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Efeitos do treinamento físico com o Método Pilates na pressão arterial, seus possíveis mecanismos reguladores e aspectos psicobiológicos em mulheres hipertensas medicadas
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-18) Ruider, Daniele Tavares [UNIFESP]; Medeiros, Alessandra [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0071198026371230; https://lattes.cnpq.br/1943019709072297; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Introdução: Um dos tratamentos não farmacológicos prescrito para prevenção, controle e tratamento da hipertensão é o exercício físico. Entretanto, ainda são escassos estudos que investigam o efeito do exercício físico sobre a pressão arterial (PA) e os mecanismos responsáveis pelo seu controle utilizando modalidades de exercício como o Método Pilates (MP). Objetivo: Analisar os efeitos do treinamento com o MP clássico na PA de mulheres hipertensas medicadas e os possíveis mecanismos autonômicos, endoteliais e psicobiológicos. Métodos: Foram avaliadas 28 mulheres hipertensas, medicadas, não praticantes de exercício físico e com idade entre 39 e 59 anos. As voluntárias foram distribuídas em dois grupos: Grupo Pilates (GP=14) e Grupo Controle (GC=14). O GP realizou o treinamento com o MP 50 min por dia, duas vezes por semana, durante 13 semanas e o GC não realizou exercícios nesse período. Antes e após o período de intervenção foram analisadas as seguintes variáveis: pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) de repouso e ambulatorial, frequência cardíaca (FC), duplo produto (DP), variabilidade da frequência cardíaca (VFC), integridade simpatovagal, liberação fluxo mediada da artéria braquial, análise dos níveis de óxido nítrico (NO), óxido nítrico sintase endotelial (eNOS), óxido nítrico sintase (NOS), humor, estresse, ansiedade, depressão, atenção, qualidade do sono, qualidade de vida, força, flexibilidade, estatura, massa corporal, índice de massa corpórea (IMC), circunferência de quadril e cintura. Resultados: Foram observadas melhoras estatisticamente significantes (p<0,05) no GP quando comparado os momentos pré e pós período de intervenção, assim como quando comparado os dois grupos no momento pós, para as seguintes variáveis: estatura; circunferência de cintura; força da mão direita e esquerda; PAS, PAD, PAM de repouso e sono, PAS, PAD, PAM e DP de 24hs e de vigília; integridade simpatovagal, ansiedade, estresse, depressão, atenção, qualidade do sono e qualidade de vida e manutenção significativa dos níveis de NO. Não houve alterações significativas da FC, variáveis da VFC, variáveis endoteliais, NO, NOS e eNOS, tanto quando comparado os momentos pré e pós quando os dois grupos. Conclusão: Conclui-se de acordo com os resultados obtidos neste estudo que o treinamento com MP Clássico promoveu nas mulheres adultas hipertensas medicadas, redução na PAS, PAD e PAM no período de: repouso, 24 horas, vigília e sono, do DP no período de 24h e vigília e melhora dos aspectos pscicobiológicos. Essa melhora da PA e DP pode ter ocorrido devido a melhora da integridade simpatovagal e das variáveis psicobiológicas, além disso, o MP contribuiu de forma preventiva na manutenção dos níveis de NO, na redução na circunferência de cintura e quadril, e aumento na força.
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Acesso aberto (Open Access)
Quem fala em sala de aula? O silenciamento de mulheres na universidade
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-10) Moreira, Camilla Ota [UNIFESP]; Roman, Marcelo Domingues [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/0228792315328026; https://lattes.cnpq.br/9282405095638582; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
A desigualdade de gênero possibilita que homens exerçam muito poder sobre mulheres. Graças à luta feminista, muitos direitos foram conquistados, entretanto, as mulheres ainda são tratadas de maneira inferiorizada em relação aos homens. Alguns justificam esse tratamento como natural da espécie, mas na verdade é construído socialmente. No ambiente universitário, um lugar regado pela competitividade e pelo elitismo, os homens brancos de classes privilegiadas são os que se destacam por conta do domínio da norma culta da linguagem e pela autoestima elevada. Já as mulheres e outros grupos minoritários que são socialmente marginalizados não se sentem tão confortáveis para ocupar esse ambiente e para participar ativamente de uma aula, pois o conhecimento deles não é visto como acadêmico. Nesse contexto, esta pesquisa tem como objetivo analisar os efeitos no aprendizado e na auto-estima das estudantes mulheres, especialmente não-brancas, causados por práticas pedagógicas opressoras na universidade. A investigação utilizou-se de um grupo focal, realizado entre estudantes mulheres da Universidade Federal de São Paulo - campus Baixada Santista do curso de Psicologia, que discutiu tais práticas e como elas afetam a jornada das alunas na universidade. A pesquisa demonstrou grande insegurança das alunas para se posicionarem na universidade por se sentirem inferiores aos colegas brancos da classe dominante que possuem o domínio da norma culta da linguagem e do conhecimento científico. Esse estudo é importante para dar voz às mulheres que não se sentem pertencentes à universidade e demonstrar que esse sentimento individual possui raízes em opressões institucionais e sociais, que devem ser combatidas.
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Um olhar reflexivo sobre as vivências territoriais e o viver em Santos sob a perspectiva de pessoas em grave sofrimento psíquico
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-12-02) Peixoto, Michelle Horacio [UNIFESP]; Moreira, Maria Inês Badaró [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1186084305231587; https://lattes.cnpq.br/9771897514974811; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
O objetivo deste estudo é compreender os desdobramentos de experiências territoriais de indivíduos em sofrimento psíquico grave na cidade de Santos, sob a perspectiva do cuidado em liberdade em diálogo com a Reforma Psiquiátrica. Sua construção deu-se a partir de histórias narradas pelos participantes do projeto de extensão da Universidade Federal de São Paulo, Campus Baixada Santista, “Trajetórias: Protagonismo de usuários de serviço de saúde mental nas ações de ensino-aprendizagem em saúde”, o qual firma o compromisso da universidade com o território ao proporcionar um espaço de escuta e troca dos saberes sobre saúde mental, incentivando o encontro de alunos e usuários de diferentes Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Diante disso, utilizou-se da metodologia qualitativa, a fim de esclarecer conceitos e ideias reveladas pelos próprios participantes. A partir da análise de dados produzida e articulação com estudos acerca de referenciais teórico-críticos que discutem o cuidado em território em oposição ao cuidado institucional encontrou-se os temas centrais destacados em três eixos temáticos: 1) A singularidade do sofrimento; 2) A construção do cuidado em rede em oposição ao cuidado institucional; 3) Território enquanto espaço de existência e amplitude de vida. Ao final, pode-se afirmar a necessidade do incentivo à promoção de saúde a partir de uma rede ampliada que zele pelos direitos e bem-estar do indivíduo em sofrimento psíquico.
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Limiares de lactato e glicose como preditores do limiar metabólico em nadadores: série de estudos de caso
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-06) Genuino, Lucas Martins [UNIFESP]; Colantonio, Emilson [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/9840076091240222; https://lattes.cnpq.br/2394185982260731; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Introdução: Na natação, a concentração de lactato sanguíneo [La-] e a velocidade dos nadadores são úteis para a avaliações de desempenho e consequente prescrição de treinamentos. Por meio do limiar de lactato (LL) é possível identificar o limiar metabólico (LM). Também tem sido observada a identificação do LM através da concentração de glicose no sangue [Glic], conhecido como Limiar Glicêmico (LG), em pesquisas com atletismo e exercício resistido. No entanto, ainda não está claro se a intensidade de natação no LL e LG é similar, já que apenas dois estudos propuseram o LG para a identificação do LM em nadadores. Objetivo: Comparar, verificar a correlação e a concordância entre a velocidade de nado determinada pelo LL e LG em nadadores. Métodos: A amostra foi composta por 5 nadadores de alto rendimento, com mínimo de cinco sessões de treinos por semana e três anos de programa de treinamento de natação. Foram utilizados os seguintes procedimentos de avaliação: anamnese, antropometria, relatório alimentar e de sono, teste incremental (5 x 200m crawl a 80, 84, 88, 92 e 96% da performance individual de cada nadador nos 200m crawl, para ambos testes) e o teste do lactato mínimo (2 x 50 m máximos crawl, com 1 min de intervalo, seguido por 5 x 200 m a 80, 84, 88, 92 e 96% da performance individual de cada nadador nos 200m crawl, para ambos testes). As amostras das [La-] e [Glic] foram coletadas no repouso, durante os intervalos e ao final do exercício através de uma punção dedo da mão. Foi utilizado o lactímetro Lactate Plus da Nova Biomedical e o glicosímetro One Call Plus II. Análise estatística: Foi realizada no software R Core Team (2024), utilizando o teste de Wilcoxon para amostras pareadas devido ao tamanho reduzido da amostra e à ausência de normalidade nas variáveis. Resultados: Não houve diferenças estatísticas significativas entre as velocidades associadas aos limiares de lactato (vLL) e glicêmico (vLG) nos testes incremental (p=1,0) e mínimo (p=0,18). Considerações finais: Os achados sugerem que vLL e vLG representam fenômenos fisiológicos semelhantes, sendo úteis na avaliação de nadadores, sugerindo o uso do LG como alternativa ao LL. Estudos futuros com maior número amostral são recomendados para validar essa equivalência.
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Docência na saúde em contextos interprofissionais: da revisão de escopo a validação de um instrumento
(Universidade Federal de São Paulo, 2024-11-25) Santos, Geovannia Mendonça dos [UNIFESP]; Batista, Sylvia Helena Souza da Silva [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/7402359906381953; http://lattes.cnpq.br/3247162368902300; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
A reflexão sobre a docência, frente ao contexto das inúmeras mudanças nos territórios e serviços de saúde, demanda a sensibilidade de compreender quem são os docentes que fazem parte destes espaços de formação e como se formam para mediar processos de ensinar e aprender. Evidencia-se maior aprofundamento sobre o desenvolvimento docente na perspectiva da educação interprofissional (EIP), buscando caminhos para uma formação que corresponda às necessidades atuais e que possa subsidiar o trabalho do/da professor/professora nas Instituições de Ensino Superior (IES), visando à formação de profissionais de saúde que consigam responder às demandas contemporâneas. A literatura aponta que apesar da crescente investigação e produção sobre o tema, muitas são as lacunas que necessitam ser preenchidas. Esta pesquisa teve como objetivo a análise do campo da formação docente para a EIP, por meio da realização de uma Revisão de Escopo sobre as competências docentes para a formação interprofissional no Ensino Superior em Saúde e da Adaptação Transcultural de uma escala de avaliação das competências essenciais de EIP dos educadores de saúde e assistência social - “Interprofessional education_IP-Teacher Competencies” (IPEcat). A análise empreendida no âmbito da Revisão de Escopo permite inferir que o alinhamento entre as competências esperadas para a atuação profissional docente na EIP e as competências colaborativas para a prática interprofissional, já validadas em diferentes países, é uma etapa imprescindível para o avanço nas propostas para o Desenvolvimento Docente na área, corroborando com a compreensão obtida no processo de Adaptação Transcultural. O trabalho analítico, também permitiu apreender o esforço que vem sendo feito para viabilizar a formação dos e das profissionais de saúde, considerando não apenas a complexidade da formação interprofissional, mas principalmente o objetivo final que são as práticas de cuidado em saúde pautadas na ética e na busca por melhorias assistenciais. A presente pesquisa demonstra a importância de ser delineado um conjunto de competências docentes que possam ser abordadas e trabalhadas pelas pessoas envolvidas na formação para e no trabalho em saúde em contextos de EIP, na perspectiva do trabalho em equipe interprofissional colaborativo e das aprendizagens compartilhadas, reafirmando o compromisso com o SUS e o reconhecimento da educação e da saúde como direitos.