas as cepas, a variante TL apresentou uma tendência de distribuição nas freqüências mais elevadas quando comparada à distribuição da variante OP no dia 7. A variante TL das cepas do estudo apresentou maior capacidade de sobrevivência e multiplicação em experimentos "in vivo" e "in vitro".
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São Paulo: [s.n.], 2006. 121 p.